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18 de novembro de 2011

O PROF. GERALDO PARTICIPA DE EVENTOS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE MARÍLIA E REGIÃO.

No dia 26 de outubro de 2011 o Prof. Geraldo Cesar Meneghello da UNIVEM - Universidade Eurípedes de Marília, esteve presente na III Semana da Logística do CEETEPS - Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, ETEC Antônio Devisate de Marília SP, ministrando palestra com o tema: “O PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO” – Visão Estratégica para Empresas. Participaram do evento os alunos do curso técnico de logística, técnico jurídico, docentes e coordenadores de curso. O Prof. Geraldo disse que “este tipo de evento proporciona aos alunos do curso técnico a possibilidade de interagir e adquirir novos conhecimentos através da experiência de profissionais da área e esclarecer suas dúvidas sobre a carreira”, comentou também que "é uma satisfação muito grande ter participado dos três eventos promovidos pela instituição", conclui.

A FATEC – Faculdade de Tecnologia de Garça - SP, promoveu no dia 27 de outubro de 2011 a VIII Semana da Tecnologia. O Prof. Geraldo Cesar Meneghello participou do evento ministrando palestra sobre “O DESAFIO DA LOGÍSTICA NO BRASIL” - Situação dos Principais Modos de Transporte de Cargas. O tema despertou bastante interesse de alunos  e professores que interagiram com o Prof. Geraldo com muitas perguntas. Parabéns aos organizadores do evento!

Prof. Geraldo Cesar Meneghello proferindo palestra na
ETEC - Escola Técnica Antônio Devisate de Marília SP.

17 de novembro de 2011

"MÁS NOTÍCIAS PARA QUEM TEM PROBLEMAS COM A FALTA DE ESPAÇO NOS ARMAZÉNS"

Problemas com a falta de espaço no seu armazém?

As medidas paliativas como o acondicionamento de materiais em corredores e plataformas ou a utilização de galpões em lona ou infláveis já não surtem mais efeito?

A estocagem externa em Operadores Logísticos, além de gerar custos adicionais, levou a um descontrole sobre o inventário e a uma maior complexidade operacional?

Sua empresa já estudando a viabilidade técnico-econômico-financeira de construir um novo Centro de Distribuição com recursos próprios ou através de investidores na modalidade built-to-suit? Ou resolveu partir definitivamente para a terceirização total das operações logísticas?

Bem, não importa a solução adotada. Em todas elas você terá o mesmo problema, mais cedo ou mais tarde, a FALTA DE ESPAÇO! Mesmo que você construa ou alugue instalações físicas além da sua necessidade atual, em breve, muito antes do que você imaginar, você enfrentará novamente o mesmo problema: a FALTA DE ESPAÇO!

Mas, qual a razão disso? Na quase totalidade dos casos, quanto mais espaço você criar, mais estoque você terá! Isso ocorre em função de um "afrouxamento" em todos os processos relacionados a vendas e marketing, produção, compras e PCP. Na prática, todos os departamentos envolvidos flexibilizarão suas decisões, premissas e variáveis-chave de decisão.

A área de produção, por exemplo, aproveitará para reavaliar os lotes mínimos de fabricação e a necessidade de setups em seus maquinários; o setor de Compras, por sua vez, utilizará a oportunidade para negociar volumes adicionais com seus Fornecedores e antecipar pedidos para aumentar seu poder negocial. Vendas, por fim, argumentará que com o espaço excedente poderá formar uma segura e robusta política de estoques para atender seus clientes prontamente.

Isso tudo, aliado à maior complexidade logística em função do aumento do número de itens comercializados, necessidade de controle por lotes, redução no tamanho dos pedidos, atuação em novos canais de distribuição e aumento da logística reversa, acarretará em uma verdadeira "bomba relógio" pronta para explodir a qualquer momento, nas mãos da área de logística.

Portanto, a solução não está na ampliação da capacidade de estocagem, mas sim na revisão de seu processo de planejamento de vendas e operações e no redimensionamento de sua política de estoques. Precisaremos trabalhar na eliminação dos erros e na redução das "folgas".

Mais radical, empresas asiáticas estão desmontando seus porta-páletes e partindo para um processo de "desverticalização" de seus armazéns, para justamente limitar essa "folga" existente. Desde então, estocam apenas de forma blocada, com empilhamento máximo de dois ou três páletes. De uma forma simples, operam em um sistema kanban: se tiver espaço produz, se não tiver, não produz, portanto, os erros nas previsões de vendas precisarão ser os menores possíveis.

