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26 de dezembro de 2016

LOGÍSTICA E TRANSPORTES - MODAIS DE TRANSPORTE NO BRASIL

Este artigo é resultado de pesquisa realizada sobre “Logística e transportes”, visando definir, caracterizar e classificar os modais de transporte de carga estabelecendo a comparação entre eles, afim de enriquecer a discussão acerca do tema.

Introdução

Para entender os pontos abordados, faz-se necessária a compreensão de logística e transporte. Entende-se por logística a gestão de atividades voltadas para o planejamento da armazenagem, circulação e distribuição de produtos. Transporte é o movimento de mercadorias entre locais. O campo do transporte apresenta diversas características a nível de infraestrutura, veículos e operações comerciais.

O transporte é considerado um dos elementos mais importantes para a maioria das empresas pois possui papel fundamental na prestação de serviço ao cliente. Através do barateamento dos meios de transporte e a intensa comunicação entre países, intensificou-se a relação comercial e aumentou a importância da logística para o sucesso comercial. Desta forma, a logística vem apresentando uma evolução continuada, sendo atualmente um dos principais elementos na estratégia competitiva nas empresas.


1. Classificação dos modais de transporte

1.1 Ferroviário

No Brasil, o transporte ferroviário é utilizado principalmente para o deslocamento de grandes cargas de produtos homogêneos e para distâncias relativamente longas. Como exemplo de tais produtos estão os minérios de ferro, de manganês, carvões minerais, derivados de petróleo e cereais em grão, que são transportados a granel.  No entanto, em países como a Europa, a ferrovia cobre um aspecto muito mais amplo de fluxos.

Segundo Ballou (1993, p.127) existem duas formas de serviço ferroviário, o transportador regular e o privado. Um transportador regular presta serviços para qualquer usuário, sendo regulamentado em termos econômicos e de segurança pelo governo. Já o transportador privado pertence a um usuário particular, que o utiliza em exclusividade.

Em relação aos custos, o meio ferroviário apresenta altos custos fixos em equipamentos, terminais e vias férreas entre outros. Porém, seu custo variável é baixo. Embora o custo deste transporte seja inferior ao rodoviário, ele ainda não é amplamente utilizado no Brasil. Isto se deve a problemas de infraestrutura e a falta de investimentos nas ferrovias.

1.2 Rodoviário

É o mais expressivo transporte de cargas no Brasil, atinge praticamente todos os pontos do território nacional, pois desde 1950 com a implantação da indústria automobilística e a pavimentação das rodovias, esse modo se expandiu de tal forma que hoje é o mais explorado. Diferentemente do ferroviário, se destina principalmente ao transporte de curtas distâncias e de produtos acabados ou semiacabados.

Por via de regra, apresenta preços de frete mais elevados do que os modais ferroviário e hidroviário, portanto é recomendado para mercadorias de alto valor ou perecíveis. O aumento dos combustíveis e pedágios também reflete diretamente nos custos de frete deste meio de transporte. Não é recomendado para produtos agrícolas a granel, cujo custo é muito baixo para este modal. Em relação aos serviços, além da distinção entre transportadoras regulares e frota privada, existem também transportadores contratados.

Quando os clientes desejam obter um serviço mais adequado as suas necessidades, isentando-se de problemas administrativos associados a frota própria, estes se utilizam de transportadores contratados. Os transportadores contratados são utilizados por um número limitado de usuários em contratos de longa duração. O transporte rodoviário apresenta custos fixos baixos, porém seu custo variável (combustível, manutenção, etc.) é médio.

As vantagens deste modal estão na possibilidade de transporte integrado porta a porta e a adequação do fator tempo, assim como frequência e disponibilidade dos serviços. Apresenta como desvantagem a possibilidade de transportar somente pequenas cargas.

