29 de outubro de 2011

LOGÍSTICA LEAN - CONCEITOS BÁSICOS

A gestão de uma cadeia de suprimentos ou cadeia de abastecimento, em um sentido mais amplo, abrange todas as atividades da logística. Inclui também a coordenação e a colaboração com parceiros da cadeia, como os fornecedores, distribuidores e clientes.

Nessas atividades existem inúmeros desperdícios como, por exemplo:
Ø   Estoques de segurança e pulmão devido à ineficiência e falta de confiabilidade nos processos, variação errática e artificial da demanda;
Ø   Transportes mal utilizados devido à falta de planejamento de rotas, equipamentos subutilizados na planta pela inexistência de uma adequada engenharia de processos, pagamento de taxas por atraso de entrega devido a não utilização de janelas de entregas programadas;
Ø   Áreas de estoques desnecessários, investimento em sistemas de armazenagem caros devido aos níveis elevados de estoque;
Ø   Esperas com subutilização da mão de obra, equipamentos, materiais parados;
Ø   Embalagens sendo solicitadas além das necessidades, desperdícios por embalagens danificadas e mal dimensionadas, retrabalhos, entre outros.

Logística Lean

Para gerenciar a cadeia de suprimentos de forma mais eficaz e eficiente, com menos desperdícios, é necessário ter uma logística lean, que está baseada em 3 conceitos fundamentais: 

Ø      Reduzir o tamanho dos lotes de produção;
Ø      Aumentar a freqüência de entregas;
Ø      Nivelar o fluxo de entregas.

Trata-se de implementar um sistema puxado com reposição nivelada e freqüente em pequenos lotes, definidos entre as plantas ao longo do fluxo de valor da cadeia de suprimentos para trabalhar de forma mais sincronizada possível com o consumo real.

É comum observar empresas que são abastecidas por seus fornecedores através de entregas em grandes e inconstantes lotes, baseado em previsões de vendas.

As mudanças repentinas de pedidos tanto em volume como mix, causam muitas vezes transtornos para todos os lados, gerando diversos tipos de desperdícios e aumento nos custos.

Ao adotar uma logística lean, à medida que os produtos são consumidos pelo cliente, cria-se um sinal de puxada nas empresas informando a quantidade exata de produtos para ser reposto por seus fornecedores, que por sua vez, enviarão um sinal de puxada para seus sub-fornecedores informando a mesma quantidade consumida para repor e assim sucessivamente ao longo da cadeia.


A logística lean requer alguns elementos básicos

Mecanismo de sinais de puxada como sistemas kanban, dispositivos sinalizadores que autorizam e dão instruções para a produção ou retirada de itens em um sistema puxado. Os cartões kanban são os exemplos mais conhecidos e utilizados.

Dispositivo de nivelamento em cada etapa do fluxo de valor entre plantas, nivelando a demanda em pequenos intervalos de tempo (a cada hora ou a cada turno, dia ou semana) e também por mix, garantindo que todos os produtos sejam produzidos e reabastecidos em ritmo constante, em pequenos lotes.

Planejamento de rotas e entregas freqüentes em pequenos lotes utilizando o milk run, um método de acelerar o fluxo de materiais entre plantas em que os veículos seguem uma rota para fazer múltiplas cargas e entregas em diversas plantas, em vez de esperar para acumular materiais para a expedição de carga direta com caminhão cheio. Desta forma é possível reduzir os estoques e o tempo de reação ao longo de um fluxo de valor.

Muitas vezes, é utilizado também o sistema cross-docking para consolidação das cargas, ou seja, uma instalação que seleciona e recombina uma variedade de itens que chegam de vários fornecedores a serem enviados para diversos clientes (outras plantas, distribuidores, revendedores etc.). Não é um armazém, pois sua função não é estocar materiais. Os produtos são apenas descarregados dos veículos que chegam e transportados aos veículos que os transportarão a outros locais.

Obstáculos à implementação

Mas por que existem tantas barreiras em aplicar estes conceitos?
Quais os pré-requisitos para implementar uma logística lean?
Quais são os paradigmas a serem quebrados?

Em primeiro lugar, não há logística lean que funcione se não houver certa estabilidade na demanda da cadeia de suprimentos. Tentar aplicar estes conceitos lidando com picos de demanda trimestral, mensal ou semanal fará com que mantenha estoque pulmão adicional para cobrir estas variações e não será possível realizar entregas niveladas e constantes. Analise o comportamento da demanda junto com a área de vendas e a equipe comercial, identificando os picos e principalmente as suas causas e gerando contramedidas para evitá-los ou minimizá-los.

Segundo, é necessário um esforço na redução dos tempos de setup visando diminuir o tamanho dos lotes (lotes mensais para semanais, semanais para diários e de diários para horários). Isto já ajudará na prática do nivelamento e aumentar a freqüência de entregas, contribuindo para a manutenção da uma estabilidade básica no sistema produtivo e no transporte.