Se você simplesmente atender elasticamente à crescente necessidade de espaço, apenas aumentará o tamanho do seu problema e postergará a explosão dessa "bomba relógio". Até lá, será "acusado" pelo aumento dos custos logísticos, pela inexistência de um plano diretor em logística e da falta de visão estratégica, etc.

Aí está a má notícia, não será tão fácil resolver esse problema. Você precisará ser extremamente hábil e diplomático para envolver a área Comercial e Marketing, Produção, Compras e PCP sem criar problemas e sem ser boicotado (ou até perder seu emprego).

Precisará supera obstáculos culturais, desmistificar verdades internas, transpor barreiras relacionadas a sistemas, rediscutir processos, questionar relações de poder.

Está pronto para essa longa e emocionante jornada? Boa sorte!

Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

15 de novembro de 2011

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A PREVISÃO E A PREDIÇÃO DE DEMANDA


Uma previsão de demanda é um prognóstico do que acontecerá com as vendas de produtos de sua empresa ou, pelo menos, o que se espera acontecer num certo horizonte de tempo. Podem ser classificadas como: previsões e predições ou prognósticos.

Previsões
As previsões estão mais relacionadas com a projeção de dados passados no futuro e as predições trabalham com estimativas do que se espera acontecer no futuro. Há diversas situações no macro-ambiente das empresas que podem tornar incorretas a extrapolação dos dados históricos para se inferir algo sobre o futuro, exemplo: instabilidade de natureza econômica ou política.

As previsões são mais aplicáveis quando se possuem dados históricos suficientes, que permitam uma descrição estatística do fator considerado, e quando o ambiente que influencia esse fator apresenta características razoavelmente estáveis e conhecidas, exemplo: situações estáveis de mercado no caso do fator “demanda esperada de produtos fabricados”. As previsões são obtidas através de métodos quantitativos.

As técnicas quantitativas envolvem a análise numérica dos dados passados, isentando-se de opiniões pessoais ou palpites. Empregam-se modelos matemáticos para projetar a demanda futura.

Existem dois tipos de modelos de previsão: o modelo de séries temporais e o modelo causal. Uma série temporal é um conjunto de informações numéricas, distribuídas uniformemente, obtida pelas respostas dadas em um período regular de tempo. No modelo de séries temporais, a previsão é baseada somente em valores anteriores e assume que os fatores influenciando as vendas de seus produtos no passado, presente e futuro continuarão.

Por outro lado, o modelo causal utiliza uma técnica matemática, conhecida como análise de regressão, que relaciona uma variável dependente (por exemplo, demanda) a uma variável independente (por exemplo, preço, publicação etc.) em forma de uma equação linear. Os métodos de previsão de séries temporais mais utilizados são descritos a seguir:

Abordagem simplista: Presume que a demanda no próximo período é igual à demanda do período mais recente; o padrão de demanda nem sempre é estável. Exemplo: se em julho as vendas tiverem sido de 50, então em agosto as vendas também serão de 50.
Médias móveis: uma média móvel simples utiliza a demanda média de uma seqüência fixa de períodos e é ideal para uma demanda estável sem padrões comportamentais evidentes.
Aproximação exponencial: método de nivelamento no qual o impacto das mudanças recentes na demanda por meio da atribuição de uma constante de aproximação aos dados mais recentes e significativos é maior. Muito útil se as mudanças recentes nos dados forem os resultados da mudança real (por exemplo, padrão sazonal) em vez de apenas flutuações aleatórias.

Predições
As predições são mais utilizadas em problemas de longo prazo e de natureza estratégica, tais como projetos de unidade de produção (definição de capacidade, localização e características de processos e equipamentos de produção) decisões relacionadas com a introdução de novos produtos no mercado e etc. Predições são geralmente obtidas através de métodos qualitativos.

As técnicas qualitativas privilegiam principalmente dados subjetivos, os quais são difíceis de representar numericamente. Estão baseadas na opinião e no julgamento de pessoas chaves, especialistas dos produtos ou nos mercados onde estes produtos são comercializados. A seguir um exemplo de um consagrado método de predição:
      
Método Delphi
Consiste em um painel de especialistas em um determinado assunto que responde a uma série de questionários, as respostas dadas são sumarizadas e colocadas a disposição do painel para servir de base ao processo de definição de respostas para o próximo questionário da série. O processo global é projetado de tal forma que a série de resposta converge para um consenso que as constitui na predição desejada. As aplicações mais usuais são para problemas de longo prazo, predição do comportamento futuro a médio/ longo prazo de fatores em situações influenciadas por aspectos novos, exemplo: estimativa do comportamento futuro da demanda de novos produtos. Os custos relativos desse método tendem a ser altos.

