5 de janeiro de 2014

A CADEIA DE SUPRIMENTOS É MAIOR QUE A LOGÍSTICA

Ainda é comum ver confusão entre Gestão da Cadeia de Suprimentos (GCS) e Logística. Já ouvi uma pessoa dizer que acha que GCS é somente um nome mais bonito e moderno (algo como chamar um faxineiro de consultor em higiene – sem querer desmerecer o duro trabalho dos faxineiros).

O fato é que a GCS envolve um escopo muito maior do que a Logística. Tradicionalmente, a Logística trata da movimentação e armazenagem de produtos. Isto é somente um pedaço do que engloba a Gestão da Cadeia de Suprimentos.

Podemos separar as atividades da GCS em quatro categorias: Planejamento, Compras, Produção e Entrega. Isso não quer dizer que a GCS substitui outros setores da empresa, e sim que se integra com estas áreas para obter mais eficiência nas operações da organização.

Planejamento
Ø   Previsão de demanda: criar previsões realistas de quanto produto será necessário e aonde.
Ø      Precificação: participar do processo de valoração do produto.
Ø    Gestão de Inventário: determinar a quantidade de material que será armazenada, e seu fluxo, para atingir as metas planejadas.

Compras
Ø    Seleção de fornecedores: avaliar os possíveis fornecedores não só pelo melhor preço, mas também pela garantia de um fluxo correto de materiais.
Ø      Contas a pagar: integrar o fluxo de materiais, cada vez mais complexo, com as atividades de contas a pagar.

Produção
Ø      Desenvolvimento de produtos: participar desde a fase de idealização do produto, com o objetivo de influenciar um desenvolvimento compatível com uma otimização dos custos logísticos.
Ø      Cronograma de produção: influenciar ou até definir o cronograma de produção (em função da demanda) para redução de custos da operação.
Ø      Gestão de Instalações: apoiar na gestão de equipamentos, suprimentos e consumíveis.

Entrega
Ø   Gestão de Transportes: coordenar a movimentação de materiais pelos diversos meios disponíveis.
Ø     Gestão de Pedidos e Entregas: coordenar junto às áreas administrativas os pedidos dos clientes, para melhorar tempos de entrega mantendo os custos operacionais sob controle.

Esta lista não é necessariamente completa. Por exemplo, a GCS está cada vez mais integrada com a Tecnologia da Informação, mas isto ocorre em todas as categorias. Além disso, cada organização pode aplicar o conceito de integração a mais ou menos áreas.

Como podem ver, o conceito de GCS é muito mais amplo. A Logística “antiga” era algo separado das outras áreas, enquanto a GCS é integrada. Antes a influência do profissional de logística era limitada à movimentação de materiais, enquanto agora deve participar de todo o ciclo de vida do produto.

Claro que dizer “Logística” ou “Gestão da Cadeia de Suprimentos” é somente terminologia, já que uma empresa pode ter uma logística integrada, mas é importante conhecer as diferenças entre os conceitos e avaliar se sua empresa tem uma operação moderna e participativa.

Por Luiz de Paiva

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