1.3 Hidroviário

O transporte hidroviário é utilizado para o transporte de granéis líquidos, produtos químicos, areia, carvão, cereais e bens de alto valor em contêineres. Este tipo de transporte pode ser dividido em três principais formas de navegação, são elas:

·         A cabotagem que é navegação realizada entre portos ou pontos do território brasileiro, utilizando a via marítima ou entre esta e as vias navegáveis interiores próximas da costa.
·         A navegação interior que é realizada em hidrovias interiores, em percurso nacional ou internacional.
·         A navegação de longo curso, realizada entre portos brasileiros e estrangeiros.

Em relação aos custos, o transporte hidroviário apresenta custo fixo médio (custo com os navios e equipamentos) e custo variável baixo (capacidade para transportar grande quantidade de tonelagem). É o transporte que apresenta o mais baixo custo. Ele apresenta como vantagens a capacidade de transportar mercadoria volumosa e pesada e o fato dos custos de perdas e danos serem considerados baixos comparados com outros modais. Suas principais desvantagens são os problemas de transporte no porto; a lentidão, uma vez que o transporte hidroviário é, em média, mais lento que o ferroviário e a forte influência do tempo. Sua disponibilidade e confiabilidade são afetadas pelas condições meteorológicas.

1.4 Aeroviário

O transporte aeroviário tem tido uma demanda crescente de usuários, embora o seu frete seja significativamente muito mais elevado. Em compensação, seu deslocamento porta a porta pode ser bastante reduzido, abrindo um caminho para esta modalidade, principalmente no transporte de grandes distâncias.

Este tipo de transporte é utilizado principalmente nos transportes de cargas de alto valor unitário (artigos eletrônicos, relógios, alta moda, etc) e perecíveis (frutas nobres, medicamentos, etc). Como exemplos deste meio de transporte estão os aviões dedicados e aviões de linha.

Segundo Ballou (1993, p.129), no modo aéreo existem os serviços regulares, contratuais e próprios. O serviço aéreo é oferecido em algum dos sete tipos: linhas-tronco domésticas regulares, cargueiras (somente cargas), locais (principais rotas e centros menos populosos, passageiros e cargas), suplementares (charters, não tem programação regular), regionais (preenchem rotas abandonadas pelas domésticas, aviões menores), táxi aéreo (cargas e passageiros entre centros da cidade e grandes aeroportos) e internacionais (cargas e passageiros). O transporte aeroviário é o que tem custo mais elevado em relação aos outros modais. Seu custo fixo é alto (aeronaves, manuseio e sistemas de carga), bem como seu custo variável, apresenta alto custo de combustível, mão-de-obra, manutenção, etc.

As vantagens deste modo de transporte são a velocidade, pois é muito ágil, distância alcançada, segurança e redução de custo com estoque. Suas principais desvantagens são o custo de frete, tempos de coleta e entrega, manuseio no solo e dimensões físicas dos porões de transporte dos aviões.

2. Multimodalidade e Intermodalidade

A multimodalidade pode ser definida como a integração entre modais, com o uso de vários equipamentos, como containers.  Já a intermodalidade caracteriza-se pela integração da cadeia de transporte, com o uso de um mesmo container, um único prestador de serviço e documento único. No Brasil utiliza-se a multimodalidade.

De acordo Fleury (2000, p.145), uma das principais barreiras ao conceito da intermodalidade no Brasil diz respeito a sua regulamentação da prática do Operador de Transporte Multimodal (OTM). Com a implantação de um documento único de transporte, alguns estados argumentam que seriam prejudicados na arrecadação do ICMS.

A integração entre modais pode ocorrer entre vários modais: aéreo-rodoviário, ferroviário-rodoviário, aquário-ferroviário, aquário-rodoviário ou ainda mais de dois modais. A utilização de mais de um modal agrega vantagens a cada modal, caracterizados pelo nível de serviço e custo. Combinados, permitem uma entrega porta a porta a um menor custo e um tempo relativamente menor, buscando equilíbrio entre preço e serviço.

Atualmente, uma das principais barreiras para o desenvolvimento da logística no Brasil está relacionado com as enormes deficiências encontradas na infraestrutura de transportes e comunicação.