Terceiro, o custo operacional é muito questionado pela Logística em relação à implementação do milk run, transportando menos volume e com mais freqüência. Existe uma percepção de aumento no custo operacional da logística, que de fato é verdade. Como exemplo, o caso de uma empresa na qual os custos operacionais da logística representam 75,5% do custo total logístico e os 24,5% restantes representam os custos em manter os estoques de produtos acabados, ao reduzir o custo de estoque em 50% (resultado da implementação dos conceitos da logística lean), há um aumento de 5,1% no custo operacional, que equivale a 4,3% do custo total logístico. Porém, o custo total logístico é reduzido em 9%. Portanto, é importante analisar os benefícios trazidos para o sistema como um todo e não somente analisar o aumento de custos de um ou outro departamento.

Sugestões para a implementação

Antes de implementar uma logística lean em toda a sua cadeia produtiva, aplique os conceitos lean na produção, e depois faça sua expansão para todo o sistema a partir da necessidade.

Inicie um piloto com os produtos que possuam as menores variações de demanda. Uma curva ABC por variação de demanda, onde os produtos “A” são aqueles com variação menor que 20% (e não os de maior volume), produtos “B” com variação entre 20% e 100% e produtos “C” maior que 100%, permitirá uma melhor visualização para escolha dos itens para o piloto.

Selecione os produtos “A” e crie fluxo na sua produção. Dimensione o sistema puxado, estenda isto para o fluxo além do porta a porta de sua planta e projete as rotas e as freqüências de entregas aplicando os três conceitos da logística lean, reduzindo o tamanho do lote, aumentando a freqüência de entrega e nivelando o fluxo de entrega.

Acompanhe os indicadores de desempenho e como sempre, realize kaizen trazendo benefícios no gerenciamento da sua cadeia de suprimentos.

Fonte: Nishida, Lando - Lean Institute Brasil

Prof. Geraldo Cesar Meneghello

11 de outubro de 2011

AS 13 PERGUNTAS MAIS CLÁSSICAS DE ENTREVISTA DE EMPREGO

Foi publicado na EXAME.com em 03.06.2010 a entrevista a seguir que trata as clássicas perguntas que são feitas aos candidatos em entrevistas de emprego. Como um dos principais objetivos deste blog é colaborar com estudantes profissionais da área de logística, achei importante postar a matéria.
Boa leitura!

Prof. Geraldo Cesar Meneghello

São Paulo - A entrevista é a etapa mais importante de um processo de seleção. É o momento em que, olhando nos olhos do candidato, o recrutador  consegue comprovar intuições e tirar todas as dúvidas possíveis. Só depois disso, ele estará apto para bater o martelo sobre a contratação ou não.

"Essa é a hora da verdade. O candidato tem que fazer de tudo para encantar o recrutador", diz Irene Azevedo, da consultoria DBM. Vencer a ansiedade e responder as expectativas do recrutador ao mesmo tempo não é tarefa fácil.

Por isso, conversamos com os principais headhunters do país para descobrir as perguntas mais tradicionais durante uma entrevista de emprego e quais as melhores maneiras para respondê-las. Confira.

1.    Por que você está mudando de emprego?
Essa é a primeira pergunta entre as mais perigosas em uma entrevista de emprego. Por isso, é preciso extrema cautela para respondê-la. O candidato que decidir soltar o verbo contra o emprego anterior cai em descrédito logo de início.

 "Isso soa mal. Passa a impressão de um profissional intransigente que, na primeira mudança de rota, prefere uma movimentação", afirma Eduardo Baccetti, sócio-diretor da consultoria de recrutamento 2GET.

De acordo com Priscila de Azevedo Costa, coordenadora do programa Veris Carreira da Veris Faculdades, o caminho para conversar sobre essa questão de uma maneira convincente é remeter para o atual momento de carreira e para os próprios planos para o futuro.

2.    Por que você foi demitido?
Uma das principais saias justas em uma entrevista de emprego é quando o recrutador, sem nenhum pudor, busca saber o contexto em que o candidato foi desligado da empresa anterior.  O assunto é delicado e exige muito jogo de cintura do candidato. A melhor estratégia, segundo os especialistas, é ser sincero. E, em alguns casos, recorrer a um tom mais eufemista.

Nesse contexto, por exemplo, "o candidato pode dizer que divergia estrategicamente do direcionamento da empresa", exemplifica Irene. Ou, "admitir que estava em um momento em que não podia contribuir totalmente para as necessidade da empresa", diz Priscila. O importante, segundo ela, é tomar cuidado para não prejudicar a própria imagem ou falar mal da companhia. 

