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16 de outubro de 2022

INFRAESTRUTURA VIVE SUA TEMPESTADE PERFEITA

 

O Brasil está literalmente pavimentando a estrada do crescimento por meio dos investimentos em infraestrutura. No ano passado, a taxa de investimento do PIB chegou a 20% e boa parte disso se deve à ocorrência de novos leilões em infraestrutura, e não só rodovias, como também saneamento e o setor elétrico. A avaliação foi feita pela economista-chefe do Banco Inter, Rafaela Vitória, em entrevista à CNN no final de fevereiro. O mais importante é que a política de investimento continua neste ano, com novos leilões, revertendo o desempenho apático de 2020 e sinalizando para grandes projetos, com destaque para o setor rodoviário, de grande interesse para nós.

 

Os dados oficiais da economista indicam que a as privatizações e concessão devem superar os 6 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais neste ano. Ela inclui na conta apenas os projetos em fase avançada de licitação, com leilão já agendado ou com edital a ser publicado. Ou seja, estamos falando de projetos com potencial certeiro de concretização. Traduzindo de outra forma, pode-se considerar uma previsão de R$ 76 bilhões em investimentos, com sete grandes leilões rodoviários nos próximos 30 anos. De acordo com Rafaela, as aplicações fazem parte das exigências dos editais e devem ser cumpridas pelas concessionárias que pretendem explorar os trechos.

 

O pacote de leilões inclui trechos inéditos, como os 271,5 quilômetros do bloco 3 de concessões rodoviárias do Rio Grande do Sul, além de parte dos 3,3 mil quilômetros das Rodovias Integradas do Paraná, para citar dois exemplos. Nesse último caso, os dados do Ministério da Infraestrutura (Minfra) indicam que a modelagem integral do 3,3 mil quilômetros de estradas paranaenses poderá gerar mais de R$ 43 bilhões em investimentos privados e crescimento do setor de logística. Trata-se de um modelo que prevê uma redução tarifária que pode alcançar mais de 50%, em média, em relação aos preços atuais. E um projeto dividido em seis lotes, cujo destaque é a duplicação de 1,7 mil quilômetros de pista.

 

O aporte de investimentos privados em transportes – e isso não inclui somente o setor rodoviário – pode ser ainda mais turbinado com a aprovação da PEC da Infraestrutura, que mira os investimentos públicos no segmento. Com essa proposta de emenda à Constituição (PEC), pelo menos 70% dos recursos obtidos com outorgas onerosas de obras e serviços de transportes deverão ser reinvestidos no próprio setor. O texto da PEC especifica que os recursos deverão ser empenhados (reservados para pagamento) em até cinco anos após o efetivo recebimento dos valores das outorgas pagas pelas empresas.

 

PEC PROPÕE PISO PARA INVESTIMENTOS EM INFRA

 

Pelos cálculos oficiais, a PEC direcionará ao setor de infraestrutura de transportes pelo menos cerca de R$ 7 bilhões por ano, um número ligeiramente inferior aos R$ 8 bilhões que o governo federal investiu em infraestrutura de transportes em 2021, segundo o relator da proposta, senador Jayme Campos, do Mato Grosso.

 

A proposta oferece uma espécie de piso garantido que assegure um mínimo de continuidade aos programas de investimentos de transporte, de forma a evitar que as regras do teto de gastos, no futuro, comprimam seu orçamento para além do aceitável. Em termos mais claros: a pavimentação acontecerá via investimentos privados – com novas concessões – e com a retomada de investimentos públicos por meio dos recursos especificados pela PEC da Infraestrutura.

 

E, de novo: investimentos em infraestrutura têm relação direta com o PIB. Assim como a economista-chefe do Banco Inter, a opinião é defendida por Raul Velloso, consultor econômico e ex-secretário de Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento. Para ele, o país precisa voltar a investir pesadamente em infraestrutura, caso contrário, o PIB não decola. Ele também considera que a PEC da Infraestrutura “amarra” um novo pedaço das receitas federais ao investimento em infraestrutura, o que pode dar início a um processo de reposição das perdas orçamentárias por meio da nova vinculação. Mais do que isso: o Estado tem um papel importante ao investir em projetos que não terão prioridade do setor privado. Isso acontece em todo o mundo.

 

Apesar das notícias positivas, é importante lembrar que temos muito mais a investir no país. O relatório publicado no ano passado pelo movimento Infra 2038, indica que precisamos dobrar o nível de investimentos em infraestrutura para alcançar um patamar adequado e dar um salto na competitividade internacional da economia brasileira.

 

O documento estima em R$ 339 bilhões o valor de investimento anual a ser perseguido até 2038 para elevar a qualidade e disponibilidade doméstica, e colocar a infraestrutura do Brasil entre as 20 melhores do mundo no ranking de competitividade global do Fórum Econômico Mundial (WEF).

