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19 de junho de 2012

RFID – IDENTIFICAÇÃO POR RÁDIO FREQUÊNCIA


A RFID é uma tecnologia de identificação que utiliza a radiofreqüência e não a luz, como no caso do sistema de código de barras, para capturar dados. A tecnologia surgiu inicialmente na década de 1980 como uma solução para os sistemas de rastreamento e controles de acesso.

Modelo de Microship RFID
Em 1999, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) juntamente com outros centros de pesquisa partiram para o estudo de uma arquitetura que utilizasse os recursos das tecnologias baseadas em radiofreqüência para servir como modelo de referência para o desenvolvimento de novas aplicações de rastreamento e localização de produtos. Desse estudo nasceu o Código Eletrônico de Produtos - EPC (Electronic Product Code). O EPC definiu uma arquitetura de identificação de produtos que utilizava os recursos proporcionados pelos sinais de radiofreqüência e que foi chamada posteriormente de RFID (Radio Frequency Identification) ou Identificação por Radiofreqüência.

Aplicações

Com um tempo de resposta muito baixo (menor que 100 ms), o RFID apresenta-se como uma solução para processos produtivos onde se deseja capturar as informações sobre produtos mesmo estes estando em movimento. Outro diferencial dos sistemas baseados em RFID é o fato desse padrão permitir a codificação em ambientes insalubres e ainda em produtos onde o uso de código de barras não é eficiente.

Trata-se de uma tecnologia que vem sendo aplicada em etiquetas eletrônicas, usada para facilitar o controle do fluxo de produtos por toda a cadeia de suprimentos de uma empresa, ou seja, um produto pode ser rastreado desde a sua fabricação até o ponto final de distribuição.

Como funciona

As etiquetas eletrônicas colocadas nos produtos são dotadas de um microchip, que pode ser rastreado por ondas de radiofreqüência e uma resistência de metal (ou carbono) é utilizada como antena. Para transmissão de dados, as etiquetas respondem a sinais de rádio de um transmissor, enviando de volta informações quanto a sua localização e identificação.

Comunicação com dispositivo RFID


Há modelos de etiquetas capazes de armazenar dados enviados por transmissores (Smart Labels) - Etiquetas Inteligentes. Nestas etiquetas o microchip envia sinais para antenas que capturam os dados e que os retransmitem para leitoras especiais, passando em seguida por uma filtragem de informações e, em seguida, se comunica com os diferentes sistemas da empresa, tais como de gestão empresarial, de relacionamento com clientes e de cadeia de suprimentos.
Processamento RFID

Esse sistema possibilita saber, em tempo real, onde estão estoques e mercadorias, informações de preço, prazo de validade, número do lote, entre outras, além de permitir uma relação mais estreita entre a linha de produção e os sistemas de informação da empresa. Para maior segurança, essas informações armazenadas podem ainda ser criptografadas e atualizadas remotamente.

Componentes RFID

Os sistemas RFID consistem basicamente de três componentes: Antena, Transceiver (com decodificador) e Transponder (normalmente chamado de RF Tag ou simplesmente Tag), composto pela antena e pelo microchip.

Antena

A antena, através de um sinal de rádio, é o meio que ativa o Tag para trocar/enviar informações (processo de leitura ou escrita). As antenas são fabricadas em diversos formatos e tamanhos com configurações e características distintas, cada uma para um tipo de aplicação. Existem soluções onde a antena, o transceiver e o decodificador estão no mesmo invólucro, recebendo o nome de "leitor".

Transceiver e Leitor

O leitor, através do transceiver, emite freqüências de rádio que são dispersas em diversos sentidos no espaço desde alguns centímetros até alguns metros, dependendo da potência de saída e da freqüência de rádio utilizada.

Não difere muito de um leitor de código de barras em termos de função e de conexão ao restante do sistema. Entretanto, o leitor opera pela emissão de um campo eletromagnético (radiofreqüência), que é a fonte que alimenta o Transponder, que por sua vez, responde ao leitor com o conteúdo de sua memória. Ao contrário de um leitor laser, por exemplo, para código de barras, o leitor não precisa de campo visual para realizar a leitura do Tag, podendo ler através de diversos materiais como plásticos, madeira, vidro, papel, cimento, etc.