3.    Por que quer trabalhar aqui?
Não vale responder que esse era o seu sonho de infância. Por isso, é fundamental estudar sobre os valores da empresa antes da entrevista e mostrar para o recrutador que seu plano de carreira está alinhado com essa visão.

"O candidato tem que ter muita consciência das suas próprias realizações e intenções", diz  Irene. "E, a partir disso, saber contar muito bem sua história".

4.    Quais suas principais realizações ao longo da carreira?
Para responder a perguntas como essa, é preciso fazer uma avaliação profunda sobre sua evolução na carreira antes da entrevista. Afinal, segundo os especialistas, esse tipo de tópico demanda informações precisas sobre os fatos que tornaram seu passado profissional memorável. "Se eu não tiver resultados que suportem e comprovem meus pontos fortes, não irá adiantar nada", afirma Irene.

5.    Quais seus principais fracassos?
Aqui a proposta do recrutador é entender como você reage diante de situações difíceis. Por isso, não tenha medo de relatar os problemas que você já enfrentou em outros empregos. Foque, contudo, na maneira como conseguiu driblar as dificuldades e nas lições que tirou de cada situação. A, idéia, segundo os especialistas é tentar mostrar que os fracassos, no fim, contribuíram pra seu amadurecimento na carreira.

6.    Quais seus pontos fortes?
Elencar as próprias qualidades nem sempre é uma tarefa fácil. No entanto, saber falar sobre isso de uma maneira elegante é essencial durante uma entrevista de emprego. Lembre-se que este é o momento para mostrar ao recrutador que você tem as características necessárias para o cargo em questão. Contudo, cuidado para não cair no narcisismo vazio. "Ele precisa mostrar exemplos práticos dessas qualidades", afirma Priscila.

7.   Que pontos em seu comportamento ainda precisam ser desenvolvidos?
Para responder a tradicional pergunta sobre defeitos, boa parte dos candidatos recorrem ao macete clássico de se definir como um profissional perfeccionista. "Todo mundo quer transformar uma qualidade excessiva num defeito", afirma Priscila.

Segundo ela, diante desse clichê, os recrutadores logo ficam com um pé atrás. Agora, se você realmente é perfeccionista, a dica é dar um exemplo prático que prove essa característica. E, para mostrar que está sendo sincero, conte sobre outro defeito. Mas, cuidado para não dar um tiro no pé. "Escolha uma questão que não atrapalhe muito sua eficiência no trabalho e contextualize", diz Priscila.

8.    Quais são suas motivações?
O objetivo do recrutador com esta questão é avaliar se o perfil do profissional é coerente com a estrutura da empresa. "Todo mundo precisa ser motivado para continuar a produzir bem", diz Priscila. E ninguém quer contratar um profissional que, em poucos meses, perca o contentamento em trabalhar. Por isso, para seu próprio bem, não tente dissimular uma resposta padrão. Seja sincero consigo mesmo e mostre qual a empresa ideal para seu perfil.

9.    Consegue trabalhar sob pressão?
Saber lidar com a pressão no mercado de trabalho é uma postura que exige tempo e aprendizado. Por isso, mostre para o recrutador exemplos práticos que comprovem que você consegue se dar bem em situações como essas. "Não responda apenas sim ou não. Sempre traga uma experiência que esclareça o que você quer contar", diz Priscila.

10.    Conte sobre sua família? O que faz nas horas vagas?
Os recrutadores hoje já entendem que vida profissional e pessoal estão, sim, ligadas. Por isso, com essa pergunta, a proposta é entender como a rotina pessoal influencia a dinâmica durante o horário do expediente. "Conforme a pessoa fala, queremos identificar quais os valores que ela tem",  explica Priscila. Segundo ela, o ponto não é tentar ser perfeito, mas mostrar como você administra os principais conflitos da vida.

11.    Qual sua pretensão salarial?
A dica de Irene para esse momento da entrevista é tentar adiar ao máximo sua resposta. "Explique que o valor da sua remuneração só pode ser definido quando você entender todos os desafios do cargo", explica. Se a justificativa não pegar e o recrutador insistir em uma resposta, conte qual era seu último salário.

12.    Quais seus planos para o futuro?
Neste ponto, o recrutador quer identificar se sua estratégia de carreira está alinhada ou não com o ritmo da corporação. Nem sempre, contudo, é fácil ter na ponta da língua projetos para um futuro muito longínquo. Se esse for seu caso, não se desespere. Seja sincero e mostre consistência nos planos para médio e curto prazo.

13.    Por que devo contratar você?
Essa pergunta requer extrema coerência do candidato com todas as informações que passou para o recrutador durante o processo de seleção. É, neste ponto, que ganha relevância, o profissional que souber fazer o melhor marketing pessoal. "O perfil pessoal acaba determinando muito, o brilho no olho, a vontade de ainda querer fazer", diz Baccetti, da 2 GET.