Vantagens do método de predição Delphi
ØÓtimo método para lidar com aspectos inesperados de um problema;
ØPrevisões com carência de dados históricos;
ØInteresse pessoal dos participantes;
ØMinimiza pressões psicológicas;
ØNão exige presença física.

Desvantagens
ØO processo é lento e leva em média 6 meses para conclusão;
ØDependência dos participantes;
ØDificuldade de redigir o questionário;
ØPossibilidade de consenso forçado.

Análise de cenários
ØSituações muito complexas;
ØGeralmente utilizado para o longo prazo;
ØAplicado quando não há parâmetros que permitam uma previsão segura.

 Três possíveis cenários
ØCenário base: é aquele sem surpresas
ØCenário alternativo 1: otimista
ØCenário alternativo 2: pessimista

Outro método de predição utilizado é a pesquisa de mercado: trata-se do estudo de mercado (comportamento de consumidores) através de questionários, painéis de consumidores, relatórios e estimativas de vendedores, testes com produtos lançados provisoriamente, etc. As aplicações mais usuais são as mesmas do método Delphi e o custo relativo também é alto.

Pode-se utilizar também a analogia histórica e análise de ciclo de vendas: Este método é baseado na análise de dados históricos de demanda e do ciclo de vendas de produtos semelhantes. A aplicação mais usual é para a predição de demanda futura de produtos novos, semelhantes a produtos já existentes. Seu custo tende a ser menor que o dos dois métodos anteriores.

Prof. Geraldo Cesar Meneghello

10 de novembro de 2011

A IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS NO PROCESSO DE ARMAZENAGEM

A classificação dos materiais é o processo de aglutinação de materiais por características semelhantes. Existem infinitas formas de classificar os materiais.

Uma boa classificação deve obedecer a alguns critérios:

Ø      Abrangência: Deve tratar de uma gama de características em vez de reunir apenas materiais para serem classificados;

Ø      Flexibilidade: Deve permitir diversos tipos de classificação;

Ø      Praticidade: A classificação deve ser direta e simples.

Ø      Características Físicas
  • Tamanho – comprimento, largura e altura;
  • Peso (ou densidade) – por unidade ou volume;
  • Forma – achatada, curva, compacta, etc;
  • Risco de danos – frágil, explosivo, contaminável, tóxico, corrosivo, etc;
  • Condições – instável, pegajoso, perecível, molhado, sujo, etc.

Ø      Outras Características
  • Quantidade – relativa a intensidade de uso ou ao volume, no total e em tamanho de remessa ou por lotes;
  • Cronometria – regularidade, urgência, condições sazonais, etc;
  • Medidas especiais – regulamentações especiais, padrões internos da empresa, critérios operacionais, etc.

As características físicas são, geralmente, o ponto mais importante e influenciam na classificação. Isto quer dizer que a classe atribuída a todo material é normalmente determinada pela natureza física do mesmo.

A quantidade também tem muita importância. Muitos materiais têm grande volume (deslocamento rápido), outros são em quantidades pequenas (freqüentemente “pedidos especiais”). As grandes quantidades de qualquer item são deslocadas de maneira diferente do que as pequenas quantidades.

Uma empresa que busca melhoria em seus processos deve, necessariamente, realizar um bom método de classificação de materiais, pois, através dela é possível organizar e otimizar as atividades de um armazém.

Fonte: Reinaldo Moura – IMAM

Prof. Geraldo Cesar Meneghello

9 de novembro de 2011

SUGESTÕES PARA SE ELABORAR UM BOM LAYOUT NA ÁREA DE ARMAZENAGEM DE MATERIAIS


Centro de Distribuição - Local de armazenagem
de produtos acabados

A realização de uma operação eficiente e efetiva de armazenagem depende muito da existência de um bom layout do armazém, que determina, tipicamente, o grau de acessibilidade ao material, os modelos de fluxo de material, os locais de áreas obstruídas, a eficiência da mão-de-obra, a segurança do pessoal e do armazém.