2.1 Comparativo entre modais

Sabe-se que ao longo do desenvolvimento da humanidade o transporte de mercadorias tem sido utilizado para disponibilizar diversos produtos onde as necessidades existem, facilitando a vidas das pessoas e propiciando maior conforto a sociedade. Este serviço desenvolveu-se sendo necessário adequar-se às diversas exigências do mercado e passou a ter o prazo de entrega e os custos do transporte como fatores considerados de maior importância para o tomador dos serviços.

O transporte é considerado instrumento fundamental para que seja atingido o objetivo logístico, que é o produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível.  Para se escolher o transporte certo para o produto que se deseja entregar, deve-se observar as características operacionais relativas a eles.

De acordo com Fleury (2000, p.130), em relação aos modais, há cinco pontos importantes para se classificar o melhor transporte: velocidade, disponibilidade, confiabilidade, capacidade e frequência:

·         A velocidade é o tempo decorrido da rota, e a melhor opção para agilidade é o transporte aéreo seguido do rodoviário. A disponibilidade é a capacidade de atender as entregas, sendo melhor representado pelo transporte rodoviário, que permite o serviço porta a porta.
·         A confiabilidade trata-se da habilidade de entregar no tempo necessário em condições satisfatórias, sendo novamente o rodoviário o transporte de destaque para este quesito.
·         Quanto à capacidade, é a possibilidade de lidar com qualquer requisito de transporte, como tamanho e tipos de carga, onde o hidroviário é o mais indicado.
·         Por último, a frequência, ela é caracterizada pela quantidade de movimentações programadas, e novamente o que se destaca é o rodoviário.

Considerações finais

Os transportes são parte importante para qualquer empresa, por isso, estão interligados com os demais, para realizar as atividades de escoamento e auxiliar na distribuição dos produtos. Como representam grande parte dos custos das empresas, precisam ser estudados com cautela, seus parâmetros devem ser observados para que as organizações não percam seu lucro no fim da cadeia. Isto é algo que na prática ocorre com frequência, pois parâmetros como peso, fragilidade, dimensão e compatibilidade não são observados e levam a excesso de manuseio, avarias no produto e consequente perda de vendas.

A terceirização das atividades de transportes seja com prestadores de serviços ou operadores logísticos deverá também ser estudada, pois com o aumento das atividades logísticas e sua complexidade crescente devido à competitividade, a empresa terá um número maior de opções de ofertantes deste serviço e precisará estudar a melhor opção para suas atividades e recursos. Caso a empresa possua sua frota própria, ela pode optar pelos operadores baseados em informação, caso contrário, ela não possua essa estrutura deverá optar por operadores baseados em ativos, que ofertarão o serviço e os ativos operacionais necessários.

De acordo com o produto, cliente, prazo, recursos financeiros, a empresa terá que escolher entre as opções de modais, respeitando especificidades de cada um. Ela poderá também integrar estes modais através da Intermodalidade e a Multimodalidade, que são estratégias para a conquista dos objetivos de melhoria das atividades logísticas e de transporte. A infraestrutura oferecida pelos setores público e privado também condicionam o uso dos modais, facilitando ou não sua integração, assim como a legislação e os investimentos para as vias de acesso e escoamento de produção.

Percebe-se que o tema logística e transportes, juntos com a discussão de intermodalidade e multimodalidade formam uma área de conhecimento que promove muitas pesquisas e consultorias. Isso ocorre porque uma empresa não alcança o mercado se não tiver uma logística planejada com um nível de serviço adequado às necessidades do cliente.

Referências Bibliográficas

BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial - Transportes, Administração de Materiais e Distribuição Física. São Paulo: Atlas, 1993.
FLEURY, P.F., FIGUEIREDO, K., WANKE, P. (org.). Logística Empresarial: A Perspectivas Brasileira. Coleção COPPEAD de Administração. São Paulo: Atlas, 2000.

Fonte

Este artigo foi apresentado pelos alunos do 8º semestre do curso de Administração de Empresas do Centro Universitário Eurípedes de Marília - UNIVEM, em novembro de 2016.

