CLASSIFICAÇÃO DO ESTOQUE ATRAVÉS DA CURVA ABC

A classificação ABC, como é entendida no âmbito da administração de materiais, é um conceito universal que deve ser aplicado a qualquer sistema de controle de estoque. A aplicação do conceito da curva ABC é importante para que seja possível ter um diagnóstico claro dos produtos armazenados saber, por exemplo: quais os produtos representam o maior valor monetário ou em quantidade. É possível também utilizar a curva ABC para identificar os itens de maior movimentação no armazém. A técnica poderá colaborar com a definição do layout indicando os melhores locais para armazenagem de produtos ou materiais, sendo: os itens de maior movimentação próximo à área de entrega e o de menor movimentação nos locais mais distantes.

A análise do estoque através da curva ABC poderá ser realizada em qualquer intervalo de tempo, porém, o mais usual é de seis meses ou um ano.

A forma de utilização é a seguinte: os itens deverão ser classificados em ordem decrescente de importância, aos itens mais importantes, seguindo a ótica de valor ou da quantidade, denominam-se itens classe “A” os intermediários, itens classe “B” e aos menos importantes, itens classe “C”.  Não existe forma totalmente aceita de dizer qual o percentual do total dos itens pertence à classe “A”, “B” ou “C”.

Normalmente o critério utilizado para classificação dos itens em valor monetário é o seguinte: Os Itens da classe “A” representam 70% do valor do estoque, Itens da classe “B” 20% e Itens da classe “C” 10%, podendo variar conforme a necessidade da Empresa. Observa-se na análise que os itens classificados na curva "A", representam a menor quantidade em estoque e os classificados na curva "C" a maior quantidade, ficando os da classe "B" em situação intermediária.

Prof. Geraldo Cesar Meneghello

A EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA DE TRANSPORTES

Embora o conceito de logística de transporte seja bastante moderno, tendo apenas alguns anos ou poucas décadas de efetiva aplicação prática conhecida e com equipamentos ou instrumentos modernos, podemos considerar a atividade milenar.

Ø       Necessidade de transferência de mercadorias de um ponto a outro;

Ø       Material certo, quantidade certa, momento certo, lugar certo com qualidade e no menor custo;

Ø       Melhoria dos preços e serviços e, por conseqüência, da competitividade.

O homem, através do tempo, procurou sempre melhorar o seu sistema de transportes, adaptando-o às suas necessidades.

Ø       Tração humana: simples ato de o homem levar um objeto de um lugar a outro, com suas próprias forças;

Ø       Utilização de sacolas, cestas, carroças, plataformas carregáveis, etc.

Esse pode ser considerado como o princípio da logística de transporte, bem como do conceito de intermodalidade;
O segundo estágio na evolução do transporte e da logística foi:

Ø       A utilização da tração animal;

Ø       A utilização de troncos de árvores amarrados para formar o que hoje chamamos de jangada (transporte aquaviário).

A evolução deste novo modal foi lenta, porém contínua, e o homem foi aperfeiçoando estes barcos primitivos que, com o passar do tempo, deixaram de ser impulsionados pela força humana, através de remos, e passaram a ser movidos pela força dos ventos, através da vela.

Isso permitiu a ligação de países, próximos ou distantes, separados por mares e oceanos. Assim nascia o transporte marítimo internacional;

Embora rudimentares estes processos de transportes terrestres e aquaviários prevaleceram durante milênios;

 Com o advento da revolução industrial, no século XVIII, que criou o trem e o barco a vapor, esses sistemas tomaram um grande impulso, proporcionando um vertiginoso desenvolvimento nos dois séculos seguintes;

No final do século XIX, o homem criou a indústria automobilística, que trouxe o caminhão e completou a revolução do transporte em terra, possibilitando que pontos distantes passassem a ser interligados rapidamente sobre trilhos e rodas, permitindo um grande avanço nas trocas comerciais;

No início do século XX, o homem criou o avião, este maravilhoso modal voador que estava faltando e que possibilitou a integração definitiva dos países, permitindo transportar mercadorias de um lugar a outro, em qualquer ponto do planeta, em questão de horas;

Estavam dadas, com isto, todas as condições necessárias ao surgimento do processo de escolha entre os diversos modais de transporte: marítimas, terrestres e aéreas.