Objetivos do layout de um armazém

Ø   Assegurar a utilização máxima do espaço;

Ø   Propiciar a mais eficiente movimentação de materiais;

Ø   Propiciar a estocagem mais econômica, em relação às despesas de equipamento, espaço, danos de material e mão-de-obra do armazém;

Ø   Fazer do armazém um modelo de boa organização.

Metodologia geral para projetar o layout de um armazém

Ø   Definir a localização de todos os obstáculos.
Ex.: Colunas de apoio, saídas de emergência, escadas, elevadores e equipamentos de proteção contra incêndios.

Ø   Localizar as áreas de recebimento e expedição.
Ex.: Entrada e saída de veículos, vias de acesso ao armazém e estradas próximas ao CD. Importante evitar o contra fluxo de veículos nos locais de recebimento e expedição de materiais.

Ø   Localizar as áreas recebimento, de estocagem e de separação de pedidos.
Fornecer espaço máximo para a ótima movimentação de materiais e eficiência da mão-de-obra. Evite o contra fluxo de equipamentos de movimentação.

Ø   Definir o sistema de localização do estoque. Dimensionar espaço para armazenagem de todos os itens. Lembre-se que os produtos de menor giro devem ficar nos locais mais afastados e os de maior giro nos locais mais próximos da saída, evitando, desta forma, movimentações desnecessárias e agilizando o processo de estocagem e separação dos materiais.

Ø   Avaliar as alternativas de layout do armazém.
Se atingem os objetivos desejados.
Exemplo de Layout de armazenagem de materiais
É importante destacar que se o Layout da área de armazenagem não for bem planejado, haverá aumento nos custos da operação, desgaste excessivo dos equipamentos, fadiga dos funcionários, perca de produtividade e de espaço de estocagem além de outros inconvenientes para os gestores e para a empresa.

Portanto, ao projetar um armazém contrate um profissional de Logística que tenha uma visão holística dos processos de armazenagem e distribuição. Convoque uma equipe multifuncional para participar das reuniões do projeto, gerencie a reunião incentivando os participantes a opinar sobre o tema e procure capturar todas as informações relevantes que surgirem, respeitando sempre a visão e a experiência de todos os envolvidos. Desta forma você conseguirá reduzir as falhas de elaboração do Layout.


Prof. Geraldo Cesar Meneghello

2 de novembro de 2011

ECR - RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR: UMA ESTRATÉGIA EFICAZ PARA MELHORAR A COMPETITIVIDADE DAS EMPRESAS

Introdução


Durante a década de 80, inúmeras transformações afetaram o relacionamento existente entre as diversas organizações que operam ao longo de uma mesma cadeia de valor agregado. A dramática reestruturação de empresas em busca de maiores níveis de qualidade e produtividade, a globalização dos mercados e o surgimento de novas tecnologias de processamento e transmissão de dados desempenha um papel fundamental na mudança das práticas tradicionais de negócios entre duas empresas.
Paralelamente a estas transformações, houve o deslocamento do poder de barganha da indústria para o varejo em diversos setores, inclusive no setor alimentício, onde atualmente o elo mais forte do canal de distribuição são os supermercados. É claro que todas estas transformações acirrariam a tradicional rivalidade entre produtores e varejistas. No entanto, percebe-se que a penetração cada vez mais rápida em novos mercados, ou a consolidação do market-share em outros, passam cada vez mais pela adoção de novas estratégias de gestão da distribuição entre os elos da cadeia de suprimentos.
De maneira ampla, o conceito de ECR (EfficientConsumer Response) engloba ferramentas tecnológicas e ações práticas, com o objetivo de estreitar e aperfeiçoar o relacionamento entre a indústria e o comércio, tendo a finalidade de prestar melhores serviços ao cliente.

ECR (Resposta eficiente ao Consumidor)


A estratégia básica do ECR teve origem no setor de alimentos nos EUA. Fabricantes e supermercadistas se comprometeriam a cooperar em cinco áreas principais: o compartilhamento de informações em tempo real, o gerenciamento de categorias, a reposição contínua, o custeio baseado em atividades e a padronização.
Historicamente, o conceito de Resposta Eficiente ao Consumidor remonta um movimento iniciado nos Estados Unidos por volta 1992, quando suas redes de supermercados, através do
FMI -Food Marketing Institute (Instituto Americano de Supermercados), apresentaram o ECR durante uma de suas conferências.