 

São números concretos que sinalizam para a continuidade da atual política de concessões e privatizações, ao mesmo tempo que se fortalecem um Estado com investimentos inteligentes e focados. Nada é mais coerente com a proposição da Paving 2022, nosso evento de infraestrutura que retoma nesse ano a versão totalmente presencial. É nosso objetivo trazer essa discussão em várias frentes. Primeiro, ao reunir os atores de Infraestrutura – de governo e investidores – e, depois ao mostrar que temos soluções tecnológicas para a construção e reforma de estradas.

 

O Brasil reúne parque fabril e massa crítica em construção e vive uma “tempestade perfeita” em infraestrutura. A Paving 2022 vai atuar como um catalisador, ao reunir todo o ecossistema do setor no melhor momento possível. É hora de estarmos todos juntos e com o mesmo objetivo.

 

Por Eng. Guilherme Ramos

25 de março de 2021

5 DICAS PARA TER UMA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE PRIMEIRA

 

Como organizar as pessoas dentro de sua empresa? Confira essas dicas para montar uma boa estrutura organizacional, independente da fase do seu negócio.

Uma casa desorganizada não funciona corretamente. Isso vale como lição administrativa para as empresas, pois se não investem em uma boa estrutura organizacional, terão muita dificuldade em controlar níveis de demanda, em contratar funcionários no momento certo, em ter um planos de carreira que satisfaçam os colaboradores ou a escolher bons líderes. Resumindo: a produtividade fica comprometida sem um organograma funcional. E isso é não é uma notícia boa para empreendedores.

Mas o que afinal é uma estrutura organizacional? É a forma como o gestor vai alocar as pessoas dentro da empresa de modo que todo o potencial delas seja aproveitado. É a divisão de cargos, de setores e de tarefas, em diferentes níveis hierárquicos. Tudo isso deve ser pensado levando em conta o estilo da empresa, o ramo de atuação e os objetivos do empreendedor. Estruturas organizacionais diferentes acabam influenciando na cultura organizacional como um todo.

Confira aqui 5 dicas para ter uma estrutura organizacional de primeira:

1. Estude a amplitude administrativa do seu negócio

Parece complicado? Nem tanto. O que estamos falando aqui, e que pode ser o seu primeiro passo, é simplesmente identificar como será a hierarquia de cargos na sua empresa. E essa escolha não é apenas uma opção, depende de qual ramo de negócio você está inserido. As estruturas organizacionais são duas: horizontal ou vertical.

Empresas que lidam com a criatividade como cerne do negócio tendem a ter uma estrutura hierárquica horizontal. Afinal, geralmente optam por um ambiente de trabalho mais colaborativo e a participação pró-ativa e espontânea dos funcionários é sempre bem-vinda. As tarefas não são repetitivas, podem mudar de uma hora para hora. O lado mais positivo é que há um sentimento geral de participação e isso tende a motivar bastante os funcionários.

Nas empresas verticais, a diretoria fica lá em cima, distanciada e com poder centralizado. A estrutura é mais engessada, mas isso não quer dizer que isso seja totalmente negativo. Nesse tipo de empresa, os funcionários são treinados e preparados, fazem atividades baseadas em trabalhos previsíveis, que não mudam tanto do dia para a noite. Eles também contam com regras e procedimentos que devem ser respeitados. Muita gente prefere trabalhar nesse tipo de empresa e se sente melhor e mais seguro em ambientes mais conservadores. Esse é o caso da sua empresa? Se for, então a estrutura provavelmente será vertical.

É importante salientar que não se trata de escolher uma ou outra à revelia, mas de optar pela que melhor se insira no seu ramo de atividade.

2. Escolha uma estrutura organizacional que se adapte à sua empresa

Os modelos mais comuns são o projetista e o funcional. Em um organograma dito funcional a empresa tem aquela divisão clássica de setores: o financeiro, o comercial, o RH, o marketing, a equipe de vendas, e por aí vai. Geralmente são empresas que fazem atividades repetitivas, altamente especializadas, com planos de carreira pré-determinado.

Mas se falamos do modelo projetista, vamos identificar uma empresa formada por núcleos interdependentes, que estão ali para resolver o problema do cliente do início ao fim. Fica mais fácil visualizar quando pensamos em termos práticos: são escritórios de arquitetura, de advocacia ou consultorias, por exemplo. Eles lidam com projetos periódicos, são impulsionados pelo desafio, pelos riscos e existe um plano de carreira bem mais flexível. 

É importante conhecer a teoria, mas, na prática, as empresas não se prendem a um único modelo. A maioria opta ou é lavada a misturar os modelos organizacionais com os projetistas e isso é muito saudável. Será possível aproveitar o melhor de cada um.