Autores

> Janaína Bensdorp
> Vitor Ortolan

16 de novembro de 2016

UTILIZANDO O SISTEMA APS

Estudo de caso em uma Empresa Metalúrgica de Marília

Este artigo tem por objetivo informar o que é, algumas características e como funciona o Sistema APS. Além disso, será apresentada uma situação real da Empresa na aquisição e implementação do Sistema APS, onde observou-se algumas divergências de informações e dificuldades no processo de implantação.

Introdução

O atual contexto que as empresas vivenciam é a crescente exigência dos clientes e o aumento da necessidade de melhoria nos processos internos. As constantes transformações da globalização trazem um mercado meticuloso e preocupado com a qualidade, custos e prazos do produto, tornando as atividades de tomada de decisão mais elaboradas e complexas.

Diante deste cenário, para uma empresa manter – se com uma fatia do mercado é vital que haja uma boa integração entre as áreas produtivas e administrativas, além disso, é preciso adotar sistemas ou ferramentas controladoras do planejamento de produção.

Conforme CORRÊA e GIANESI apud SOUSA (2012) os sistemas de planejamento e controle da produção são essenciais para os processos produtivos, pois mantém ligados os diversos recursos produtivos. Através dos sistemas de planejamento as empresas garantem decisões operacionais sobre o que, quando, quanto produzir e comprar.

Devido a necessidade de satisfazer a manufatura das organizações, sobressai a ferramenta Sistema Avançado de Planejamento (APS – Advanced Planning and Scheduling) que pode trabalhar de forma isolada, além disso,  pode ser integrado a outro sistema, evitando, contudo, a duplicidade de dados cadastrais e a sobreposição conflitante com os diversos sistemas de gestão da organização (FAÉ, ERHART, 2005; ERHART et al, 2007).

Ainda de acordo com FAÉ e ERHART (2007) os sistemas APS são ferramentas especializadas em planejamento e programação avançada de operações que potencializam o trabalho dos gerentes de produção por meio de interfaces sofisticadas com o usuário. Estes sistemas utilizam o conceito de programação com capacidade finita e são capazes de considerar diversas variáveis de um sistema produtivo,necessárias para gerar um plano de produção viável e factível.

“As soluções de programação de produção baseadas em sistemas APS fazem o sequenciamento com capacidade finita e geram programas de produção realistas e altamente confiáveis, porque respeitam a disponibilidade efetiva de recursos produtivos, a existência de restrições operacionais, as condições de demanda e as políticas de atendimento da empresa. ” (CARVALHO, D. s/d)

1.           Sistema APS

O APS é uma ferramenta entre muitas outras que pode ser utilizada para auxiliar na gestão da produção e integração de várias áreas da empresa. Assim, pode-se definir o Sistema APS como:

“As soluções de programação de produção baseadas em sistemas APS, fazem o sequenciamento com capacidade finita e geram programas de produção realistas e altamente confiáveis, porque respeitam a disponibilidade efetiva de recursos produtivos, a existência de restrições operacionais, as condições de demanda e as políticas de atendimento da empresa. Ao programar a ordem das operações produtivas, os sistemas APS consideram, simultaneamente, os turnos de trabalho e a eficiência de máquinas e operadores, a necessidade de ferramentas, os tempos de setup, além de prioridades e datas de entrega prometidas. Estes softwares têm como principais características a rapidez e performance no processamento;  a precisão nas programações geradas; a elevada capacidade de refletir a realidade operacional dos diferentes sistemas de produção e a alta tecnologia com que são desenvolvidos.” (BUONAMICI, V., 2015).

            São softwares de grande eficiência e eficácia se utilizados da maneira correta e com o empenho de todos os envolvidos na implantação e implementação.

Segundo CARVALHO (2015) para realizar o planejamento da produção, o APS deve receber uma série de informações do sistema ERP - Planejamento dos Recursos da Empresa. As principais são:

*Saldo em estoque, Ordens de Compra e Ordens de Produção: para que o APS saiba quais são os materiais e produtos já disponíveis em estoque ou com uma ordem confirmada para sua compra ou fabricação.