Quando o Tag passa pela área de cobertura da antena, o campo magnético é detectado pelo leitor. O leitor então decodifica os dados que estão codificados no Tag, passando-os para um computador realizar o processamento. Este tipo de configuração é utilizado, por exemplo, em aplicações portáteis.

Transponder

Os Transponders (ou RF Tag) estão disponíveis em diversos formatos (pastilhas, argolas, cartões, etc), tamanhos e materiais utilizados para o seu encapsulamento que podem ser o plástico, vidro, epóxi, etc. O tipo de Tag também é definido conforme a aplicação, ambiente de uso e performance.

Existem duas categorias de RF Tag: Ativos e Passivos. Os RF Tag ativos são alimentados por uma bateria interna e tipicamente permitem processos de escrita e leitura. Já os RF Tag passivos operam sem bateria, sendo que sua alimentação é fornecida pelo próprio leitor através das ondas eletromagnéticas. O custo dos RF Tag ativos são maiores que o RF Tag passivos, além de possuírem uma vida útil limitada de no máximo 10 anos (os passivos têm, teoricamente, uma vida útil ilimitada). Os Tags passivos geralmente são do tipo só leitura (read-only), usados para curtas distâncias.

A capacidade de armazenamento também varia conforme o tipo de microchip. Por exemplo, em sistemas passivos, as capacidades podem variar entre 64 bits e 8 kilobits.

Faixas de Freqüência

Os sistemas de RFID também são definidos pela faixa de freqüência que operam:

Sistemas de Baixa Freqüência (30KHz a 500KHz) para curta distância de leitura e de baixo custo operacional. Normalmente utilizados para controles de acesso, rastreabilidade e identificação;

Sistemas de Alta Freqüência (850MHz a 950MHz e 2,4GHz a 2,5GHz) para leitura em médias e longas distâncias e leituras a alta velocidade. Normalmente utilizados para leitura de Tags em veículos e coleta automática de dados.

Vantagens e Desvantagens

Dentre as vantagens do RFID pode-se destacar a capacidade de armazenamento, leitura e envio dos dados para etiquetas ativas, a detecção sem necessidade de visada direta para a leitura dos dados e a durabilidade com possibilidade de reutilização.

Como desvantagens, o custo elevado da tecnologia RFID em relação aos sistemas de código de barras é um dos principais obstáculos para o aumento de sua aplicação comercial. Atualmente, uma etiqueta inteligente custa nos EUA cerca de US$ 0,25 cada, na compra de um milhão de chips. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Automação, esse custo sobe para US$ 0,80 até US$ 1,00 a unidade.

Outras desvantagens referem-se a algumas restrições de uso em materiais metálicos e condutivos e relativos ao alcance de transmissão das antenas. Como a operação é baseada em campos magnéticos, o metal pode interferir negativamente no desempenho. Entretanto, encapsulamentos especiais podem contornar este problema fazendo com que automóveis, vagões de trens e containeres possam ser identificados, resguardadas as limitações com relação às distâncias de leitura.

Nesse caso, o alcance das antenas depende da tecnologia e freqüência usadas, podendo variar de poucos centímetros a alguns metros (cerca de 30 metros), dependendo da existência de barreiras físicas.

Outro detalhe relativo à tecnologia diz respeito a discussões envolvendo a padronização das freqüências utilizadas para que os produtos possam ler lidos por toda a indústria, de maneira uniforme. A privacidade dos consumidores também tem sido questionada por causa da monitoração das etiquetas coladas nos produtos. Para esses casos existem técnicas para que, quando o consumidor sai fisicamente de uma loja, a funcionalidade do RFID seja automaticamente bloqueada.

A tecnologia RFID está sendo cada vez mais utilizada na indústria e no comércio como uma alternativa ao sistema de código de barras. Com ela um produto qualquer pode ser rastreado em sua cadeia produtiva, desde a fabricação até a distribuição, identificando vários fatores como quantidade, localização geográfica, entre outros.

Em um sistema RFID a distância de leitura deve ser otimizada para cada aplicação, pois é um fator importante para o bom funcionamento do mesmo. Depende de diversos fatores tais como tamanho da antena, freqüência de trabalho, potência do leitor, dentre outros.