Fonte: EXAME.com

COMO REALMENTE AGREGAR VALOR À LOGÍSTICA ATRAVÉS DO EXERCÍCIO DA LIDERANÇA?

Trabalhar na área de logística não é nada fácil. Afinal, atuar em uma área com tantas interfaces internas e externas, onde quase sempre nos posicionamos como Fornecedores, é natural nos depararmos com diversos desafios diários. Grande parte de nosso tempo é "desperdiçado" apagando incêndios causados por chamas oriundas de nós mesmos, mas também de outras áreas como Vendas, Marketing, Produção, PCP, Compras, Finanças e Recursos Humanos. E quando envolvem os Clientes externos, já não podemos mais classificar de chamas, mas sim de labaredas. Como bombeiros, acabamos "emburrecendo", e deixamos de dedicar parte do nosso precioso tempo na identificação e análise das causas raízes.

Exercer uma atividade de gestão e LIDERANÇA seja em um nível intermediário (líderes operacionais de turnos ou setores, encarregados e supervisores) ou avançado (gerentes e diretores) é ainda mais difícil.

Na logística, a grande maioria das mudanças se processará de baixo para cima (bottom-up), envolvendo o pessoal operacional em armazéns e nos caminhões, em seus diferentes cargos e funções, abrangendo desde auxiliares operacionais, conferentes, operadores de empilhadeiras, separadores, técnicos de tráfego, ajudantes e motoristas. Também passará pela estrutura de apoio à operação, formada pelos auxiliares e analistas de logística. E não funcionará se não tiver o comprometimento total do nível de gestão intermediário, envolvendo os líderes operacionais, encarregados e coordenadores.

A mudança de cima para baixo (top-down) é também bem vinda, mas normalmente, "decretos-lei" em operações logísticas não se mostram muito eficazes. Decisões tomadas sem o envolvimento da base acabam sendo parcialmente implantadas, e impor a mudança pelo temor também não é recomendado.

A combinação entre a mudança do tipo bottom-up e top-down é essencial para agregarmos valor à logística. Mas como buscarmos essa perfeita sincronia e equilíbrio?

A mudança bottom-up é viabilizada através da disponibilização das ferramentas de trabalho para os operadores, que envolvem infra-estrutura e tecnologia. Ganha força com ações voltadas à capacitação técnica, com a homogeneização de diversos conceitos logísticos e com o conhecimento das ferramentas da qualidade total, dentre as quais destacamos o PDCA, 5W2H, Brainstorming, Diagrama de Causa e Efeito de Ishikawa (Espinha de Peixe), Cinco Porquês, Histogramas, Pareto, etc. É mensurada através das métricas ordinárias e metas definidas. E é impulsionada pelo comportamento e atitude das LIDERANÇAS, principalmente pelos líderes de turno ou setor, encarregados e supervisores. Dentre os cinco aspectos necessários para a mudança, a questão fundamental gira em torno da capacidade de os líderes operacionais exercerem o papel de mudança de forma positiva, equânime e transformadora. Estarão eles capacitados para essa difícil e arriscada missão?

A mudança top-down processa-se através da comunicação da estratégia, missão, visão, valores e políticas de gestão, do topo (diretores e gerentes) para o nível operacional. O contato diário entre os níveis mais altos e intermediários é fundamental, mas o principal veículo de comunicação do topo para a base são os indicadores de desempenho (KPI - Key Performance Indicators), que diferentemente das métricas ordinárias monitoradas pelos níveis operacionais, trata de temas mais amplos, estratégicos, de forte impacto para  a empresa e para os Clientes. E para fazer com que esse "efeito cascata" seja realizado, mais uma vez precisaremos de um nível intermediário capacitado a desenvolver e implementar mudanças com um foco voltado à melhoria contínua.

Fazendo uma analogia com as forças militares, ressaltando a importância de cabos e sargentos no contato com as tropas e na comunicação das táticas e estratégias militares oriundas das patentes superiores, na logística, o nível intermediário exerce papel fundamental na obtenção de resultados realmente extraordinários nas operações de transportes e de movimentação e armazenagem de materiais. Sem líderes de turno ou setor, encarregados e supervisores devidamente capacitados, tornar-se-á difícil agregar valor aos Clientes internos e externos através da logística.

Portanto, a adição de valor em logística passa necessariamente pelo LÍDER e pela perfeita interação entre os níveis mais altos e os níveis intermediários de gestão.

Apenas tenha a certeza de que seus LÍDERES estejam devidamente preparados, pois um péssimo LÍDER poderá realizar "estragos" verdadeiramente representativos!

Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda.