*Pedidos de Venda: através dos pedidos o APS sabe quais produtos devem ser entregues, em que data e em que quantidade.

*Itens, Estruturas, Rede-Pert e Roteiros: através dessas informações o APS consegue determinar quais materiais devem ser comprados e fabricados, e qual será a utilização de cada máquina para fabricação dos produtos.

Após o planejamento o APS disponibiliza algumas informações, onde podemos destacar que as mais importantes são:

*Sugestão de Ordens de Compra e Ordens de Produção: essas informações são enviadas ao sistema ERP e disponibilizadas em relatórios ao planejador. São as listas de tudo que precisa ser comprado e produzido em cada data para atender o planejamento. O APS também sugere as ordens que podem ser reprogramadas ou canceladas.

*Reprogramação de Pedidos / Previsões: muitas vezes por falta de material ou de capacidade de produção alguns pedidos não poderão ser entregues na data prevista. O APS gera a listagem das reprogramações dos pedidos para que possam ser renegociados com os clientes.

*Programação e sequenciamento dos recursos: essa informação é de suma importância, pois indica em que sequência os materiais devem ser processados nas máquinas para que as datas de entregas dos pedidos sejam cumpridas.

 *Liberação de matéria-prima: Esse relatório determina a data que cada matéria-prima deve ser liberada para fábrica. Isso evita que sejam liberados materiais apenas para que máquinas não fiquem paradas, o que ocasiona aumento de material em processo e pode atrasar o processamento de outros materiais que a expedição esteja precisando.

2.           Estudo de caso: Utilizando a Ferramenta APS em uma indústria metalúrgica na cidade de MarÍlia

O objetivo principal deste estudo é mostrar o funcionamento e compreender os conceitos de programação e sequenciamento da produção utilizados pelo APS e o fluxo de informações desta ferramenta de planejamento avançado da produção. 

Em nosso estudo de caso chamamos a atenção para as Premissas de Funcionamento do APS, pelo que foi observado, caso não haja a devida atenção e dedicação na fase de implantação e parametrização do sistema, os usuários de qualquer ERP terão problemas, pois o APS não gerará os resultados satisfatórios e será apenas um “MRP de luxo”.

Devido a interesses comerciais da empresa de Software em vender o módulo de planejamento avançado, oferecem o produto sem a devida orientação em relação às exigências dos parâmetros necessários e sem o devido apoio e suporte que auxiliariam no processo de implantação.

Posteriormente, quando viu-se a necessidade de suporte da empresa que vendeu o sistema, altos valores foram cobrados para que esta ajuda fosse concedida.

Por outro lado a Empresa Cliente visando os resultados que a ferramenta pode oferecer não se atentou para os detalhes fundamentais das premissas em questão, adquirindo o modulo dentro do sistema.

Ao perceber os altos custos para toda a parametrização necessária e o elevado tempo de implantação, foram cometidas muitas falhas na intenção de ganhar tempo e reduzir custos, deixando itens fundamentais para serem parametrizados posteriormente.

Para o correto funcionamento do APS é necessário que as informações que irão alimentar o cálculo sejam verídicas e representem a realidade da fábrica com o objetivo de maximizar o retorno de um planejamento correto.Para tal é necessário estar atento às seguintes premissas: acurácia dos estoques, estruturas e processos de fabricação dos itens cadastrados corretamente e Rede Pert consistente (item e ordem de produção), consistência nos cadastros dos recursos secundários, ou seja, somente aqueles que restringem a fabricação, coerência nos cadastros de grupo de máquinas alternativos, apontamentos de produção verídicos, finalizar corretamente as ordens de produção, carteiras de pedidos / previsões compatíveis com a realidade.