Fonte: Projeto de Redes

Por José Maurício Santos Pinheiro

15 de junho de 2012

A CONSTRUÇÃO DO FERROANEL SERÁ A SOLUÇÃO PARA O TRANSPORTE FERROVOVIÁRIO DE CARGAS EM SÃO PAULO


Ferroanel - Solução para o transporte ferroviário de cargas.

A construção de um Ferroanel Metropolitano em São Paulo (SP) é uma ideia antiga. Em 2000, a Secretaria de Transportes do estado realizou o primeiro estudo para viabilizar a obra, que naquela ocasião acabou não se concretizando. Em setembro do ano passado, os governos paulista e federal anunciaram um novo acordo e os estudos preliminares do empreendimento foram iniciados novamente. Essa fase deve ser finalizada em julho. O passo seguinte será o início do processo de licitação.

“Faltava vontade política. Dessa vez o projeto só está sendo feito porque os governos se entenderam” diz Vicente Abate, presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária).

O Ferroanel permitirá que os trens de carga atravessem a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) sem interferir no transporte de passageiros, além de agilizar o setor de logística, diminuir o tempo e os custos do transporte e melhorar as condições de tráfego na malha rodoviária, já que o fluxo de caminhões nas estradas e centros urbanos diminuirá.

“O Ferroanel vai desafogar a região metropolitana de São Paulo, fazer a ligação com os portos do Sudeste, além de aumentar a capacidade de produção”, afirma Francisco Ferreira da Silva, representante da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Ele destacou, ainda, que com o Ferroanel os trens da CPTM poderão ser utilizados exclusivamente para passageiros. Atualmente, eles são usados para o transporte de cargas nos horários ociosos.

A obra será implantada em duas etapas: Ferroanel Norte e Ferroanel Sul. O tramo Sul articulará os movimentos das ferrovias que chegam à região metropolitana, permitindo a transposição da cidade tanto para os deslocamentos Leste-Oeste como aqueles que se estabelecem a partir dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e região do Vale do Paraíba, em São Paulo, para os estados da região Sul e vice-versa.

Já o tramo Norte permitirá a movimentação de cargas, principalmente contêineres, da região de Campinas e Grande São Paulo para o Porto de Santos via cremalheira, além da transposição de comboios entre o interior e o Vale do Paraíba.

De acordo com a ANTT, a intenção é implantar o trecho norte do Ferroanel até 2016. O custo da obra deverá ficar entre R$ 2,6 bilhões e R$ 5,2 bilhões.

Fonte: Webtranspo
Por André Dayan
Foto:Divulgação

13 de junho de 2012

O PORTO MIGUEL DE OLIVEIRA DA FORD EXEMPLO DE EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DE LOGÍSTICA


Porto Miguel de Oliveira - Pátio de 119 mil m2

Com o primeiro embarque de 1.750 veículos para o México, a Ford Brasil inaugurou, em 31 de outubro de 2005, o Terminal Portuário Privativo Miguel de Oliveira, no Canal de Cotegipe, ligação entre a Baía de Todos os Santos e a Baía de Aratu, no município de Candeias, Bahia.

O terminal teve um papel importante na logística de escoamento da produção do Complexo Industrial Ford Nordeste, localizado em Camaçari, a 35km, servindo também para importação de veículos da Ford para todo o mercado brasileiro.  Único porto privativo da Ford no mundo confere dinâmica, rapidez, eficiência e qualidade em suas operações, o terminal tem um papel importante na logística da Ford Brasil.

A distância entre a fábrica e o porto facilita a logística do transporte rodoviário e o fato do porto ser unicamente para uso da montadora, viabiliza a operação logística, pois os carros não precisam enfrentar fila para embarque e desembarque, como ocorre em outros portos. Outro facilitador é a agilidade na documentação, o tramite demora só o tempo do despacho, cerca de quatro horas. Fora de Camaçari, o mesmo processo demora até dois dias. 