3. Monte uma base eficiente de comunicação

Recomenda-se que não exista mais de três níveis hierárquicos entre o CEO e o a linha de frente. Sabe por quê? Isso dificulta em muito a comunicação interna, essencial para o bom funcionamento de toda empresa. Imagine que seu organograma demande um grande número de gerentes, subordinados e afins. Quanto mais longa a cadeia de comunicação, mais difícil será para a mensagem de um presidente chegar até as pessoas. E pior, pode chegar totalmente modificada, como se fosse um telefone sem fio. O caminho contrário também sofre nesse caso: imagine ser um CEO que não consegue receber da linha de frente da empresa as notícias, novidades e feedbacks dados pelos clientes. Como ele iria tomar melhores decisões se a informação mais importante da empresa não chega aos seus ouvidos?

Sendo o organograma mais vertical ou mais horizontal, a atenção deve ser redobrada na comunicação interna. É preciso lembrar que o objetivo é comum e a empresa é uma só. Todos precisam se sentir parte de um todo e quem vai ajudar nisso é a comunicação interna, se feita de maneira eficiente.

4. Planeje a demanda de trabalho e saiba o momento certo de demitir ou contratar

Uma das grandes vantagens de ter uma boa estrutura organizacional é o reflexo na produtividade, incluindo aqui o correto planejamento da demanda. Por exemplo, se a empresa faz uma previsão de demanda errada das vendas provavelmente terá prejuízo, seja na compra de material que vai ficar encalhado ou então na falta de produtos para colocar nas prateleiras.  O mesmo vale para os recursos humanos.

Essa balança só pode ser equilibrada com uma boa estrutura organizacional, que vai permitir desenvolver processos objetivos de coleta e análise de dados, no gerenciamento de indicadores de desempenho, no controle de estoques. São essas informações, geralmente organizadas em um bom software de gestão, que vão ajudar a empresa na área logística e de contratações. Será o momento certo agora para contratar mais gente? Ou será que é hora de desafogar os gastos? Só se consegue isso tendo em mãos os dados da empresa, as projeções feitas de forma correta. 

O planejamento da demanda de trabalho é um grande desafio, mas é ponto fundamental na saúde da empresa. E só se consegue sucesso se existir dentro dela um bom organograma.

5. Não deixe para depois: monte um organograma desde os primeiros passos da empresa

A última dica aqui é talvez a mais importante: pense na estrutura organizacional da sua empresa desde o início. Isso vai ajudar a ter uma visão clara e objetiva da cultura organizacional que você pretende implementar. Ou seja, é a melhor maneira de estabelecer como os resultados serão acompanhados, de identificar o perfil de funcionários que pretende ter por perto (evitando contratações de pessoas que não estão alinhadas com os objetivos da empresa).

Lembre-se sempre de que o organograma é a arrumação das pessoas dentro de casa, cada um terá pleno conhecimento de suas funções e noção de até onde podem chegar em nível hierárquico. Isso vai facilitar no planejamento de planos de carreira e na motivação dos funcionários (seja por desafios ou por segurança).

Achou que essas dicas são úteis? Pois lembramos que independentemente do tipo de estrutura organizacional adotada, os empreendedores não devem se esquecer dos princípios de gestão, formuladas por Henri Fayol, o grande teórico da administração: responsabilidade, disciplina, espírito empresarial, remuneração justa e fazer os interesses do grupo prevalecerem sobre o interesse pessoal!

Texto publicado no site da Endeavor Brasil - A Endeavor é a organização líder no apoio a empreendedores de alto impacto ao redor do mundo. Presente em mais de 30 países, e com 8 escritórios em diversas regiões do Brasil.

9 de maio de 2020

CURRÍCULO FÁCIL

A elaboração de um currículo é um momento significativo e decisivo do processo de seleção. É ele que vai atrair a atenção do recrutador. Aqui você deve evidenciar, conhecimentos, habilidades e experiências que você possui e que a vaga exige.

Para cada vaga de trabalho anunciada, são centenas de currículos que chegam até a empresa. Clareza e objetividade nas informações são fatores diferenciais e decisivos para que seu currículo seja um dos escolhidos para permanecer no processo.

O currículo deve apresentar:
•      Informações pessoais e contato;
•      Formação educacional;
•      Vivências profissionais;
•      Demais requisitos que a vaga em questão exigir.

E para que essas informações chamem a atenção dos recrutadores é importante serem cumpridas algumas orientações:

Fonte: escolha um formato de letra fácil de ler e que seja comum de encontrar na maioria dos computadores, como, Arial e Times New Roman. Assim, caso você envie seu currículo por e-mail e em Word, no momento que ele for aberto pelo recrutador, não corre o risco de ficar com as informações desconfiguradas. Você pode optar pelo envio em PDF.

