A MRS Logística e a América Latina
Logística (ALL), concessionárias ferroviárias que atendem o Porto de Santos, confirmam
o crescimento na demanda pelo transporte de trens para trazer cargas ao
complexo marítimo, desde o início dos congestionamentos nas estradas de acesso
à região portuária. Sem apresentar números, considerados estratégicos, as
empresas conseguiram mais clientes, que tentam fugir das estradas lotadas.
O crescimento ocorre especialmente no
mercado de contêineres e nos transportes a curtas distâncias– feito entre o
complexo portuário e, no máximo, o Interior do Estado. Fora desse trecho, as
composições em circulação são, na maioria, as destinadas ao mercado de grãos.
Cada conjunto de trens da ALL tem em
média 1.500 metros
de extensão. São quatro locomotivas e 80 vagões. Cada vagão, em volume, corresponde
a um caminhão convencional ou até dois articulados. Assim, são retiradas das
entradas 320 carretas a cada composição ferroviária que segue em direção ao
complexo santista.
São 90 quilômetros de
trilhos instalados no Porto, todos controlados pela Portofer. Diariamente, 32
composições circulam entre as margens Direita (Santos) e Esquerda (Guarujá). Pelo
menos 10 delas são de responsabilidade da MRS, que também registrou crescimento.
A empresa, porém, não conseguiu atender
solicitações de clientes novos, que preocupados com os congestionamentos nas
estradas, desejavam migrar, definitivamente, para a ferrovia. A prioridade foi
aumentar a capacidade dos trens para os clientes que já tinham contrato
assinado.
Segundo as concessionárias, atualmente, há
mais vagões preparados para receber contêiner - com isso, as rodovias e vias
urbanas de acesso poderão receber maior fluxo de grãos.
Empresas
Entre as empresas que transferiram suas
cargas de importação e exportação do modal rodoviário para o ferroviário, estão,
principalmente, as do ramo automobilístico e de papel e celulose.
A montadora Scania do Brasil é uma das
companhias que, há pelo menos um mês, saiu das estradas para utilizar os trens.
Ela é uma das responsáveis por colocar pelo menos mais 30 vagões nas
composições que, diariamente, chegam e saem do Porto de Santos.
Oficialmente, a empresa não nega, nem
afirma. Mas já existem estudos internos - e aprovados pela direção - para
transferir toda sua operação do Porto de Santos para o Porto do Rio de Janeiro
em até um ano. Fontes explicaram que a distância seria compensada pela falta de
problemas no trajeto (garantindo agilidade e resultados).
Santos e São Bernardo do Campo, onde
localiza-se a Scania, estão a menos de 40 quilômetros de
distância. Da capital fluminense, o trajeto ultrapassa os 460 quilômetros .
Em nota oficial, a Scania limita-se a
dizer que a utilização de novos modais de transporte se encaixa “exatamente” no
processo de aprimorar métodos e resultados. O comunicado ainda diz que suas
operações estão em contínua avaliação, para manter em excelência o Sistema de
Produção da Scania.
Fonte: ANTT - Associção Nacional de Transportes Terrestres. ( A Tribuna)
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