O terminal portuário possui sistema de rádio-frequência
que permite localizar veículos em segundos.
Construído dentro das novas exigências de segurança internacional, o porto conta com câmeras de TV fixas e móveis, circuito interno de TV, guaritas de vigilância e controle rigoroso dos acessos de visitantes nas áreas alfandegadas. Essas especificações fazem parte dos equipamentos de segurança adotados para atender às exigências do Código Internacional para Proteção de Navios (ISPS Code). O terminal opera também com um sistema de rádio-frequência para localizar qualquer veículo em segundos. 

O porto possui um pátio de 119 mil m2 e capacidade para receber navios de até 200 metros de comprimento. O atracadouro tem 195 metros de comprimento e calado de 12 a 14 metros. A largura do canal é de 26 metros. As operações de embarque e desembarque de veículos são feitas através de 10 baias dotadas de rampas, com a operação simultânea de até dez caminhões-cegonha. 

O Terminal Portuário Miguel de Oliveira também se destaca pelo seu sistema de gestão ambiental. O terminal contratou uma cooperativa de Camaçari para a coleta do material reciclável gerado no local, além de incorporar as escolas das comunidades de Caboto e Madeira, vizinhas ao terminal, ao programa de reciclagem e educação ambiental. As comunidades também são contempladas com palestras sobre alimentação, agroecologia e artesanato. Dentre outras iniciativas, há ainda o programa de monitoramento da biota aquática, com coleta de amostras para acompanhar a qualidade da água e o comportamento da fauna local, protegendo a área do descarte de água de lastro.

Fonte: Plantão News

Prof. Geraldo Cesar Meneghello

12 de junho de 2012

USINA DE ONDAS DO PORTO DO PECÉM NO CEARÁ


Usina do Porto de Pecém no Ceará

A usina de ondas do Porto do Pecém, que transforma os movimentos do oceano em energia, será lançada, oficialmente, durante o evento Rio +20, a ser realizado entre os dias 13 e 22 desse mês. Pioneiro na América Latina, o projeto, inicialmente, irá abastecer o próprio Porto. De autoria do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) - vinculado à UFRJ - e financiado pela Tractebel, contando, ainda, com o apoio do governo do Estado do Ceará, o empreendimento instala, no Brasil, experiências conhecidas em outros países, como Portugal, Holanda, Japão e Reino Unido. 

Como funciona

O funcionamento ocorre em função de grandes 'braços mecânicos' que foram instalados no píer do Porto do Pecém. Na ponta desses mecanismos, em contato com a água do mar, há uma boia circular.

Braços mecânicos que captam os movimentos das ondas
À medida que as ondas vão batendo, a estrutura faz movimentos de subida e descida, o que aciona bombas hidráulicas, que fazem com que a água doce contida em um circuito fechado, no qual não há troca de líquido com o ambiente, circule em um local de alta pressão. Essa água que sofre grande pressão vai para um acumulador, que tem água e ar comprimidos em uma câmara hiperbárica, que é o pulmão do dispositivo.

O Ceará foi escolhido para abrigar o mecanismo principalmente pela constância dos ventos alísios. O movimento desse ar gera ondas regulares no mar cearense. Elas não atingem níveis elevados, como no Havaí, por exemplo, mas são constantes, fator que aumenta a eficiência da usina.

Potencial

O País tem grande potencial para aproveitar as forças do mar e convertê-las em energia elétrica. O litoral brasileiro, de cerca de 8 mil quilômetros de extensão, é capaz de receber usinas de ondas que produziriam algo em torno de 87 gigawatts. Desse total, 20% seriam convertidos em energia elétrica, o que equivaleria a 17% da capacidade total instalada no País. Os impactos ambientais desse tipo de fonte energética são considerados baixos. As vantagens são o fato de uma usina de ondas contar com uma fonte abundante, limpa e renovável de recursos.

Fonte: Diário do Nordeste
Seção: Infraestrutura & Energia

7 de junho de 2012

IMPORTÂNCIA DA ÁREA DE COMPRAS E SUPRIMENTOS

 A gestão de compras e suprimentos é importante, pois quando é eficiente está inter-relacionada à qualidade de produtos, minimização dos custos de produção e maior agilidade nas aquisições, o que se manifesta de maneira positiva nas organizações, além de melhorar sua lucratividade. Assim uma gestão de compras eficiente pode aumentar a produtividade, a qualidade dos produtos e, conseqüentemente, a satisfação dos clientes.