ECR é um movimento global, no qual empresas industriais e comerciais, juntamente com os demais integrantes da cadeia de abastecimento (operadores logísticos, bancos, fabricantes de equipamentos e veículos, empresas de informática, etc.) trabalham em conjunto na busca de padrões comuns e processos eficientes que permitam minimizar os custos e otimizar a produtividade em suas relações.

O ECR não é um kit pronto, um conjunto de ferramentas que se implantadas, permitem à empresa se considerar e estar habilitada e preparada para sempre.
Na realidade, ECR é mais uma filosofia, ou talvez uma postura de negócios, na qual as empresas se dispõem a compartilhar problemas, dificuldades e informações, implantando em conjunto as melhores soluções possíveis dentro de seu contexto operacional e estratégico.

O conceito de qualidade, bem mais tradicional em nosso meio empresarial, talvez sirva como paradigma: as necessidades e a tecnologia estão em constante mutação, exigindo da empresa um movimento pró-ativo constante, incorporando novos valores constantemente para se manterem competitivas aos olhos do consumidor. Quem não acompanhar esta dinâmica, seja no ECR ou na qualidade, não incorporando a tecnologia que garanta a confiabilidade de produtos e processos e o atendimento das expectativas do cliente, com certeza será excluído do mercado por concorrentes mais eficientes.


Técnicas utilizadas pelo ECR


As práticas e técnicas utilizadas pelo ECR para alcançar o seu objetivo hoje são:

Ø      Reposição Contínua;
Ø      Retail management inventory;
Ø      Cross Docking;
Ø      Direct Store Delivery;
Ø      Computer Assisted Ordering;
Ø      Gerenciamento por Categorias;
Ø      Vendor Mangement Inventory;

Reposição contínua

A Reposição Contínua pode ser gerenciada de três formas, de acordo com a responsabilidade do processamento das informações e pela decisão da reposição:

No Varejo
Que é o modelo tradicional em que o varejo calcula a necessidade e envia um pedido ao fornecedor, conhecido como RMI (Retail Management Inventory).

No Fornecedor
Neste modelo o varejista informa ao fornecedor a situação dos estoques, vendas e previsão de vendas: com esta informação disponível o fornecedor calcula a necessidade de reposição e reabastece o estoque do varejista, ou seja, o fornecedor é quem decide quando e quanto reabastecer o estoque de seu cliente.

No Operador Logístico
Neste modelo as decisões são tomadas pelo operador logístico de acordo com parâmetros definidos pelo fornecedor e varejista.

Vantagens da Reposição Contínua

Um comprador de varejo no Brasil é responsável por gerenciar cerca de 800 produtos. Durante sua jornada de trabalho ele não consegue gerenciar os estoques de todos os produtos. Através da reposição contínua, o gerenciamento fica facilitado disponibilizando tempo para atividades de aumento de vendas e melhoria de rentabilidade.

Benefícios
Ø      Redução de falta de produtos nas lojas
Ø      Diminuição de estoques
Ø      Menores custos logísticos 
Ø      Previsão de produção (no caso de fornecedores)


RMI - Retail management inventory

 

O sistema RMI ou gestão de estoques de varejo são os processos e métodos utilizados para manter o controle das ações logísticas de um negócio, gerenciado pelo varejo, ou seja, este método controla tudo a partir de inventário encomenda, transporte, recebimento, controle, e armazenamento.

Gestão de estoques no varejo pode ajudar a manter os lucros de uma empresa com uma margem estável, bem como reduzir o roubo e perda de inventário. Muitas empresas de varejo perdem dinheiro todos os anos, porque eles não têm um sistema de gestão bem sucedida de inventário no local.

Gestão de Inventário de varejo deve fornecer as seguintes funções para um negócio de varejo:

Ø       Controlar e gerenciar todo o estoque para o negócio
Ø       Avaliar como alguns grupos de produtos são vendidos
Ø       Coletar dados sobre as vendas e estoques das lojas individuais
Ø       Permitir que se mensure e reveja o inventário
A maioria das empresas utiliza algum tipo de software de computador para gerenciar seu inventário, especialmente para grandes empresas que lidam com milhares de produtos individuais.

Um negócio que tem um sistema bem sucedido de gestão de varejo vai permitir a empresa manter uma quantidade suficiente de estoques para atender à demanda do cliente. Se uma empresa não mantiver um estoque bem calculado, certamente terá seu fluxo de caixa reduzido. O inventário também pode custar muito dinheiro em um negócio e causar perda espaço na armazenagem.