Foto: coloque foto somente se o anúncio pedir. Lembre-se de utilizar fotos profissionais e jamais faça recortes das redes sociais. Pode até parecer piada, mas é grande o número de pessoas que coloca fotos inadequadas em seus currículos. Isso pode prejudicá-lo no processo de triagem.

Requisitos: organize seu currículo de acordo com a vaga a qual você está se candidatando. Num anúncio de trabalho, estarão destacados os “requisitos básicos” ou “requisitos de acesso”. Dessa maneira, se você possuir os requisitos elencados, deverá deixá-los de uma forma que sejam facilmente identificados pelo recrutador.

Destaques: utilize de maneira balanceada textos destacados em caixa alta, negrito ou itálico, bem como citações em formato de tópicos. Quando usamos muito esses recursos, o currículo fica carregado e cansativo de se ler, fazendo com que o recrutador tenha dificuldade de identificar quais são as informações importantes, pois tudo está destacado.

Sequência: organize as experiências em seu currículo de maneira cronológica, de preferência, da mais recente para a mais antiga. Informações como: nome da empresa, mês e ano que você atuou e quais foram as suas responsabilidades nesse período são detalhes importantes e que poderão te diferenciar em relação aos outros candidatos no momento de triagem dos currículos.
Informações de cursos ou experiências muito antigas devem constar em seu currículo somente se forem relevantes para a vaga em questão. Se não forem contribuir, retire-as.

Esses detalhes podem parecer banais num primeiro momento. Mas lembre-se, um recrutador tem acesso a centenas de currículos em um único dia, a facilidade para que ele identifique as informações com rapidez é o primeiro fator para te diferenciar dos demais candidatos.

Dessa maneira, é mais fácil você ser convidado a participar de uma entrevista. 
A nossa vida profissional, assim como a pessoal, é dinâmica. Todos os dias aprendemos coisas novas, nos reinventamos e é importante que o seu currículo reflita, exatamente, isso. Dinamismo, abertura para o novo, mudanças, cuidado com si mesmo. 

Por Ana Cláudia Coutinho - Genesis Grou

6 de abril de 2020

INCERTEZAS COM A COVID19 – O QUE FAZER?


A circunstância de pandemia pela qual passa o Brasil e o mundo está alterando todas as formas de relacionamento, sejam elas profissionais ou pessoais. O que todos perguntam neste momento é o que deve ser feito para fazer o enfrentamento desta crise sem precedentes? Qual o modelo de gestão deve ser adotado? Quanto tempo vai perdurar esta crise? Quais serão os impactos atuais e futuros dos negócios?

A verdade é que ninguém desta geração tem experiência para dar respostas exatas a estas questões, o fato é que todos estão aprendendo na prática a lidar com esta situação, nem o melhor e mais renomado executivo do planeta vivenciou algo parecido com isso, uma vez que a última pandemia aconteceu no século passado, e foi a gripe espanhola em 1918. Tudo que se tem até agora são prognósticos baseados em predição.

Apenas modelos qualitativos podem e devem ser utilizados desde que ponderadas todas as variáveis possíveis do negócio. O que pode ser considerado certo é que toda crise passa e, como dizem os grandes pensadores da administração, atrás de toda ameaça existem oportunidades e saber captura-las é o grande desafio para as Empresas.

Uma dica importante de enfrentamento é para que todas as Empresas criem um comitê de crise e convoquem para estas reuniões os executivos mais experientes da organização para discutir ideias e ações para mitigar seus efeitos, lembrem-se que não existe certo ou errado e todas as opiniões devem ser consideradas, respeitadas e discutidas. O pior que se pode fazer neste momento é não agir, é não tomar nenhuma decisão e deixar as coisas simplesmente acontecerem.

Outro ponto importante e esperado dos gestores é demonstrar empatia com a Equipe entendendo e respeitando a situação de cada um, pois o pior que um líder pode fazer é pré-julgar seus colaboradores, a resiliência diante das adversidades e a serenidade para manter o controle pessoal e emocional são virtudes esperadas dos gestores neste momento.

A comunicação clara e exata sobre os fatos também é outro fator muito importante a ser considerado, pois através dela é possível quebrar expectativas e evitar boatos destrutivos advindos da informalidade e das mensagens recebidas em redes sociais sem procedência, as famosas fake news.

O planejamento bem elaborado sempre foi um diferencial competitivo para as Empresas de sucesso, em situações de crise ele é essencial para a própria sobrevivência das instituições, em toda sua abrangência. A frequência de revisão do planejamento deve ser mais curta, ou seja, em um período menor de tempo, quinzenal ou até mesmo semanal.