Na área de compras e suprimentos não basta apenas comprar, é preciso comprar bem, procurando obter o maior número de vantagens possível.  A função compras  é considerada de importância estratégica para as organizações.

PALAVRAS-CHAVE para a área de compras e suprimentos é: competitividade, compras, gestão, lucro, produção.

SISTEMAS UTILIZADOS NO SETOR DE COMPRAS

Introdução
Para garantir o gerenciamento da cadeia de suprimentos é preciso que os membros da cadeia trabalhem em conjunto para atingir a mesma meta e coordenar melhor os processos de negocio. As empresas estão recorrendo ao o uso de tecnologias digitais como Internet, Intranet e extranet para capacitar as organizações a desenvolver, montar e gerenciar os produtos durante seu ciclo de vida.

Os Sistemas Integrados  oferecem a empresa uma plataforma de tecnologia de Sistemas de Informação – SI única contendo dados de todos os processos de negócio. Os SI Aumentam a capacidade das empresas em interagir com todos os níveis da cadeia de suprimento ainda mais se usarem os mesmos softwares para integração, pois assim trocarão dados sem intervenção manual.

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DISTRIBUÍDOS - EDI

Conceito:
É um conjunto de padrões de estruturas de dados para uso em comunicações eletrônica entre organizações como empresas e governos. Os dados estruturados, chamados documentos, seguem modelos de documentos de papel trocados entre essas organizações.

Objetivo:
O foco do EDI é a troca de informações comerciais entre duas empresas e entre empresas e governos, como ordens de compra, ordens de serviço e requisição de preços.

Vantagens
Ø      Eficiência em relação a papel
Ø      Comunicação com outras empresas

Desvantagens
Ø      Mudança do processo de negócio
Ø      Interpretação de dados

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING – ERP)

Conceito
São sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema

Objetivo
Os sistemas ERP  são um conjunto de programas (software) de computador para maximizar ganhos produtivos e financeiros, minimizando retrabalhos e custos. São também conhecidos como PGI (Programas de Gestão Integrada) que fornecem aos gestores e executivos informações precisas para tomada de decisão melhorando os negócios da empresa.

Vantagens
Ø      Eliminação de onerosos e inflexíveis sistemas legados;
Ø      Facilitação na adoção de processos de trabalho mais eficientes;
Ø      Melhoria do acesso aos dados para tomada de decisão operacional;
Ø      Redução de atividades que não agregam valor à empresa;
Ø      Eliminação de operações manuais;
Ø      Oportunidade para atualizar a infra-estrutura tecnológica. 

Desvantagens
Ø      Implementação que demanda muito tempo, é difícil e bastante cara;
Ø      Dependência de um único fornecedor;
Ø      Excesso de controles;
Ø      Não atendimento as necessidades específicas dos negócios e visão superficial dos processos.

COMÉRCIO ELETRÔNICO DE EMPRESA PARA EMPRESA (BUSINESS TO BUSINESS - B2B)

Atualmente a maioria das grandes empresas está transferindo as suas compras para a Web.
O B2B utiliza diferentes tecnologias da informação, a maioria das quais pode ser implementada na Internet ou em um sistema próprio de comunicação.

Conceito:
São portais em que se promovem as relações entre empresas (B2B) ou entre uma dada empresa e as empresas com quem ela pretendem manter relações. São, portanto, redes que unem a empresa e os seus parceiros de negócio, com o objectivo de promover a colaboração e a partilha de informação.

Vantagens
Ø      Redução de custos na realização de pedidos e no preço de matéria-prima
Ø      Maior agilidade nos procedimentos de escolha de fornecedores ou compradores
Ø      Maior controle dos processos licitatórios
Ø      Diminuição de erros nesses processos

Desvantagens
Ø      Dificuldade de integração entre os sistemas heterogêneos
Ø      Tempo para baixar informações.
Ø      Limitações da interface.
Ø      Problemas de pesquisa.
Ø      Inadequada mensuração do sucesso de aplicações Web.
Ø      Fraca segurança.
Ø      A falta de um padrão na Internet

COMPRAS - PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO

Os princípios do processo de negociação:
Ø      Separar as pessoas dos problemas;
Ø      Concentrar-se nos interesses e não nas posições;
Ø      Criar opções de mútuos ganhos;
Ø      Insistir em critérios objetivos (e não-subjetivos);
Ø      Desenvolver alternativas para se chegar a um acordo.