6 de outubro de 2011

MORRE STEVE JOBS, VISIONÁRIO E SINÔNIMO DE INOVAÇÃO

“Steve estava entre os maiores inovadores americanos - a coragem de pensar diferente, ousado o suficiente para acreditar que ele poderia mudar o mundo, e talentoso o suficiente para fazê-lo” - Barack Obama

“Ele não só me deu muitos conselhos pessoais e me encorajou, ele mostrou a todos nós como a inovação pode mudar vidas." - Jerry Yang

“Para aqueles de nós que tiveram a sorte de começar a trabalhar com ele, tem sido uma honra insanamente grande”. - Bill Gates

“Steve, obrigado por ser um mentor e um amigo. Obrigado por mostrar que o que você constrói pode mudar o mundo. Vou sentir saudades”. - Mark Zuckerberg



Steve Jobs cofundador da Apple
O mundo perde um de seus maiores talentos em inovação, Steve Jobs faleceu no final da noite desta quarta-feira, 5 de outubro. O cofundador da Apple morreu aos 56 anos de idade, depois de vários anos de uma batalha pública contra um tipo raro de câncer pancreático. Ele teria passado seus últimos momentos tranquilo, ao lado de familiares.


Nascido em 24 de fevereiro de 1955 em São Francisco (EUA) e criado por pais adotivos, Jobs chegou à fama e ao sucesso empresarial em 1984 quando ajudou a criar e lançar o Macintosh. Depois de ter saído da Apple brevemente para tentar a sorte no mercado executivo com a NeXT, Jobs voltou à empresa e ajudou a salvá-la da falência ao introduzir um novo plano para o mercado digital, mirando a distribuição de música legal na internet e a popularização de aparelhos como o iPod, o iPhone e mais recentemente o iPad.


O executivo deixou o cargo de CEO da Apple em agosto, passando o poder para as mãos de Tim Cook. O executivo e outros funcionários da Apple foram responsáveis por apresentar um novo modelo do iPhone, o 4S, na última terça-feira, desanimado o mercado com uma versão com menos novidades do smartphone. A morte de Jobs foi confirmada em um comunicado divulgado pela Apple.


Em sua vida pública, Steve foi conhecido como um visionário; em sua vida privada, ele cultivou sua família.


LINHA DO TEMPO: A VIDA DE STEVE JOBS

24 de fevereiro de 1955 - Nasce em São Francisco, filho dos estudantes Joanne Carole Schieble e Abdulfattah “John” Jandali, imigrante sírio, que o colocam para adoção. O menino é adotado por Clara e Paul Jobs, que o batizam Steven Paul Jobs.

1972 - Jobs conclui os estudos na Homestead High School, em Cupertino, a mesma escola frequentada por Steve Wozniak, seu futuro parceiro. Neste ano, ele entra na faculdade (Reed College, em Portland), mas abandona os estudos depois de seis meses.

1974 - Começa a trabalhar como designer da Atari. Pouco depois, ele viaja à Índia em busca de luz espiritual.

1975 - Jobs e Wozniak entram para o Homebrew Computer Club, um clubinho informal de engenheiros que partilhavam ideias e projetos. Ali, os dois Steves mostram os computadores Apple I e o Apple II.

1976 - Jobs, Wozniak e Ron Wayne fundam a Apple. Wayne, que trabalhava com Jobs na Atari, devolve suas ações (10%) menos de duas semanas depois.

1977 - Wozniak e Jobs lançam o Apple II, um dos primeiros PCs de sucesso no mercado.

1978 - A namorada de Jobs, Chrisann Brennan, dá à luz Lisa Brennan-Jobs. Chrisann cria Lisa praticamente sozinha. Anos mais tarde, Jobs se reconcilia com a filha Lisa.

1980 - Apple abre capital com a ação cotada em US$22 (atualmente, o papel vale US$378.25).

1983 - Apple lança o Lisa, o primeiro computador com uma interface gráfica. O modelo, que custava US$9.995, foi um fracasso comercial.

1984 - Apple anuncia o novo Macintosh. Vendido por US$ 2,5 mil, foi o primeiro PC com interface gráfica e mouse a obter sucesso comercial.

1985 - Depois de uma briga com o John Sculley, então CEO, Jobs deixa a presidência do Conselho. Jobs cria a NeXT Computer Inc., que fabrica
computadores para a área de educação.

1986 - Jobs compra a empresa de computação gráfica de George Lucas, por US$ 10 milhões, e muda seu nome para Pixar.

1991 - Casa-se com Laurene Powell. Seu primeiro filho, Reed, nasce em setembro daquele ano, seguido das filhas Erin (1995) e Eve (1998).

1993 - NeXT decide parar de fabricar os computadores e demite mais da metade dos 540 empregados.

1995 - Pixar lança seu primeiro longa-metragem, “Toy Story,” que arrecada mais de US$ 360 milhões.