Diante da evolução do quadro da Covid19, as tomadas de decisão deverão ocorrer de uma forma mais rápida, pois a agilidade em situações de crise é fundamental e quanto maior a espera maior será o prejuízo.

Outro ponto comportamental a ser considerado, é manter a calma e a racionalidade, emoções em demasia nestas horas podem ser prejudiciais e levar a decisões equivocadas que podem colocar em risco a perenidade dos negócios.

Por GERALDO CESAR MENEGHELLO

8 de setembro de 2019

INDUSTRIA 5.0 – A PRÓXIMA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


INDUSTRIA 5.0
Ainda estamos discutindo a Indústria 4.0, onde a manufatura assumiu o rótulo de “inteligente” por meio da integração da IoT, IA, sistemas ciberfísicos, nuvem e computação cognitiva. O princípio básico por trás da quarta revolução industrial é que, encadeando máquinas, dispositivos inteligentes e sistemas, os fabricantes estão criando redes inteligentes em toda a cadeia de valor (de materiais à produção) que podem se controlar mutuamente.
Mas os avanços tecnológicos continuem a crescer numa velocidade incrível, tanto que a Industria 5.0 já pode ser vista no horizonte, e que, de acordo com alguns visionários da tecnologia , trará um aumento do toque humano de volta à manufatura. Portanto, onde a Indústria 4.0 coloca a tecnologia inteligente na vanguarda da manufatura, a Industria 5.0 será o aumento da colaboração entre humanos e sistemas inteligentes. Casar os dois fundirá a precisão de alta velocidade da automação industrial com as habilidades de pensamento cognitivas e críticas dos seres humanos.
De acordo com o diretor de tecnologia da Universal Robots, Esben H. Østergaard , a Indústria 5.0 é necessária devido à alta demanda de individualização dos consumidores nos produtos que eles compram, o que significa que eles preferem um grau de personalização e customização em seus produtos. Para apoiar sua declaração, Esben cita um artigo da Bloomberg detalhando a decisão do fabricante de automóveis Mercedes de dar mais espaço para os humanos nas fábricas de produção, observando que a personalização é um fator importante para os consumidores modernos.
As pessoas, não tecnologia, moldam o futuro da manufatura
No início deste ano, até mesmo Elon Musk dono na Tesla, admitiu que a automação excessiva de sua linha de produção do Modelo 3 foi ” um erro “, levando-o a twittar que “os seres humanos são subestimados”. O episódio resume o primeiro argumento de forma concisa: uma fábrica sem seres humanos é uma coisa perigosa. A manufatura simplesmente não se move sem pessoas qualificadas e motivadas.
Além disso, a manufatura é um grande empregador na maioria das economias. Na Suíça, por exemplo, cerca de um quinto da população tem empregos na industria. A fabricação é essencialmente uma atividade significativa que fornece bem-estar aos funcionários, proprietários e sociedade. A chave é continuar inovando novos produtos e melhorando os processos de fabricação. De acordo com Paul Krugman, laureado do Prêmio Nobel de Ciências Econômicas, “A capacidade de um país de melhorar seu padrão de vida ao longo do tempo depende quase inteiramente de sua capacidade de aumentar sua produção por trabalhador”.
As pessoas, não a tecnologia, moldam o futuro da produção. Como as pessoas escolhem usar novas tecnologias decidirá como a fabricação evolui. Por essa razão, o aprendizado humano continuará sendo mais importante que o aprendizado de máquina no futuro da manufatura. Isso deve ser um pensamento tranquilizador para produtores e funcionários.
A Industria 5.0 irá melhorar tanto as máquinas quanto os papéis humanos na indústria manufatureira, deixando as tarefas monótonas e repetitivas para o mecânico e abrindo o lado criativo para o biológico. Isso permitirá que a equipe assuma mais responsabilidade e aumente a supervisão dos sistemas para elevar a qualidade da produção em todos os setores.
A ideia de colaboração entre humanos e robôs na linha de montagem não é uma visão do futuro distante. Na verdade, a consultoria Accenture divulgou recentemente uma pesquisa realizada com 512 executivos de todo o mundo, revelando que 85% deles prevêem uma linha de produção colaborativa entre humanos e robôs em suas fábricas até 2020. É uma perspectiva impressionante, considerando que a data prevista está muito próxima.
Essa projeção pode ser alarmante para alguns fabricantes que apenas começaram a adotar os padrões da Industria 4.0, mas a colaboração homem / robô já está ocorrendo na linha de produção, como mencionado anteriormente. É uma evolução natural que ocorrerá dentro da indústria de manufatura inteligente, e os produtores de robótica já desenvolveram robôs colaborativos que são seguros para uso em torno de trabalhadores humanos para evitar lesões no local de trabalho.
Embora a Indústria 4.0 ainda seja a principal revolução na mente da maioria dos fabricantes, também é importante ficar de olho no futuro. A tecnologia está constantemente avançando, e a produção deve evoluir para permanecer competitiva. Com o aumento da demanda por produtos personalizados de qualidade feitos sob medida, os fabricantes certamente se beneficiarão do que a indústria 5.0 tem a oferecer, e talvez reduza o medo inerente que a maioria dos trabalhadores de produção tem de ser substituída pela automação. Novas habilidades são necessárias, mas o local de trabalho colaborativo será benéfico para todos a longo prazo. Tudo o que precisamos fazer é manter a mente aberta.
A indústria está sendo “versionada” de forma muito livre. Precisamos ter controle dessas versões! Sem uma maneira melhor de descrever a inovação na indústria, estamos condenados a ver mais “modernização” da indústria, já que ela é um chamariz de atenção. Então, deixe-me cunhar o termo “Indústria 6.0”, onde nunca temos contato com qualquer máquina, pessoa ou mesa de desenho / configuração. Em vez disso, tudo é feito num aplicativo. Tiramos uma foto de um esboço e clicamos em “fazer”.
Fonte:Machine Design, pode ser visto em www.stylourbano.com.br

