A
logística reversa que consiste em trazer de volta ao ciclo produtivo os
materiais, embalagens e produtos comercializados, começa a ganhar fôlego entre
empresas e governo motivados, principalmente, pelo pensamento sustentável.
Iniciativa
comum na indústria de bebidas que há tempos gerencia o retorno de garrafas dos
pontos-de-venda até os seus centros distribuidores, ganha impulso em outros
setores, como siderurgia, telefonia e automobilístico.
Um
bom exemplo da aplicação no setor automotivo é a General Motors que, para
reduzir custos, adotou a logística reversa no transporte de peças e embalagens
de suas unidades instaladas em
São Paulo até a fábrica de Gravataí (RS). As embalagens utilizadas
para transportar peças que abastecem a linha de produção da montadora retornam
para serem usadas novamente.
A
embalagem de um produto sempre foi um item crítico para as indústrias porque
geram resíduos que não podem ser descartados de qualquer forma no meio
ambiente, sendo a empresa responsável por sua destinação. Com o aumento da
fiscalização e o crescimento do movimento sustentável, este tema ganha cada vez
mais espaço na mídia e, portanto, nas decisões estratégicas das empresas.
A
iniciativa das empresas e do governo em implantar projetos de logística
reversa, tem como objetivo reduzir custos operacionais, melhorar a imagem
perante seus clientes e a opinião pública e alavancar novos negócios. A
logística reversa começa a ser usada até mesmo nas operações de importação e
exportação e está se transformando em um novo mercado para as operadoras
logísticas.
Outro
exemplo de aplicação foi o da DHL que com a Hewlett-Packard (HP) realizou projeto
para a América Latina e Brasil para o gerenciamento de toda a cadeia logística,
incluindo o serviço de reparo dos equipamentos. Pelo projeto de logística
reversa, a DHL vai buscar os equipamentos com problema no cliente e os leva até
o centro de reparos da HP em
Guarulhos (SP ), onde o produto pode ser consertado ou
encaminhado para a rede de assistência técnica credenciada. Por mês são
transportados, aproximadamente, 24 mil equipamentos, como monitores,
impressoras e notebooks e estações de trabalho. Com a operação terceirizada, a
HP reduziu seu custo operacional e concentrou-se em seu negócio.
Pode-se
afirmar que este mercado deva crescer ainda mais na medida em que as empresas se
responsabilizem por todo o ciclo de vida dos seus produtos, incluindo o destino
correto quando eles não são mais utilizados.
O
aumento das obrigações com a preservação do meio ambiente também tem
impulsionado esse mercado. As operadoras de telefonia celular adotaram o
recolhimento das baterias usadas nos aparelhos celulares. Os equipamentos são
levados pelos clientes aos pontos de coleta de baterias localizados nas lojas e
posteriormente encaminhadas aos fabricantes. A indústria de agrotóxicos é outro
exemplo. Alguns fabricantes já fazem a coleta das embalagens dos seus produtos
depois de serem usadas pelos agricultores.
Prof. Geraldo Cesar Meneghello
A hp realmente é um ótimo exemplo de utilização de logistica reversa e reparo de equipamentos. Excelente atitude empresarial e ambiental.
ResponderExcluirObrigado pelo seu comentário!
ExcluirOtimas atitudes essas da logistica reversa, faz bem tanto pra empresa quanto para a mae natureza.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário Braga!
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