1996 - Apple anuncia que vai comprar a NeXT por US$400 milhões e recontrata Jobs como consultor para ajudar a companhia a turbinar as vendas do Macintosh.

1997 - Jobs se torna CEO interino da Apple enquanto a companhia procura um substituto para o ex-CEO, Gilbert Amelio. Durante a Macworld, ele anuncia que sua arquirrival Microsoft investirá US$150 milhões na Apple. Em um inesperado movimento, Jobs e Larry Ellison, presidente da Oracle, são nomeados conselheiros.

1998 - Apple lança o iMac, por US$1,3 mil. Começa aí a era dos produtos precedidos do “i” – como o iBook, que surgiu um ano depois. Neste ano, a empresa volta a ter lucro depois de alguns trimestres no vermelho.

2000 - Depois de dois anos e meio como CEO interino, ele assume oficialmente o cargo. E lança o sistema operacional Mac OS X.


2001 - A Apple abre as três primeiras lojas de varejo para atrair novos clientes nos Estados Unidos. Nos próximos anos, serão mais de 300 lojas espalhadas pelo mundo. O iPod, seu primeiro tocador de música digital, é lançado. O primeiro modelo armazena até mil músicas em MP3 e tem preço sugerido de US$ 399.


2003 - Após o iPod, a Apple revela a iTunes Music Store, que oferece mais de 200 mil músicas digitais das cinco maiores gravadoras do mundo por US$ 0,99. Em outubro, Jobs é diagnosticado com um raro câncer no pâncreas. A Apple decide não revelar a informação a investidores após consultar seu departamento jurídico.


2004 - Aos 49 anos, Jobs revela seu câncer pela primeira vez, afirmando que teve sucesso em uma cirurgia para remover o tumor e não precisaria de quimioterapia ou radiação. Na sua ausência, o COO Tim Cook comanda a Apple.


2005 - No conhecido discurso que deu a formandos em Stanford, Jobs revela que seu câncer havia sido diagnosticado um ano antes e que, na ocasião, os médicos lhe deram apenas seis meses de vida.


2006 - A Walt Disney paga US$ 8,6 bilhões pela Pixar, o que o torna membro do conselho e o maior acionista individual da gigante do entretenimento.


2007 - No começo do ano, Jobs apresenta ao mundo o iPhone. As ações da empresa fecham em um ápice histórico com o otimismo pelas vendas do celular contra aparelhos rivais da Palm e Research in Motion.


2008 - Ao revelar o iPhone 3G durante uma conferência para desenvolvedores, Jobs aparece mais magro e frágil. A companhia culpa uma disfunção hormonal. Em julho, a Apple responde às questões de acionistas afirmando que não tem planos de sucessão e que sua saúde é uma questão pessoal. A queda das ações no dia seguinte chega a 12%.

2009 - Jobs diz que tem um desequilíbrio hormonal que causa sua perda de peso. “O tratamento para esse problema nutricional é relativamente simples”, disse por meio de um comunicado. Uma semana depois, se afasta do dia-a-dia da empresa e nomeia Tim Cook como o líder da Apple pelos seis meses seguintes. Explica que os problemas de saúde são mais complexos do que imaginava. Em junho, ele faz um bem-sucedido transplante de fígado e volta ao trabalho.



2010 - Ele apresenta o iPad. A Apple vende 7,3 milhões de tablets no primeiro trimestre.

2011- Jobs inicia uma nova licença médica e envia o seguinte e-mail aos empregados; “eu amo muito a Apple e espero estar de volta assim que possível”. Cook novamente assume o dia-a-dia. Em março, ele reaparece em público para lançar a nova versão do iPad. Em agosto, renuncia à presidência da Apple e assume como presidente conselho.

5 de outubro de 2011- Steve Jobs morre numa quarta-feira, ao lado de sua família.


As informações para a elaboração desta linha do tempo são da agência Bloomberg.


Fonte:
Época NEGÓCIOS Online
Estadão.com.br

2 de outubro de 2011

O CONHECIMENTO DE TRANSPORTE E A NOTA FISCAL NA GESTÃO DO TRANSPORTE DE CARGAS

Conhecimento de Transporte: Documento emitido pelo transportador, que confirma as mercadorias a transportar e constitui o contrato entre o embarcador e transportador, para os diversos transportes, a saber: aéreo; ferroviário; marítimo e rodoviário.

O conhecimento de transporte deverá ser emitido em quatro vias, que terão a seguinte destinação: 

Ø      1ª via será entregue ao tomador do serviço;
Ø      2ª via acompanhará a carga até o destino, podendo servir  comprovante  entrega;
Ø      3ª via terá o destino previsto na legislação do Estado do emitente;
Ø      4ª via ficará fixa ao bloco para exibição ao fisco.
Ø      Tanto o canhoto da Nota Fiscal, quanto a 2ª via do conhecimento de transporte, são documentos isoladamente hábeis a comprovar que a mercadoria coletada do expedidor foi regularmente entregue a seu destinatário, desde que estejam assinadas e datadas pelo seu preposto.