30 de setembro de 2018

LOGÍSTICA 4.0: COMO AS TRANSPORTADORAS PODEM SE PREPARAR PARA AS MUDANÇAS QUE ESTÃO POR VIR?


A Indústria 4.0 é uma realidade, uma mudança profunda que está acontecendo de forma silenciosa e intermitente e que tende a ganhar velocidade nos próximos anos. Portanto, o grande desafio dos profissionais da logística será entender e antecipar estas tendências e preparar suas empresas para atuar neste cenário.
A estratégia de crescimento de grandes grupos empresariais, passam por aquisições de empresas mal administradas e lentas em suas tomadas de decisão, ou seja, empresas crescem de forma desorganizada e frágeis em seus processos tornando-se presas fáceis. Desta forma, será imprescindível conhecer mais e melhor esta tendência empresarial preparando-se para estas mudanças. 

O artigo a seguir, posicionará você leitor sobre o contexto das mudanças da  indústria 4.0 na logística e como preparar-se para as mudanças de rumo.

Boa leitura!

Prof. Geraldo Cesar Meneghello

Logística 4.0 é uma expressão que representa uma nova fase da logística, ultra conectada e que atende aos requisitos de velocidade, ganho de eficiência, redução de custos e disponibilidade de informações impostos pela indústria 4.0.
Desde a primeira Revolução Industrial, em meados do século XVIII, na Inglaterra, o setor industrial vem na esteira das evoluções, sempre buscando se reinventar. A indústria tem grande necessidade de se adaptar aos novos requisitos e exigências do mercado. A grande novidade do momento é a Logística 4.0.
Afetando toda a ordem da economia e modificando nossa forma de fazer negócios, a chamada quarta revolução industrial transforma a sociedade e o estilo de vida dos indivíduos. Isso graças à sua combinação das maiores tendências em tecnologia: IoT (Internet das Coisas), Impressoras 3D, Big Data, Analytics, Realidade Aumentada, entre outras tecnologias recentes.
Klaus Schwab, grande economista alemão, já nos preparou para o que vem a seguir. Segundo o próprio, que cunhou o termo “quarta revolução industrial”, a mudança que estamos começando a experimentar será de tanta magnitude como nunca antes experimentamos.
Entendendo as revoluções industriais e a indústria 4.0
Para compreender melhor do que se trata a Logística 4.0, é preciso voltar ao passado e analisar as revoluções industriais anteriores e as suas consequências para o setor.
Quando falamos na Indústria 1.0, nos remetemos à primeira revolução, iniciada na Inglaterra do século XVIII. A essa altura, algumas descobertas, como a força mecânica e o maquinário a vapor, modificaram e expandiram as fábricas. A mecanização do trabalho expandiu as indústrias têxteis, metalúrgicas e até mesmo o setor de transportes.
Na segunda revolução industrial, passada no século XIX, o industrialismo dominou. Com grande especialização da mão de obra e busca por qualificação, a eficiência operacional ganhou importância. A produção em massa tornou-se uma realidade, e a capacidade produtiva foi multiplicada. Os modelos fabris fordianos tiveram grande destaque com a produção em série na indústria automobilística, a exemplo do “Modelo T” da Ford.
Antecedendo a fase que agora vivemos, a terceira revolução ocorreu no século passado, ou seja, em meados do século XX e foi caracterizada pelo início da transformação digital. Avanços surgiram nas ciências, robótica e eletrônica, além da popularização da internet, junto a aplicação de softwares e dispositivos móveis.
A Indústria 4.0, na qual estamos inseridos neste momento, é um conceito nascido na Alemanha. A tendência nessa fase é a automatização completa do setor fabril e a busca constante pelo aumento da eficiência, utilizando principalmente recursos ciberfísicos, possíveis por conta da IoT (internet das coisas) e da cloud computing (computação em nuvem). O conhecimento e a comunicação são as grandes tônicas dessa revolução.
A fábrica inteligente é a nova aposta em gestão, possibilitando produção avançada e novas práticas no ambiente fabril. A revolução é capaz de potencializar os níveis de rendimento em escala global, melhorando, inclusive, a qualidade de vida da população.
Porém, cabe destacar que a indústria 4.0 traz um grande desafio para as indústrias, e para o mercado em geral, pois só será capaz de se beneficiar desta nova revolução quem se adaptar ao novo momento, investindo efetivamente em inovação e busca de um modelo de gestão baseado em dados para a tomada de decisões cada vez mais assertivas.
O que é Logística 4.0?
Logística 4.0 é uma expressão que representa uma nova fase da logística, ultra conectada e que atende aos requisitos de velocidade, ganho de eficiência, redução de custos e disponibilidade de informações impostos pela indústria 4.0. Nela são privilegiadas as otimizações e a tomada de decisões apoiadas em dados, que em parte são produzidos dentro de cada empresa, e parte são trocados entre clientes, embarcadores, transportadoras, armazéns e demais envolvidos na cadeia logística.
A Logística 4.0 se utiliza de tecnologias modernas de informação e comunicação tais como a Computação em Nuvem, Webservices, EDI, Big Data, BI, Mobilidade e Analytics.
O que muda com a Logística 4.0?
A Indústria 4.0 não é apenas uma tendência, mas nossa atual realidade. Para ganhar a sua fatia nesse novo mercado e sair na frente das concorrentes, é preciso investir em novos recursos tecnológicos, desenvolvendo processos e equipes com alto potencial analítico. É essencial adotar Big Data e sistemas na nuvem para aumentar a eficiência e os diferenciais competitivos de sua marca.
A logística, claro, é diretamente impactada por essas mudanças. Se antes era comum manter grandes estoques e correr o risco de sofrer perdas gigantescas por conta dos prazos de validade e dificuldades de armazenamento, agora é essencial aplicar a gestão inteligente de estoques.