Fonte: Moura, Reinaldo Ed. IMAM

Prof. Geraldo Cesar Meneghello

HISTÓRIA DA ARMAZENAGEM

No artigo de hoje faremos uma breve viagem pela história da armazenagem, uma atividade tão importante para as empresas, quanto antiga.
1800 ac - No Egito a construção dos primeiros armazéns;
190 ac - Óstia/ Império Romano foi o principal ponto de distribuição;
1860 - Nesta época surgiram os estrados, as plataformas e armazéns com vários pisos, mas os produtos eram empilhados manualmente;
1900 - Desenvolvimento dos carros plataforma industriais e mecanizados a motor;
1926 - Os carros plataforma com elevação estavam em uso e poderiam colocar um estrado em cima do outro;
1933 - Surgiu à empilhadeira capaz de elevar uma tonelada a uma altura máxima de 4,5 metros e estrados puderam ser empilhados aproveitando melhor os espaços nos armazéns;
1939 - A empilhadeira anunciava a nova era, sendo os primeiros veículos elétricos. Surgiram os paletes de madeira e as primeiras estruturas porta paletes, feitas de madeira pesada e seções de aço;
1946 - A produção de cantoneiras ajustáveis se iniciou e foi amplamente usada na indústria de prateleira.
1950 - Neste período surtiram as estruturas porta paletes como são conhecidas atualmente. Armações soldadas ou parafusadas que eram presas ou colocadas em aberturas na face das colunas.
Fonte: Moura, Reinaldo - Ed. IMAM.

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A ORIGEM DA LOGÍSTICA

A origem da logística é militar e foi desenvolvida visando um só objetivo o de vencer batalhas. Os recursos certos deveriam estar no local certo e na hora certa. Em situação de guerra, a logística planeja como levar ao front de batalha os materiais e insumos necessários aos soldados, tais como: munição, armas, água, comida, remédios entre outros. Nas recentes guerras ocorridas, observa-se que ao invadir um país, os ataques aéreos se concentram em pontes, estradas, aeroportos, linhas de comunicação ou qualquer outro ponto estratégico que possa ser utilizado pelo inimigo para se locomover ou se comunicar. Desta forma a estratégia de um país é desestruturar a logística do outro. No mundo corporativo, as "guerras" tem outro nome: competitividade, ou seja, uma empresa tem que ser mais eficiente e eficaz que sua concorrente se quiser permanecer viva no mercado. Vocês vêem alguma semelhança?
Alguns estudiosos do tema afirmam que a logística pode ter origem na antiga Grécia, onde os intelectuais da época se reunião em uma arena para discutir matemática e lógica e, ao final, se entendiam. No Brasil, o termo logística, surgiu no início dos anos 70 com a necessidade de melhorar a distribuição física de produtos, tanto interna como externamente. Talvez tenha surgido aí o mito de que a logística é só transporte! Veremos ao longo das publicações que a complexidade é muito, muito maior.

Prof. Geraldo Cesar Meneghello

CONCEITO DE LOGÍSTICA

Disponibilizar o material certo, na quantidade certa, no lugar certo e no momento certo sempre foi o grande desafio para os profissionais da Logística. Porém, o aumento da competitividade entre as empresas, tem exigido muito mais destes profissionais. Operar com qualidade máxima e no menor custo passou a ser uma obrigação e não mais um simples diferencial. Imagine você leitor, fazer uma compra on-line e não receber seu pedido na data marcada, ou ainda, com algum problema de qualidade? Além de tecer fortes críticas a empresa vendedora é provável que você faça parte dos clientes descontentes que além de não comprar mais nada desta empresa recomendará seus amigos a fazer o mesmo, não é verdade?
Para que fatos desagradáveis como este não ocorram, a Logística tem papel fundamental.
O blog está sendo inaugurado hoje e para as próximas postagens traremos outros assuntos relacionados a área.

Prof. Geraldo Cesar Meneghello