Considerações Finais

Com todas as informações a que se teve acesso para realização deste trabalho, pode-se dizer que o APS visa suportar os processos de planejamento dentro de uma visão mais integrada e baseada em fatos e análises, sendo um programa bastante detalhado em função dos objetivos de produção, tornando-se assim, uma ferramenta extremamente eficiente e eficaz para as empresas. Porém, para que se obtenham os resultados prometidos e esperados, faz-se necessário um estudo e análise prévia na empresa onde as condições mínimas exigidas pelo sistema são compatíveis com as oferecidas pela empresa.

Com os relatos da experiência que observamos na empresa de metalurgia citada, podemos concluir que o Módulo de Planejamento Avançado no sistema ERP se tornará uma ferramenta fundamental e um pré-requisito para as organizações se manterem competitivas no mercado, pois além dos lucros o módulo traz uma maior confiabilidade nas tomadas de decisão. Porém, é possível observar que para tal é necessário que se esteja ciente de todas as condições necessárias para a implantação, dado que sem as informações devidamente cadastradas, parametrizadas, testadas e implantadas, não há como adquirir o Módulo de Planejamento Avançado – APS em seu ERP, pois não irá funcionar.

Referências Bibliográficas

BUONAMICI, V..O que é APS – Advanced Planning and Scheduling Systems.2015. Disponível em: <http://www.ppi-multitask.com.br/o-que-e-aps-advanced-planning-and-scheduling-systems>. Acesso em: 05 Nov 2016.

CARVALHO, D. O que é APS (Advanced Planning andScheduling).TECMARAN. Disponível em:<http://www.tecmaran.com.br/o-que-e-um-software-aps/>Acesso em: 04 Nov 2016

DINI, A..Sistema Avançado de Planejamento e Programação da Produção: Uma aplicação na indústria de automação bancária. Universidade Federal Rio Grande do Sul. Monografia. Porto Alegre, 2008.

EHRART, A.; FAÉ, C.; MENESES, G. Sistemas avançados de planejamento da produção: uma aplicação na indústria moveleira. In: SIMPÓSIO DE ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO, LOGÍSTICA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS, 10, 2007, São Paulo. Arquivo SIMPOI. São Paulo, FGV, 2007.

MRP. Disponível em: <https://www.totvs.com/mktfiles/tdiportais/helponlineprotheus/portuguese/mata710_mrp.htm>. Acesso em: 05 Nov 2016.

PRODUÇÃO. Disponível em: <https://www.totvs.com/mktfiles/tdiportais/helponlineprotheus/portuguese/sigaest_producao.htm>. Acesso em: 05 Nov 2016.

SOUSA, T. B. Referencial Teórico Sobre Sistemas APS: Um ponto de partida para futuras pesquisas. XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO. Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

ZAGO, C. F. Implantação de Sistemas Avançados de Planejamento (APS): Um estudo de caso na indústria de laticínios. Dissertação, Mestre. São Paulo, 2013. MARTINS, D. S. APS (Advanced Planning &Scheduling) – A utilização do sistema de capacidade finita como diferencial competitivo / Danilo Sena Martins; orientador: Geraldo Cesar Meneghello. Marília, SP: [s.n.], 2013. 76 f.

FONTE

Este artigo foi apresentado pelos alunos do 8º semestre do curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário Eurípedes de Marília - UNIVEM, em novembro de 2016.

AUTORES

> Arivaldo Silvério         
> Fabiana Martins         
> Guilherme Zorzenone
> Janaína Nogueira      
> Juliana Jeronymo        

18 de julho de 2016

OLIMPÍADAS 2016 EXIGEM PLANEJAMENTO LOGÍSTICO NO RIO

DHL está se preparando para adequar a movimentação de cargas aos desafios do grande evento