Nota Fiscal: É o documento  que comprova a existência de um ato comercial (compra e venda de mercadorias ou prestação de serviços), tem a necessidade maior de atender às exigências do fisco, quanto ao trânsito das mercadorias e das operações realizadas entre adquirentes e fornecedores.

Tipos de Notas Fiscais:

Mod. 1  - Nota Fiscal de entrada e saída de mercadorias;
Mod. 2  - Nota Fiscal de venda a consumidor (pode ser substituída pelo “cupom fiscal” ).

Requisitos:

Ø      Denominação “Nota Fiscal”;
Ø      Número de ordem, série/ sub-série  e o número da via;
Ø      Natureza da operação (venda, devolução, remessa para demonstração);
Ø      Data de emissão;
Ø      Nome do titular (pessoa física, pessoa jurídica), endereço, inscrição estadual e CNPJ;
Ø      Nome do destinatário (adquirente de produtos e serviços, endereço , inscrição estadual e CNPJ);
Ø      Data de saída das mercadorias;
Ø      Discriminação das mercadorias (quantidade, marca, tipo, modelo, espécie e discriminação possível de produtos);
Ø      Classificação fiscal dos produtos, no caso de produtos industrializados;
Ø      Base de cálculo do ICMS;
Ø      Nome do transportador endereço e placa do veículo;
Ø      Forma de acondicionamento dos produtos (quantidade espécie e peso, etc.);
Ø      Nome, endereço, inscrição estadual, CNPJ do impressor de notas, data, quantidade da impressão, números de ordem, com respectiva série/ sub-série, bem como número da autorização para impressão de documentos fiscais.


Nota fiscal eletrônica: A nota fiscal eletrônica (NF-e) é um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e recepção, pelo fisco, antes da ocorrência do fato gerador.


Responsabilidades/Obrigações do Contribuinte Emissor


Ø     Estar devidamente credenciado junto à Secretaria de Fazenda (SEFAZ) da circunscrição do estabelecimento sujeito a obrigatoriedade de emissão dentro do prazo previsto.
Ø      Utilizar somente certificado digital no padrão ICP-Brasil para assinatura das Notas Fiscais Eletrônicas.
Ø      Armazenar os documentos eletrônicos (XML da NF-e) autorizados pela SEFAZ em repositório seguro para exibição ao fisco quando necessário. O armazenamento deve ser feito durante o prazo decadencial exigido pela legislação.
Ø      Zelar pela consistência dos dados tributários a serem transmitidos à SEFAZ, uma vez que o preenchimento da NF-e é de exclusiva responsabilidade do emitente.
Ø     O arquivo eletrônico gerado da NF-e (XML), após ter tido sua autorização concedida pela SEFAZ, deve ser enviado ao cliente da empresa emissora (ou destinatário da NF-e) uma vez que é o documento que contém a validade jurídica da transação comercial realizada entre o emissor e o destinatário.
Ø      Após autorização da NF-e pela SEFAZ, deve-se imprimir a DANFE (representação gráfica da NF-e) para que a mesma seja enviada em conjunto com a mercadoria vendida. A DANFE não é uma nota fiscal, nem substitui uma nota fiscal, servindo apenas como instrumento auxiliar para consulta da NF-e, pois contém a chave de acesso da mesma, o que permite ao detentor desse documento confirmar a efetiva existência/status da NF-e.

Bibliografia

Gestão Logística do Transporte de Cargas – Ed.Atlas – Autores: José Vicente Caixeta-Filho e Ricardo Silveira Martins.

Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição – Ed.Campus – Autor: Antonio Galvão Novaes.


Prof. Geraldo Cesar Meneghello

O FRETE NA GESTÃO DO TRANSPORTE DE CARGAS

Frete é o valor cobrado pelo transporte de mercadorias de um local para outro, entre os diversos modais logísticos. É o rendimento resultante da movimentação de cargas. Os fatores que influenciam o estabelecimento do preço do frete:

Ø      Distância percorrida;
Ø      Custos operacionais;
Ø      Possibilidade de carga de retorno;
Ø      Carga e descarga
Ø      Sazonalidade da demanda por transporte;
Ø      Especificidade da carga transportada e do veículo utilizado;
Ø      Perdas e avarias;
Ø      Vias utilizadas;
Ø      Pedágios e fiscalização
Ø      Prazo de entrega;
Ø      Aspectos geográficos.

Distância percorrida: Na estrutura de frete a distância é o principal fator de determinação de valores, independente do modal utilizado.

