As mudanças estruturais que
a empresa adotou para implantar esse modelo, que foi responsável por melhorias
no seu desempenho.
Linha de produção da Natura em Cajamar |
De cultura centralizadora
para uma visão sistêmica de gestão por processos. Essa foi a transformação
necessária para que a Natura continuasse crescendo financeira e regionalmente.
Com uma estrutura muito concentrada em São Paulo, a Natura precisou se
reestruturar para expandir os negócios para outras regiões do Brasil e até
outros países.
Foi em 2007 que a empresa
percebeu a importância de mudar sua gestão e cultura. No ano seguinte,
implantou as unidades regionais do Norte e Nordeste, para começar a atender às
suas demandas específicas. Na “gestão por processo”, a Natura passou a
trabalhar também com unidades de negócios, distribuindo poder e autoridade para
as pontas da cadeia de produção. Antes, os diretores de unidades não tinham responsabilidade
sobre o rendimento. Quando um produto novo esgotava por excesso de demanda,
eles encaravam como sucesso. Hoje, eles precisam planejar melhor suas ações,
pois são responsáveis pela lucratividade desse produto e não podem deixar que
ele fique em falta.
Depois da mudança, o
planejamento estratégico da Natura é desdobrado por processos – cujo resultado
tem sempre um acompanhamento - e não mais por diretoria ou área
específica. Esse sistema tem rendido
bons frutos.
Estrutura
Com uma organização mais
complexa, a Natura usou a gestão por processo para tornar a administração mais
leve, criando uma estrutura que envolve todos os integrantes da companhia. No
primeiro nível estão os patrocinadores, que são presidência, vice-presidência e
conselho. Sem o apoio deles, a mudança da cultura da empresa não ocorre.
Além do “patrocínio” da
diretoria, a Natura também separou um “comitê de processos”, responsável por
discutir as evoluções do novo modelo e como podem guiar essa implantação da
melhor forma possível. Na empresa, esse grupo se reúne todo mês e é composto
por dois vice-presidentes, representantes das operações internacionais e dois
conselheiros de implementação.
No próximo nível estão os “donos de
processos”, que têm responsabilidade e autoridade sobre seus processos. Em uma
escala centralizada, eles fazem papel dos diretores, que têm a função de
garantir a execução, o alcance e a superação dos resultados dos processos. Na
Natura, suas reuniões são trimestrais.
Os “guardiões de processos”,
por sua vez, trabalham em uma rede ainda mais intrínseca. Sua função é similar à de gerente e
coordenador, sendo responsável pelo cumprimento dos processos pelos
colaboradores e por reportar esses resultados aos “donos de processos”. Os
“colaboradores” fecham o ciclo e, para atender às demandas de resultados, precisam
estar envolvidos e conscientes da cultura e de suas responsabilidades na
empresa.
Fonte:
EXAME.com
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