Contratos de Fornecimento – O que são?
São acordos firmados entre fornecedores e clientes com o objetivo de garantir o suprimento de produtos e/ou serviços por um determinado período de tempo.

VANTAGENS
Ø      Maior garantia de retorno em investimentos de ativos fixos;
Ø      Maior estabilidade entre as partes;
Ø      Economia de escala;
Ø      Melhoria da qualidade;
Ø      Maior confidencialidade nos projetos.

DESVANTAGENS
Ø      Maior dependência dos fornecedores;
Ø      Multas (atraso, qualidade, falta de visitas ao cliente)

DOCUMENTAÇÃO UTILIZADA NO PROCESSO DE COMPRAS

Requisições / solicitações de compra: Utilizado para fornecer notificações de necessidades de materiais e/ou atividades externas e manter controle de tais necessidades.

Lista de fornecedores homologados: Lista contendo a aprovação ou confirmação de que uma organização atende aos critérios estabelecidos e que visam gerar segurança e confiança para o processo de fornecimento

Certificações: Na busca pela qualidade as empresas colocam como pré-requisito que seus fornecedores possuam certas cerificações, como por exemplo, ISO 9000 e ISO 14000.

QAF – Questionário de Avaliação do fornecedor: Caso não possuam as certificações solicitadas pela empresa contratante o fornecedor deverá preencher um documento chamado QAF – Questionário de Avaliação do Fornecedor.

Contrato de fornecimento: O contrato de fornecimento é emitido e enviado no inicio do fornecimento (desenvolvimento) e tem vigência durante todo o período em que o fornecedor pertencer a base de fornecimento.

Cotações: Uma cotação é uma oferta do fornecedor para uma organização de compras com relação ao fornecimento de materiais ou prestação de serviços sujeitos a condições especificadas.

Desenhos ou Especificações Técnicas: Normas, especificações de produto e desenhos são padrões que servem de referência para comparação.

Pedidos de compras: Um pedido é uma solicitação formal ou instrução de uma organização de compra para que um fornecedor ou um centro forneçam ou coloquem à disposição uma certa quantidade de mercadorias ou serviços em um determinado prazo.

Follow up: É um termo em inglês, e significa acompanhar; acompanhamento. Significa ir atrás de uma resposta para algo que foi solicitado.

Relatório de PPM de entrega: Acompanhamento do desempenho do fornecedor. Fórmula de cálculo:
PPM = (Total de peças entregues fora do prazo / Total de Peças Entregues) x 1.000.000

SELEÇÃO DE FORNECEDORES

A escolha dos fornecedores tem grande importância no planejamento da empresa. É preciso descobrir quem são, onde se localizam os fornecedores e quais são os mais adequados para o seu negócio. Por outro lado, obter boas condições de compras depende de negociação permanentemente com os fornecedores e ter atenção às oportunidades.

Antes de contratar um fornecedor, são analisados os seguintes aspectos:
Ø      Será pontual na entrega?
Ø      O seu fornecedor tem qualidade naquilo que me vende?
Ø    E o preço do meu fornecedor vai ajudar-me em minha negociação com o consumidor final? Como ficará minha margem de lucro?
Ø      Como esse fornecedor se comporta no mercado?
Ø      O fornecedor tem algo mais a oferecer às empresas que o compram?
Ø  O seu fornecedor é transparente ao dá informações sobre a matéria-prima que lhe repassa?
Ø  Saber escolher bem os fornecedores de sua empresa tem resultados impactantes no negócio.
Ø      O bom fornecedor é aquele que atende a todas as suas necessidades.

OUTROS ASSUNTOS RELACIONADOS

Compras especulativas: As compras nem sempre são motivadas por procedimentos de controle de estoque ou pela programação de produção.

Ø      O que são?
Ø      Quais as vantagens e desvantagens?

Ética em compras: O principal objetivo de condutas éticas relacionadas as compras é servir como orientação aos profissionais no exercício de sua competência, de modo a garantir a franqueza e integridade nos processos de aquisição de bens e serviços, e no relacionamento com os fornecedores, devendo ser válido tanto para vendas quanto para compras.