Custos operacionais: Os custos operacionais podem influenciar o preço do frete praticado em diferentes rotas de maneira distinta. Ocorre, porém, que as diferenças regionais entre a demanda e a oferta de serviços de transporte podem impedir que o impacto da elevação de custos operacionais sobre os valores dos fretes seja direto e homogêneo em todas as regiões. Assim, a evolução dos preços dos componentes de uma planilha de custos de transportes pode pressionar, de maneira distinta, reajustes nos preços praticados de frete.

Possibilidade de carga de retorno: O transporte de cargas com destino aos portos e às regiões mais desenvolvidas, como os Estados do Sudeste e Sul do Brasil, podem representar fretes menores devido a possibilidade do transporte de carga de retorno para suas zonas de origem.

Carga e descarga: Os transportadores tendem a aceitar fretes mais baixos quanto menor for o tempo de espera.

Sazonalidade da demanda por transporte: A sazonalidade da demanda por transporte está intimamente relacionada à incapacidade de armazenamento da produção nas unidades produtoras. Essa sazonalidade é decorrente dos períodos de safra e entressafra, principalmente para produtos como açúcar, soja e milho em grãos.

Especificidade da carga transportada e do veículo utilizado: Para alguns tipos de carga a transportadora poderá praticar preços distintos e de condições especiais para o transporte de mercadorias, como, por exemplo, o estabelecimento de condições para o transporte em comboio para o transporte de carga com maior valor de mercado, em virtude da possibilidade de roubos e assaltos.

Perdas e avarias: Estimativas do Banco Mundial indicam que são perdidos US$ 500 bilhões com acidentes rodoviários no mundo. Os paises em desenvolvimento são responsáveis por uma perda de US$ 100 bilhões. No Brasil, em 1994, de acordo com o DNER, as perdas econômicas decorrentes de acidentes rodoviários, ano em que foram registrados 77.986 acidentes, foram estimadas em mais de US$ 1 bilhão.

Vias utilizadas: As condições das vias utilizadas podem influenciar o preço do frete. A má conservação das vias pode elevar os custos de manutenção dos veículos, tornando a atividade de transporte mais lenta, além de causar maior exposição a acidentes.

Pedágios e fiscalização: A elevação do número de praças de pedágio e postos de fiscalização, frutos da reestruturação rodoviária promovida pelo Estado, principalmente a partir de 1994, são motivos de reclamações por parte dos motoristas e caminhoneiros.

Prazo de entrega: O transporte eficiente deve ser capaz de respeitar prazos de entrega, com o objetivo de reduzir custos logísticos. Produtos que são entregues antes ou após a data programada podem implicar elevação dos custos, por causa da necessidade de armazenamento e da redefinição da programação de produção das empresas

Aspectos geográficos: As características dos trechos percorridos podem influenciar os valores dos fretes, de forma que trechos muito movimentados apresentem valores inferiores àqueles pouco utilizados. A densidade populacional pode influenciar a distribuição e o destino dos produtos.

Custo do Frete

Custo fixo:

Ø      Custo de depreciação do veículo;
Ø      Custo de oportunidade;
Ø      Seguro Obrigatório (DEPEVAT);
Ø      IPVA;
Ø      Taxa de licenciamento;
Ø      Seguro;
Ø      Salário dos motoristas + encargos sociais;
Ø      Custos diversos.

Custo variável:

Ø      Combustível;
Ø      Lavagem e lubrificação;
Ø      Pneus;
Ø      Índice de manutenção (calculado sobre o valor do veículo);
Ø      Óleo do motor, câmbio e diferencial.

Exemplo: como compor o custo do frete
Composição do custo para formação do preço do frete:
Ø      Custo Fixo (CF) + Custo Variável = Custo Total (CT)
Ø      CT + Margem de Lucro (L) = Preço do Frete (P)

Frete CIF (Cost, Insurance and Freight – Custo, Seguro e Frete): é a denominação de frete cuja a qual o remetente é o responsável pelo pagamento do frete de um produto. Ou seja, quando o frete for CIF, a loja paga o frete.

Frete FOB (Free on Board – Livre a Bordo): esta modalidade de frete se caracteriza por ser realizado por conta e risco do comprador da mercadoria. Ou seja, quando o frete for FOB, o cliente paga o frete.

Bibliografia

Gestão Logística do Transporte de Cargas – Ed.Atlas – Autores: José Vicente Caixeta-Filho e Ricardo Silveira Martins.

 Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição – Ed.Campus – Autor: Antonio Galvão Novaes.

Gestão de Custos Logísticos – Ed. Atlas – Autores: Ana Cristina de Faria e Maria de Fátima Gameiro da Costa.

Prof. Geraldo Cesar Meneghello