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24 de março de 2013

SUPERSAFRA DE GRÃOS CONGESTIONA PORTO DE SANTOS


Muito se tem falado sobre a falta de infraestrutura logística no Brasil. A saturação das estradas e portos fará com que os exportadores brasileiros percam bilhões de dólares. Na costa de Santos, dezenas de navios aguardam dias para atracar, ao custo de 25 mil dólares por dia cada um. A rodovia de acesso ao porto recebe, aproximadamente, 4.500 caminhões por dia e nesta última semana o congestionamento chegou a mais de 30 quilômetros.

Os exportadores brasileiros conseguiram, com muito esforço, igualar o custo de produção da soja com a dos produtores norte americanos, só que estes gastam muito menos com transporte para escoar sua produção e por tanto lucram mais. Não basta apenas ganhar produtividade no campo se não houver um trabalho sério para resolver os gargalos logísticos.

O texto a seguir, apresenta um resumo das notícias sobre o assunto veiculadas na imprensa durante esta semana e que nos leva a refletir sobre os problemas logísticos do país. Entra ano e sai ano, mudam-se os partidos políticos no poder e os problemas são sempre os mesmos. Até quando conviveremos com esta ineficiência?

Boa leitura!

Prof. Geraldo Cesar Meneghello

O escoamento da supersafra de grãos do país já causa problemas de congestionamento no Porto de Santos. Filas de caminhões ocupam grande parte das vias no entorno do terminal. A situação também é crítica nas rodovias que levam ao porto.

De acordo com a Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta Imigrantes, os congestionamentos na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, principal via de ligação portuária para chegar à margem esquerda do terminal, tem apresentado congestionamentos constantes, na média de 20 quilômetros.

“Há um estrangulamento da movimentação de carga já há bastante tempo porque o porto não consegue dar vazão [demanda], e isso tem gerado o cancelamento de alguns contratos”, disse o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso [Aprosoja], Ricardo Tomczyk.

Segundo o líder rural, a atual safra é 10% maior do que a anterior, devendo atingir entre 23 a 24 milhões de toneladas, sendo que em torno de 60% são para a exportação. Ele não enxerga uma solução no curto prazo e acredita que novos problemas de saturação ocorram na colheita do milho, no segundo semestre.

O presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, justificou o fato de o porto ficar lotado de caminhões, em razão da supersafra de milho, das chuvas e do atraso na colheita da soja, somando aos entraves nas vias terrestres. Segundo ele, o tempo de atracação dos navios e dos embarques tem demorado 30 dias que implica perda, no caso da soja, de US$ 98 por tonelada.

Por causa dos congestionamentos no entorno do Porto de Santos, o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) tem feito reuniões extraordinárias para discutir o problema com os vários segmentos envolvidos a fim de adotar medidas que amenizem os efeitos.
“Estamos tentando equacionar um momento muito complexo por causa do aumento de grãos e a carência de infraestrutura nas vias terrestres. Problemas que afetam não só o sistema portuário como a vida da população na Baixada Santista”, declarou o presidente do CAP de Santos, Bechara Abdalla Pestana Neves.

Ele informou que entre as medidas que serão adotadas está a exigência de cumprimento de regras na movimentação de caminhões e contêineres, a partir das 8 horas deste domingo (24). Os veículos só poderão chegar ao terminal sob o agendamento programado. Caberá à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) fazer a fiscalização.

Fonte Agência Brasil

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