Vale lembrar que o sistema RMI é praticamente empurrado, pois este trabalha com previsões e estimativas de produção, gerando pedidos de produção baseado apenas em histórico de vendas e ou previsão, sendo o oposto de sistemas como o VMI e DSD onde o fornecedor regula o envio de mercadorias com base no consumo realizado.

Cross Docking


No Cross-Docking, a mercadoria é recebida do fabricante através de um centro de distribuição e de acordo com o pedido gerado pelo cliente, onde não é armazenada, permitindo ao fornecedor acelerar o fluxo com que os produtos chegam ao consumidor. No centro de distribuição ocorre apenas a seleção da mercadoria e a separação delas de acordo com o pedido gerado, ficando assim, aptas para entrega nas lojas. O cross-docking usa mais do caminhão do que do próprio depósito convencional. 

Cross-docking permite a administração dos centros de distribuição concentrar-se no fluxo das mercadorias, ao invés de armazená-las, este método também é altamente eficiente, no sentido de que permite o estoque viajar através de um canal de distribuição num fluxo veloz.
Portanto, cross-docking é um caminho de solução rápida sendo adotado para cortar os custos de estocagem e melhorar a satisfação do cliente.  Dessa forma, cross-docking é um programa projetado para fornecer suporte à entrega de produtos aos clientes. 

DSD - Direct Store Delivery


Sendo um caso de VMI o DSD - Direct Store Delivery ou entrega loja a loja, é um método de entrega dos produtos dos fabricantes diretamente nas lojas, sem passar pelo distribuidor/atacadista ou centro de distribuição do varejo. O inventário da loja pode ser gerenciado pelo fornecedor com níveis variáveis de supervisão de seu cliente.

A entrega loja a loja, é um processo comercial que começa com a inserção do pedido seguida pela venda e a distribuição das mercadorias diretamente na loja do cliente.

Ø      Aumento do volume na loja que se traduz em mais vendas
Ø      Melhoria da margem sobre os produtos vendidos
Ø      Aceleração do capital de giro
Ø      Na eficácia do comércio houve uma melhora nas atividades promocionais
Ø      Capacidades para uma melhor experiência de compras de forma a construir lealdade de compra

O sistema DSD permite que exista uma rápida reposição de produtos e conseqüentemente ciclos de pagamento mais rápidos em relação a processos do varejo tradicional. 

O fornecedor que possui altos custos do inventário pode se automatizar com este sistema e passar a gerar maior capital de giro, já para o cliente varejista, este sistema também proporciona ganhos, não só os produtos chegam às prateleiras com maior rapidez, mas também com maior qualidade.

CAO - Computer Assisted Ordering

Para manter as prateleiras das lojas reabastecidas não só com os produtos corretos, mas também a quantidade correta.

O inventário da loja mal administrado pode ser um problema sério para o varejo, muitas vezes os produtos estão sendo encomendados em quantidades elevadas, sendo que os mesmo não têm giro tão rápido no varejo e também no caso de produtos com alto giro de reposição está sendo encomendados abaixo do necessário, gerando insatisfação do cliente ao não encontrar o produto em questão nas prateleiras dos supermercados ou mesmo ao encontrar um produto envelhecido. Excesso estoques e falta de estoque pode causar grandes problemas em termos do custo, ao armazenar produtos que não estão se movendo. Eles também podem levar os consumidores a ir para outro lugar quando os produtos que querem comprar não estão disponíveis.

Aumente seu Controle de Estoque
Controle de estoque nos bastidores sempre exigiu gestores para manter um delicado equilíbrio entre níveis de estoque e fora de estoque condições. CAO pode controlar o equilíbrio em toda a gama de produtos, independentemente dos níveis de demanda, e, em certa medida, a alocação de espaço.

Diminuir suas horas de trabalho
Implantação do CAO diminui consideravelmente o número de horas gasto por um gerente de loja no processo manual de ordenação, incluindo a criação de folhas e outras atividades de reposição associados. CAO proporciona uma diminuição de 30% no tempo de processamento de pedidos.

O sistema de ordenação assistida por computador gera inúmeros dados para o varejista e fornecedor, com estas informações o varejista pode:

Ø     Configurar mínimo exigido estoque na mão de regras que a estação gerente usará automaticamente em conjunto com dados de estoque disponíveis mantidos no sistema.