Controles de temperatura no centro de estocagem, lead-time reduzido, distribuição off-line obsoleta e baixa concorrência ficaram no passado! É hora de repensar as suas práticas para manter a empresa relevante no seu segmento.
Quais os benefícios da Logística 4.0?
Graças a adoção em larga escala das tecnologias da informação e comunicação, a logística 4.0 traz inúmeros benefícios para todos os envolvidos na supply chain, interligando clientes, indústrias, armazéns e transportadores para a troca de dados relevantes. Dentre os vários benefícios destacamos:
Maior integração entre os participantes da cadeia de suprimento
Prazos de entrega menores
Redução de estoques, evitando perdas e desperdícios
Otimização de espaços e de custos de armazenagem
Melhor aproveitamento das frotas e otimização de custos com transporte
Maior segurança da cadeia de fornecimento, evitando paradas em linhas de produção
Menor burocracia nos processos, elevando a produtividade e competitividade no mercado
Geração de grande massa de dados relevantes para apoiar as tomadas de decisão, cada vez mais assertivas e que possibilitam a melhoria contínua
Aumento das margens de lucro para as transportadoras e operadores logísticos que se engajarem nessa nova revolução
Como preparar a minha transportadora para a Logística 4.0?
A Logística 4.0 é ultra conectada e preza pela rapidez e pela otimização tecnológica, como você já pôde perceber. Para adotá-la e não se tornar obsoleta no seu mercado, a sua transportadora ou operador logístico deve promover mudanças na cultura organizacional e em práticas diárias. Mas o que modificar em sua empresa para se inserir e aproveitar esse movimento?
Mapeie e revise os seus processos de trabalho
Para se adequar a uma nova logística que é tão rápida e conectada, mudanças corporativas são necessárias. As empresas com processos obsoletos, que insistem em modelos completamente analógicos e manuais de gestão, podem ter dificuldade para se adequar a esse novo momento.
Para o gestor que deseja potencializar os resultados da sua empresa, é muito importante que seus processos de trabalho sejam conhecidos e revisados, buscando otimizar e automatizar o máximo possível.
Invista na comunicação com seus embarcadores
Com a velocidade cada vez maior que é demanda dentro do contexto da logística 4.0, não dá mais para aceitar a troca de informações de pedidos, ocorrências de transporte e situação dos fretes por email, e o lançamento manual de informações em sistemas, então a dica é apostar em tecnologias como EDI (Troca Eletrônica de Dados), e Webservices, que são capazes de integrar os embarcadores, transportadoras e demais parceiros (inclusive os fornecedores e clientes), evitando retrabalho, reduzindo custos, evitando erros e acelerando o trabalho.
Integração é a palavra-chave para adotar as práticas logísticas mais modernas na sua empresa. Essa conectividade facilita a gestão e permite controle completo sobre os processos.
Implante um Software de Gestão de Transportes (TMS) Completo
Ao implantar um bom TMS (Software de Gestão de Transportes) o gestor vai conseguir evitar retrabalho, aproveitar melhor as informações geradas durante as operações, integra-se com seus clientes e parceiros, e assim aproveitará melhor os seus recursos e atenderá as expectativas dos clientes.
Imagine gerenciar a empresa com planilhas, ou na ponta do lápis. Com todos os recursos que hoje temos à mão, essa prática analógica já não faz sentido. Se a empresa opta por adotar um software para gerenciamento da sua frota, por exemplo, as informações de abastecimentos podem ser importadas de bombas eletrônicas ou recebidas de postos parceiros por meio de EDI, e automaticamente registradas no sistema, sem digitação, sem perda de tempo e sem erros.
Conecte a sua frota e motoristas à base em tempo real
Se um veículo não está seguindo o trajeto planejado, o gestor pode intervir imediatamente sobre frota. Dessa mesma forma, se um determinado motorista estiver apresentando médias de consumo de combustíveis ruins, ou padrões de condução inadequados, a tecnologia dos rastreadores integrados aos sistemas de gestão de frota permite avaliá-los individualmente ou enquanto grupo por meio das análises e estatísticas.
Caso qualquer anormalidade ocorra na operação de transporte, como uma falha mecânica ou um roubo de carga, as novas tecnologias permitem não só a notificação à empresa e o monitoramento dos veículos, mas também o desligamento remoto do caminhão.
Utilize a mobilidade a favor da sua empresa
Quando seus motoristas utilizam aplicativos de registro de ocorrências de transporte, você e seus clientes ficarão informados sobre cada evento ocorrido durante a viagem, além do fato de que as melhores rotas podem ser escolhidas com facilidade, considerando a condição das estradas e a segurança do trajeto.
Os gestores também podem ser muito beneficiados pela mobilidade, já que aplicativos integrados ao Sistema de Gestão de Transportes (TMS) podem lhe fornecer em tempo real informações relevantes sobre a situação operacional e financeira da transportadora ou operador logístico.
Crie uma rotina e cultura de gestão baseada em dados
Diante do grande volume de dados e informações que as novas tecnologias e sistemas disponibilizam, surgem as condições para que os gestores interessados possam analisar as suas empresas por diversos aspectos, e a partir disso tomar as melhores decisões, reduzindo custos, melhorando prazos de entrega e atendendo cada vez melhor os seus clientes. Mas para isso é fundamental que seja criada na empresa a cultura de seguir uma rotina de analisar os relatórios e dados gerados pelos sistemas com frequência.
Já deu para perceber que a Logística 4.0 é aliada de um trabalho eficiente e pode potencializar inclusive a segurança de seus colaboradores, processos e bens, certo? A novidade não é uma previsão para o futuro: é uma realidade inegável que precisa ser tão bem aproveitada quanto possível pelo gestor moderno.
Por Fábio Cunha 

