Cada vez mais
empresas usam aplicativo de mensagem rápida para conectar funcionários.
Apesar de as operadoras de telefonia
móvel dizerem que está longe o dia em que os brasileiros aposentarão a tradicional
mensagem de texto (ou SMS), os serviços de mensagem instantânea vêm ganhando
cada vez mais espaço. Basta olhar de relance os dedos velozes no metrô, nas
salas de espera dos consultórios médicos ou até no trabalho. A ideia do
bate-papo contínuo - permitido por simples aplicativos em smartphones -,
definitivamente, pegou.
E não só entre amigos ou entre pais e
filhos, muitos grupos com finalidade corporativa têm surgido no WhatsApp, um
dos aplicativos mais populares no mundo e no Brasil.
Executivos de empresas brasileiras criam grupos
no WhatsApp para se comunicarem com a equipe e obterem respostas mais rápidas
sobre o desenvolvimento de projetos, situação de vendas, acompanhamento de
negócios entre outros. A ferramenta de
comunicação tem se tornado indispensável para a gestão de equipes que estão
espalhadas pelo Brasil ou pelo mundo.
O aplicativo não é substituto do e-mail
ou do telefone, mas, segundo usuários, não há meio melhor para se comunicar
rapidamente ao celular, é possível acompanhar quem leu ou não a mensagem. (O
WhatsApp tem uma função que informa o horário da última visita ao programa. )
É uma questão de praticidade que tem
mudado a dinâmica de algumas companhias. Hoje, 12 bilhões de mensagens são
trocadas dentro dos grupos criados no WhatsApp, que tem mais de 200 milhões de
usuários no mundo.
A companhia que criou o aplicativo sabe
de usos em grupo que vão desde atletas italianos que marcam o jogo de basquete
pelo programa até policiais que investigam crimes. Mas a capacidade de permitir
a formação de grupos em aplicações, no entanto, não é novidade. Vários serviços
de e-mail, como os do Yahoo e do Google, oferecem essa possibilidade há anos. A
diferença é que o WhatsApp e seus similares foram pensados completamente para
smartphone. Outros exemplos de aplicativos que permitem a conversa com várias
pessoas ao mesmo tempo são KakaoTalk e Kik Messenger.
A característica comum que contribui para
o crescimento desses programas é a gratuidade ou o baixo preço. Esse fácil
acesso faz praticamente certa a hipótese de um dono de smartphone ter esse tipo
de aplicativo no aparelho. Para as empresas, é uma barreira a menos a vencer -
principalmente para as pequenas e médias, que não têm condições de entregar a
cada funcionário um smartphone. É também uma alternativa a ferramentas de
comunicação em grupo fornecidas por grandes empresas de tecnologias, que exigem
um orçamento mais robusto.
O WhatsApp agrega à função de SMS vários
recursos de redes sociais ou de mensageiros antes restritos à desktops (como os
emoticons e o aviso de que "a pessoa está digitando" do antigo MSN
Messenger).
Um dos lados negativos é a
disponibilidade integral da pessoa que pelo simples fato de ter um celular já
poder ser encontrado a qualquer momento. Soma-se a isso a necessidade de
resposta imediata que esses aplicativos criam. Deixar para responder depois -
seja para refletir melhor sobre o que vai digitar ou porque você está ocupado
naquele momento - pode passar a impressão de estar ignorando o colega. O
horário em que leu a mensagem (recurso também presente no Facebook Messenger)
delata.
Fonte: O Estado de São Paulo, texto adaptado de Nayara Fraga.
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