Ø     Avaliar as vendas do produto ao longo de períodos de tempo variável para explicar variações dependendo das situações ou épocas.

Ø     Esse processo automatizado reduz o tempo da loja dedicada à gestão de inventário e processo de encomenda.

Gerenciamento por Categorias:

Para obterem sucesso a indústria e o varejo estão constantemente efetuando pesquisas, e buscando aprimorar-se para entender o comportamento e perfil de seus consumidores, pois são eles que impõem as regras, escolhendo os produtos e marcas de sua preferência em lojas que satisfaçam as suas reais necessidades momentâneas. Tomando por base este novo prisma do mercado, é essencial fazer com que a compra e o seu ambiente seja uma experiência notoriamente agradável e prazerosa. Sendo assim, as empresas começam utilizar das ferramentas do ECR, sendo uma delas o Gerenciamento por Categorias (GC).

Ao idealizar um conceito de loja o varejista toma decisões sobre: nível de serviço oferecido, linha de produtos comercializados, política de preços, cobertura geográfica, acesso ao cliente, tamanho e localização da loja, levando estes pontos em consideração, seria possível aumentar as vendas, bem como o nível de satisfação dos clientes.

O comportamento do consumidor é uma área interdisciplinar, envolvendo conceitos e ferramentas metodológicas de diferentes áreas do conhecimento tais como: psicologia, economia, sociologia, antropologia cultural, semiótica, demografia e história. Deste modo, verifica-se que entender o comportamento do consumidor não é tarefa fácil e para isto é necessário que as empresas identifiquem o perfil e as reais necessidades de seus clientes, para oferecer o produto certo, na hora certa, com o preço certo. A experiência de comprar um produto pode ser feita com base em motivos pessoais, emoções ou apenas preço. Outra variante que pode determinar a escolha na gôndola é a relação do consumidor com a marca, comportamento cada vez mais comum no varejo do Brasil e do mundo. Também é possível que o consumidor vá ao ponto-de-venda pensando em comprar uma marca, mas ao ver o preço mais baixo da concorrente ele poderá comprá-la tranqüilamente.

Ao analisarmos o gerenciamento por categorias, pode-se concluir que além de ser muito interessante, traz maior conhecimento do perfil do cliente e o seu comportamento diante da gôndola.

As Táticas da Categoria abrangem:
Ø      Sortimento: Desenvolver o sortimento adequado de produtos para atingir os objetivos do negócio e agradar aos consumidores;
Ø      Preços: Determinar os preços ao consumidor dos produtos desta categoria.
Ø      Promoções: Definir as promoções a serem realizadas e os veículos a serem utilizados.
Ø     Exposição na Gôndola: Determinar como a categoria será apresentada, sua localização, seu layout e o nível de serviço.


O VMI baseia-se em uma ferramenta da filosofia ECR (Resposta Eficiente ao Consumidor) em que o fornecedor e o distribuidor fazem o compartilhamento de dados e através das informações coletadas um algoritmo gerenciado pelo fornecedor calcula o quanto e quando de cada produto o distribuidor irá precisar.
Os resultados são aumento de vendas, melhoria no relacionamento com os clientes, adequação dos estoques e reposições mais eficientes, entre outras vantagens.
A ferramenta VMI funciona com base nas informações de venda dos distribuidores. Diariamente, essas informações são passadas eletronicamente ao sistema do fornecedor que irá alimentar o algoritmo que calcula a reposição automática desses itens. Ele também estará integrado ao sistema de faturamento que então irá gerar o pedido, faturando-o e iniciando o ciclo físico da reposição. Essa última é calculada em cima de parâmetros preestabelecidos, que são feitos a partir do histórico de cada item, calculando então a média de venda e os desvios-padrão nessas vendas.
O planejador, em conjunto com o cliente, define o nível de serviço que se quer dar. Com base nisso, o sistema calculará qual será o estoque de segurança e o ponto de reposição. Tudo isso é feito automaticamente, e o único input que o planejador precisa colocar é o nível de segurança no estoque, maior ou menor dependendo de cada caso.
A implantação do VMI envolve basicamente três investimentos: em processos, tecnologia e mudança comportamental, sendo que, este último é o que exige maiores esforços durante a implantação. Isso envolve a equipe de logística, de informática, é preciso testar a ferramenta, colocar foco, tudo isso custa mais caro que a ferramenta em si, de acordo com empresários que acompanharam casos de implantação de VMI.
No mundo de hoje, onde com a internet um concorrente está a apenas um click do outro e todo mundo compra o que quiser de onde quiser, há cada vez menos espaço para empurrar produtos. De nada adianta o vendedor desovar estoque no distribuidor sem se preocupar em saber como está a colocação desse produto no mercado final, porque aquela venda está sendo ilusória. Uma indústria não vende para seu canal, e sim através dele. Ele é um meio, não um fim. É preciso preocupar-se em como este produto se comporta no mercado, conhecer os clientes do distribuidor e, é justamente essa nova visão que o VMI ajuda as empresas a ter.
Quanto mais estruturada a empresa, mais apta a trabalhar por processos ao invés de por área departamental, se os processos já estão estruturados em um ERP e se a equipe está aberta à mudança, principalmente a comercial, menores os custos de implantação.
Os benefícios são inúmeros. A empresa passa a ter uma visão muito mais clara do comportamento de seus produtos no mercado, muda o relacionamento com seu canal, que passa a ser de parceria e muito mais próximo, existe uma política comercial mais estável e estoques mais balanceados, ou seja, produz-se exatamente o que o mercado está pedindo. Além disso, há a questão estratégica, de estar se posicionando como uma empresa com uma logística eficiente e que se preocupa em prestar um bom nível de serviço a seus canais de distribuição.
Com o VMI, aumenta-se a velocidade de reposição, porque repõe de uma forma mais contínua e eficiente. As informações de reposição chegam à fábrica como um pedido forme, de erro zero. Uma reposição e um dimensionamento de estoques mais eficientes levam a uma produção mais ajustada e eficiente, com melhor planejamento de compra de matéria-prima, chegando até o fornecedor.