Para os Jogos Olímpicos 2016, o Rio de Janeiro espera 10 mil atletas e milhares de visitantes. O aumento de fluxo na cidade representa grandes desafios logísticos, não apenas relativos às atividades desportivas e cerimônias oficiais em si, mas também relativas à cadeia de suprimentos da cidade sede de forma geral.
A fim de não ter a sua operação comprometida, as empresas devem se preparar com antecedência, planejando estratégias e soluções para enfrentar o período com a manutenção dos níveis de serviço. De acordo com Alexandre Castro, gerente geral de Operações da DHL Supply Chain Brasil para um dos fornecedores do evento deste ano, “este período é caracterizado por uma grande movimentação de pessoas e mercadorias e uma série de restrições à circulação de veículos na cidade sede. Desta forma, mesmo as empresas e áreas da cidade não diretamente ligadas ao evento podem ser impactadas. Logo, são necessárias ações especiais para que as cadeias de suprimentos continuem fluindo de forma adequada”.
O primeiro grande desafio no período, certamente, é o crescimento da circulação de mercadorias em caráter transitório. Para isso, algumas das medidas que estão sendo aplicadas são a utilização de Centros de Distribuição e Hubs temporários, localizados no Rio de Janeiro e cidades próximas. Muitos operadores, por sua vez, reservam com antecedência espaço em voos, navios (nacionais e internacionais) e fretes terrestres.
“Reforço e treinamentos das equipes envolvidas, a busca de soluções alternativas e desenvolvimento de novos canais de distribuição também são muito importantes. Em Londres, houve casos em que o transporte estava disponível, mas não havia área para o desembarque”, ressalta Alexandre Castro.
Outra questão importante são as restrições à circulação de veículos. Muitas ruas são parcial ou totalmente fechadas e por longos períodos. A região do evento deve ser a mais afetada, mas a circulação na Zona Sul do Rio de Janeiro como um todo será dificultada. “Temos o mapa das ruas que serão fechadas ou outras alterações no trânsito. De qualquer forma, temos que acompanhar de perto esta questão, alterando rotas e horários de entrega. A utilização de veículos de transporte mais leves, como VUCs e motos pode ser também uma alternativa”, explica o gerente da DHL Supply Chain Brasil.
Fonte: Site Guia Marítimo,

http://www.guiamaritimo.com.br

19 de janeiro de 2016

PREFEITURA DE MARÍLIA INICIA PROJETO PARA IMPLANTAR PARQUE TECNOLÓGICO

O Parque Tecnológico congrega as principais empresas dos segmentos de alimentação, metalurgia, eletroeletrônica e tecnologia da informação

O Centro de Inovação Tecnológica e a Incubadora de Empresas de Marília foram credenciados à Rede Paulista de Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica (Rpitec), últimos dois requisitos que faltavam para o município solicitar a implantação do Parque Tecnológico.

O Parque Tecnológico congrega as principais empresas dos segmentos de alimentação, metalurgia, eletroeletrônica e tecnologia da informação. É um complexo de desenvolvimento econômico e tecnológico que visa fomentar economias baseadas no conhecimento por meio da integração da pesquisa científica e tecnológica. Várias instituições de ensino podem participar da pesquisa.

O projeto para a implantação do Parque, desenvolvido pela Prefeitura em parceria com o Univem (Centro Universitário Eurípedes de Marília), será encaminhado ao governo do Estado no início deste ano.

Além do credenciamento junto à Rpitec, outros dois requisitos são necessários. Marília atende a todos. A cidade tem lei de incentivo fiscal – o prefeito sancionou lei que reduz a alíquota de ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) de 5% para 2% -; área compatível para a implantação do parque, que está localizada em Lácio, onde também será construído o IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) e a Fatec (Faculdade de tecnologia).

De acordo com o prefeito, a vinda do Parque Tecnológico para a cidade vai fomentar a economia local e atrair mais indústrias para o município. “Marília vai atrair mais investidores e se destacar na região como polo tecnológico. Já estamos com a agenda de janeiro cheia para resolver questões referentes ao parque”, afirma o chefe do executivo.

O Parque Tecnológico recebe verbas do governo do estado de São Paulo, mas é gerido pela prefeitura. Em breve, Marília vai disponibilizar no site, o Portal da Inovação, que oferece informações sobre a cidade para empresários que querem consolidar uma indústria no município, ou jovens entusiastas que têm ideias de startups.


Por FABIELE FORTALEZA para o Jornal Diário de Marília.