Alguns outros problemas que interferem na ética em compras:

Ø      Especificações técnicas muito detalhadas;
Ø      Brindes ou presentes que são oferecidos pelos fornecedores;
Ø      Comissões oferecidas por fornecedores ;
Ø      Subornos;
Ø      Manipulação de informações .

REFERÊNCIAS

Ø     Relacionamento com fornecedores através de contratos. A experiencia da glaxosmithkline. MARANHÃO, Sheila da Rosa – Consultora de materiais, Revista P&D em Engenharia de Produção V.07 N.01 (2009) p. 01-19.
Ø MAYER, Veronica Feder; MARIANO, Sandra R.H. Disponível em:    http://pt.scribd.com/doc/13460481/Aula-15-O-processo-de-negociacao    http://help.sap.com/saphelp_40b/helpdata/pt/75/ee0b5555c811d189900000e8322d00/content.htm   
Ø      http://www.makro.com.br/guiadoempreendedor/index.php/como-escolher-um-fornecedor/
Ø    http://180graus.com/consultoria-empresarial/escolher-o-fornecedor-da-sua-empresa-e-coisa-seria-336226.html
Ø    ALT, Paulo Renato Campos; MARTINS, Petrônio Garcia. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
Ø   BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Ø      ÉTICA EMPRESARIAL. Disponível em < http://www.eticaempresarial.com.br> Acesso em: 5 de maio de 2012.

Este trabalho foi apresentado pelos alunos do 3º ano de Engenharia da Produção da Universidade Eurípedes de Marília – UNIVEM, disciplina: Logística e Cadeia de Suprimentos - 2012.

AUTORES

Alex Vieira da Guarda                                           
Ana Laura Gazoto Contrera                                  
Ana Paula Bonacina Padilha                                
Ariel Donizetti da Silva                                          
João Hugo Gomes Barnabé                                 
Nívia Togni Cega dos Santos                               
Nathália Fernanda Porsebon        

LOGÍSTICA PRÓPRIA OU TERCEIRIZADA? MOTIVOS E CRITÉRIOS PARA A DECISÃO


Apesar da tendência atual para terceirização das atividades logísticas, verificamos muitas situações nas quais o processo foi mal conduzido, os resultados positivos demoraram a serem obtidos ou redundaram num verdadeiro fracasso.
Com o forte aumento da competitividade, a terceirização passa a envolver uma grande gama de atividades logísticas, além do transporte rodoviário de cargas que inicialmente era a função mais terceirizada.
Para desenvolver um processo de terceirização recomendamos a utilização das seguintes dicas:
1. Motivos para terceirizar – como a terceirização não é um caminho obrigatório temos que avaliar os motivos para a decisão:
Ø    Na cadeia de abastecimento da qual uma empresa faz parte, a terceirização poderá gerar impacto quanto ao nível de serviço?
Ø      Dedicação ao próprio negócio (“core business”) poderá fazer a diferença?
Ø      É relevante para evitar investimentos e substituir custos fixos por variáveis?
Ø      Melhorar o controle dos custos logísticos e absorver “expertise” é importante?

2. A empresa está preparada?  O processo não deve ser iniciado sem que os responsáveis pela empresa estejam realmente preparados para a mudança:
Ø      Há consciência da necessidade de parceria e um ótimo relacionamento?
Ø      E o domínio das operações, custos, procedimentos e indicadores a partir dos quais o terceiro será avaliado?
Ø   A empresa está preparada para transferir e compartilhar parte das atividades com “estranhos”?
Ø  Há consciência das dificuldades desde a transição e o apoio e monitoramento ininterrupto das operações?

3. Definição dos objetivos – existem muitos motivos que levam à terceirização, porém as empresas devem definir claramente:
Ø      Logística e nível de serviço são diferenciais para manter ou conquistar clientes?
Ø      Redução de custos (movimentação, armazenagem, transportes, etc) é o foco?
Ø      Possibilidade de melhorar alguma operação se esta for terceirizada?