Conclusão:

Nos dias de hoje, fica evidente que qualquer empresa que queira se manter no mercado de forma estável e competitiva deve estar atualizada investindo constantemente em novas tecnologias e inovação. Neste ponto surge o ECR, que permite para empresas o controle preciso de seus inventários e estoques, com a finalidade de proporcionar melhores controles de estoque, reduzir custos de inventários e mão de obra utilizada.

O ponto fundamental que o ECR trata, é o atendimento ao cliente, que atualmente é o ponto chave da cadeia produtiva, e pensando nisso o ECR engloba uma série de sistemas logísticos para otimizar a eficiência do atendimento ao cliente.

Porém, um ponto importante, é a necessidade de uma infra-estrutura básica para a implantação de um sistema ECR em uma cadeia produtiva. Para que fornecedores e clientes possam utilizar este sistema, deve-se haver uma interface de comunicação e um sistema automatizado de estoques, como os EDIs, que permite o a geração e acompanhamento das informações em tempo real. Deve-se também possuir áreas de estocagem organizadas e envolver parceiros que compartilhem informações e tenham disposição para cooperar.

Contudo o sistema ECR possui elevado potencial para conquistar todos na cadeia produtiva, desde fornecedores primários que ganham com redução de custos e maior rotatividade se seus produtos no mercado, e o consumidor final que terá em mãos o produto certo, na hora certa e com o mais importante, produtos com qualidade.

Fontes


http://www.setima.com.br/crossdocking.htm
http://www.askdeb.com/inventory-management/retail/
http://www.ecrbrasil.com.br/ecrbrasil/page/reposicaoeficiente.asp
http://logistics.about.com/od/supplychainglossary/g/ABC_Class.htm
http://supermarketnews.com/topics/computer-assisted-ordering/
http://www.logisticadescomplicada.com/
http://www.artigonal.com/marketing-e-publicidade-artigos/uma-ferramenta-chamada-gerenciamento-por-categoria-1356789.html
http://www.pinncorp.com/Default.aspx?tabid=1597
http://www.logisticadescomplicada.com/com-o-gerenciamento-por-categoria-a-tramontina-cuida-das-secoes-de-utilidades-domesticas-de-3-000-lojas-da-wal-mart/
Revista Tecnologística – Abril/2001 – pg. 32 a 40

Este trabalho foi apresentado pelos alunos do 3º ano de Engenharia da Produção da Universidade Eurípedes de Marília – UNIVEM, disciplina: Logística e Cadeia de Suprimentos, em seminário realizado no terceiro bimestre 2011.
Prof. Geraldo Cesar Meneghello

Autores:
Ø      Danilo Sena
Ø      Diogo Bueno Alves
Ø      Marcus Vinicius Bitencourt