9 de agosto de 2011

ROTEIRIZAÇÃO DE VEÍCULOS

Um problema real de roteirização é definido por três fatores fundamentais:
 Decisões – Dizem respeito a alocação de um grupo de clientes, que devem ser visitados, a um conjunto de veículos e respectivos motoristas, envolvendo também a programação e o sequenciamento das visitas.
 Objetivos principais – O processo de roteirização visa propiciar um serviço de alto nível aos clientes, mas ao mesmo tempo mantendo os custos operacionais e de capital tão baixo quanto possível.
 Restrições – Em primeiro lugar, deve completar as rotas com os recursos disponíveis, mas cumprindo totalmente os compromissos assumidos com os clientes. Em segundo lugar, deve respeitar os limites de tempo imposto pela jornada de trabalho dos motoristas e ajudantes.
Finalmente, devem ser respeitadas as restrições de trânsito, no que se refere às velocidades máximas, horários de carga e descarga, tamanho máximo dos veículos nas vias públicas etc.
Na prática, problemas de roteirização ocorrem com bastante freqüência na distribuição de produtos e de serviços.
Alguns exemplos são listados a seguir:
Ø      entrega, em domicílio, de produtos comprados nas lojas de varejo ou pela internet;
Ø      distribuição de produtos dos CDs para lojas e varejo;
Ø      distribuição de bebidas em bares e restaurantes;
Ø      distribuição de dinheiro para caixas eletrônicos de bancos;
Ø      distribuição de combustíveis para postos de gasolina;
Ø      distribuição de artigos de toalete (toalhas, roupa de cama etc.) para hotéis, restaurantes e hospitais;
Ø      coleta de lixo urbano;
Ø      entrega domiciliar de correspondências etc.
Roteirização sem Restrições – Quando a separação dos clientes, pelos diversos roteiros, já foi realizada previamente, a questão de restrição de tempo e de capacidade está resolvida. Nesses casos, o problema que resta a ser resolvido é o de encontrar a seqüência de visitas que torne mínimo o percurso dentro do bolsão.
Exemplo:
Bolsão de Distribuição
Num caso simples, como o apresentado na figura, em que há poucos clientes a serem visitados no roteiro, o problema pode ser resolvido facilmente por inspeção. Quando o número de clientes aumenta ou quando a distribuição dos pontos de visita assume esquemas mais complexos, a resolução do problema passa a exigir métodos mais sofisticados, tratados no computador (software específico).
 PVC – Problema do Caixeiro Viajante: Analogia ao caixeiro-viajante que tem que visitar um determinado número de cidades localizadas numa região, devendo achar a seqüência que minimize o percurso total.
 De modo geral os métodos de roteirização podem ser agrupados em duas categorias:
Ø      Método de construção do roteiro;
Ø      Método de melhoria do roteiro.
Métodos de construção do roteiro – A sistemática mais simples é ir ligando cada ponto ao seu vizinho mais próximo. Elege-se um deles como ponto inicial e se procura, dentre os demais pontos, aquele que estiver mais perto do primeiro. Toma-se o segundo ponto e faz-se o mesmo procedimento, tomando o cuidado de excluir todos aqueles que já fazem parte do roteiro. Esse método não é dos mais eficazes, mas é mais rápido e fornece uma solução, que pode ser adotada como configuração inicial para aplicação dos métodos de melhoria.
 Selecionando um software de roteirização – Para escolher um software adequado às condições reais da empresa, o ideal é definir uma ou mais situações para testar os sistemas disponíveis no mercado.
Muitas vezes, a empresa constata a inadequação do software após tê-lo adquirido, com prejuízos apreciáveis.
 Sugestões para ajudar no processo de seleção do software para roteirização:
 Praticamente todos os softwares de roteirização não são sistemas que podem ser instalados pelo usuário e utilizados imediatamente, sem apoio técnico. Normalmente requerem a participação de consultores, com o objetivo de adaptar o mesmo as necessidades da empresa e treinar o pessoal que irá utilizá-lo.
 Alguns softwares exigem simplificações para resolver certos tipos de problema e, em alguns casos, essas situações não ficam muito claras na hora da aquisição. A pergunta que se deve fazer, nesses casos, é qual o efeito que tais simplificações podem ter na precisão final dos resultados.
 Como todos os roteirizadores operam sobre uma representação digital da rede viária (ruas, no ambiente urbano e rodovias, nas ligações interurbanas) a base de dados deverá ser confiável e estar atualizada.
Em algumas aplicações, os clientes não são fixos, mas variam diariamente. Exemplo: Lojas de departamentos que fazem a entrega a seus clientes e vendas pela internet.
Bibliografia
Gestão Logística do Transporte de Cargas – Ed.Atlas – Autores: José Vicente Caixeta-Filho e Ricardo Silveira Martins;
 Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição – Ed.Campus – Autor: Antonio Galvão Novaes;
 Gestão de Custos Logísticos – Ed. Atlas – Autores: Ana Cristina de Faria e Maria de Fátima Gameiro da Costa.

Prof. Geraldo Cesar Meneghello



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