INDÚSTRIA 4.0


Indústria 4.0 – Todo mundo quer seguir tendências, mas quem segue está atrasado!

Indústria 4.0 
Seguir tendências é correr atrás de uma oportunidade que passou. Quem antecipa tendências é que consegue ficar bem posicionado e a frente dos concorrentes.

A Kodak apostou na fidelidade (de mais de 100 anos) de seus clientes de filmes fotográficos, e mesmo tendo inventado em 1975 a primeira máquina de fotografia digital, ignorou que isto poderia ser uma tendência e descartou a ideia.

Passado alguns anos depois, toda uma cadeia sustentada pelo filme fotográfico (fabricante de máquinas e filmes, indústrias químicas que produziam os componentes das soluções reveladoras, lojas de revelação) começou a ser dizimada porque os clientes estavam migrando para as tecnologias digitais, que permitiam centenas de fotos por passeio, e a opção de selecionar, na hora, a melhor pose (e refazer a foto se necessário).

A propósito: quem lançou no mercado a primeira máquina digital foi a Sony, em 1981, e por muitos anos esteve na frente dos seus concorrentes. E mesmo tendo desfrutado desta vantagem, não se acomodou e acreditou que os smartphones um dia substituiriam as câmeras digitais.

Por Renato Oliveira Marques