4. Os preparativos – após avaliar os motivos, os questionamentos internos e os objetivos, a empresa deve se preparar para o inicio efetivo do processo de terceirização:
Ø      Estão definidas as atividades a terceirizar?
Ø      Existem empresas prestadoras de serviços disponíveis e habilitadas?
Ø  Todas as instâncias de decisão da empresa estão convencidas claramente com objetivos e interesses alinhados?
Ø      Pois bem, estão vamos dar a partida!

5. Caracterização da empresa contratante – é importante que o prestador de serviços tenha todas as informações sobre o contratante e as atividades a executar:
Ø      Descrição da empresa (formação, capital, porte), localização (matriz, filiais CD’s, etc), posição no mercado, etc;
Ø      Descrição dos processos produtivos e dos principais materiais e produtos;
Ø      Canais de distribuição (direto, atacado, varejo, etc), destinos;
Ø      Detalhes das operações que serão terceirizadas (processos, indicadores, etc);
Ø      Objetivos e critérios de como será desenvolvido o processo de seleção.

6. Pré-qualificação – após a empresa ter decidido e se preparado, tem início a fase externa da terceirização. Verificar se existe interesse, e enviar um questionário de qualificação com os seguintes quesitos:
Ø Instalações e equipamentos disponíveis (locais, áreas, parceiros, lista de equipamentos, etc); equipe gerencial e operacional;
Ø   Capacitação em operações similares, organização, otimização da armazenagem e transporte, etc;
Ø      Competência administrativa e fiscal;
Ø  Sistemas de TI disponíveis (ERP, WMS, roteirizador, etc) e equipe de suporte (interfaces, adaptações e customizações);
Ø      Equipes de projeto e treinamento;
Ø    Disponibilidade de instalações que possam ser compartilhadas (rateio de custos fixos);
Ø  Aceitar pagamento por atividade operacional - “cost-driver” (movimentação, estocagem, embalagem, etc);
Ø      Relação dos principais clientes, locais e serviços prestados;
Ø      Referências financeiras;

Após o recebimento das informações deverá ser elaborada uma classificação, eliminando as empresas não adequadas.

7. Concorrência – é o início da fase de seleção, com as seguintes atividades:
Ø      Comprovação das informações prestadas na fase anterior;
Ø    Convite para visita às operações que serão terceirizadas e detalhadas as informações;
Ø      Solicitação de um projeto logístico específico com críticas e sugestões;
Ø      Envio do escopo para o desenvolvimento da proposta técnica e comercial;
Ø      Esclarecimentos e retransmissão de informações para todos os participantes
Ø      Recebimento das propostas.

8. Avaliação e seleção final – esta fase é crítica para o sucesso da terceirização:
Ø      Avaliar as propostas e esclarecer dúvidas;
Ø      Avaliar cada proposta e simular o custo total para diversos cenários;
Ø      Equalizar as propostas técnicas e solicitar nova proposta comercial;
Ø      Classificar no máximo três empresas;
Ø      Negociar (após a equalização);
Ø      Como a decisão muitas vezes envolve aspectos intangíveis (confiança, indicação, etc) deve ter a participação da diretoria.

9. Contrato, o início e o fim – é um documento que além dos aspectos legais deve conter algumas premissas sobre o conteúdo técnico:
Ø      Clara definição do escopo dos serviços e responsabilidade das partes;
Ø   Definição de equipes e canais de comunicação para acompanhamento rotineiro e solução de e conflitos;
Ø      Metas e objetivos comuns (mensuráveis / indicadores) que devem ser alcançados;
Ø  A quebra do contrato deve ser prevista para não prejudicar a continuidade da operação, além de garantir a separação ou ressarcimento dos recursos utilizados (materiais e humanos).

10. Sucesso ou fracasso da terceirização – depende do acompanhamento da operação:
Ø      Planejamento cuidadoso da transição;
Ø      Estrutura organizacional com os responsáveis por cada atividade;
Ø Divulgação dos indicadores e metas definidos em contrato e reuniões de acompanhamento;
Ø      Envolvimento de todo o grupo e todos os níveis;
Ø      Não deixar nenhum problema sem solução.

Conclusão

Contrato Assinado, não se iluda: o “jogo” apenas começou.

Por Antonio Carlos da Silva Rezende Gerente da IMAM Consultoria.