É comum no ambiente corporativo a
falta de comunicação entre as diversas áreas da empresa. Os motivos? Os mais variados
possíveis! Mas todos, sem exceção, têm origem psicológica, técnica ou física. Estudar,
fazer cursos específicos e principalmente estar disposto a mudar é a melhor
maneira de se comunicar mais e melhor.
No mundo moderno, há necessidade das
pessoas se comunicarem a todo o momento, seja em família – Mulher e filhos, no
trabalho – Colegas e funcionários, na escola – Alunos e professores, entre
outros. A coisa se complica um pouco mais se você for um líder, pois as
diretrizes do trabalho têm que ser dadas de forma clara e objetiva, o feedback
nesta situação é fundamental para ter certeza do entendimento.
Convido os leitores a conhecerem o artigo
abaixo, publicado no site do Instituto
Passadori, especializado em educação corporativa, desta forma é possível entender um pouco mais sobre o tema que tem incomodando executivos de empresas brasileiras e multinacionais ao redor do mundo.
Boa leitura
Prof. Geraldo Cesar Meneghello
Apesar de tanto esforço em admitir e reter profissionais
cada vez mais bem preparados, na prática observamos muitas dificuldades nas
mais diversas atividades, que envolvem diretamente a comunicação verbal, como: vendas
perdidas, negociações mal sucedidas, treinamentos ineficientes, discursos
sonolentos e mal elaborados, causando desperdício de tempo em discussões
desnecessárias, boicotes, brigas e desentendimentos.
Antes de falar sobre esses problemas, destaco uma
premissa básica no processo da comunicação que é a seguinte: a comunicação não
é o que falamos, mas o que é percebido e decodificado pelas outras pessoas.
Somos observadores o tempo todo, por isso julgamos, avaliamos,
rotulamos tudo o que acontece. Fazemos comparações com a nossa escala de
valores e com o que nos é conhecido. Das
diversas ocorrências tiramos nossas conclusões, gostamos ou detestamos, algumas
pessoas nos são agradáveis, outras desagradáveis e assim por diante.
Por essa razão, se desejamos de fato, nos comunicar, precisamos
exercitar a arte da empatia, que é a capacidade de nos colocarmos no lugar do
outro, entendermos o seu estado de espírito, seu momento psicológico, seu nível
cultural, suas crenças, seus apelos emocionais.
Apresentarei de maneira resumida, os problemas mais
comuns vinculados à comunicação, para que você reflita sobre eles e faça uma
boa autoanálise.
Para facilitar seu trabalho, os problemas foram
subdivididos em três blocos distintos: psicológicos, físicos e técnicos.
1 - Psicológicos:
Medo – Medo de tudo, de ser mal sucedido, de errar, de
não ser compreendido, de falhar, de não conseguir dar o recado, de denegrir a
própria imagem, de dar a dor de barriga que você teve há 10 anos, enfim, muitos
medos. O mais curioso se analisarmos bem, é que não vamos encontrar muitas
razões para esses medos, pois na maioria não são reais. O principal medo, no
entanto, que pode ser uma síntese de todos esses, é o “medo de falar em
público”.
Excesso de preocupação – Algumas pessoas são
preocupadas demais. Existe um lado positivo na preocupação relacionado, ao
planejamento, à preparação, à organização do que se vai realizar. Só que existe
uma voz interior e se não soubermos controlá-la, provavelmente nos perderemos. Essa
voz pode perguntar: e se eu falhar? E se perguntarem algo que eu não sei? E se
entrar o diretor enquanto eu estiver falando?
O interessante é que as respostas a essas perguntas
tendem a ser negativas, gerando um pessimismo e neutralizando as forças de
energia positiva e de entusiasmo. Com isso as resistências da pessoa são
minadas, gerando uma grande possibilidade de fracasso.
Baixa autoestima - Há um pensamento muito famoso, atribuído
por Henri Ford, que diz: “Se você acha que pode ou se acha que não pode, em
ambos os casos você está certo”. Em outras palavras, se você acredita no
sucesso do seu esforço ou se acredita no insucesso, de qualquer forma sua visão
está correta.
Podemos optar em sermos otimistas ou em sermos
pessimistas e a escolha dessa atitude diante da vida ou das situações, pode ser
treinada e desenvolvida.
A natureza, em sua complexidade e, ao mesmo tempo
simplicidade, nos dá uma grande lição quando nos mostra que colhemos aquilo que
plantamos, ou seja, um pessimista irá falar mal de si mesmo, denegrindo a
própria imagem, evidenciando a sua impotência e a sua incapacidade. Por outro
lado, uma pessoa de bem com a vida e consigo mesma, entusiasta e otimista, irá
irradiar uma energia positiva e atrairá para si aquilo que plantou, isto é, estímulos
positivos, energia boa, pessoas que funcionam nessa mesma faixa de frequência.
2 - Físicos:
Voz fraca – Volume baixo, em que a voz é quase
inaudível.
Linearidade – A fala mantém um tom monocórdio, gerando
sonolência e desatenção das pessoas.
Dicção ruim – Dificuldade de pronúncia, na qual os
sons não são claros e a compreensão fica prejudicada.
Velocidade excessiva – A pessoa atropela as palavras,
além de dificultar o entendimento das ideias.
Velocidade lenta – Talvez pior ainda do que a
velocidade acelerada. Ficamos impacientes, querendo ajudar a pessoa que está
falando, também gerando desinteresse.
Ausência de teatralização – A pessoa que fala nada
expressa além do conteúdo e sabemos, que tão ou mais importante, do que o
conteúdo é a forma de falar. Um bom exemplo disso é a pessoa falando algo
alegre com uma voz triste ou melancólica.
Nasalação – Os sons são excessivamente anasalados, tornando
feia a fala.
Ausência de pausas – As pausas servem para facilitar
a compreensão do ouvinte, dar beleza estética e também, para que o apresentador
possa melhor concatenar as suas ideias. A ausência de pausas torna a fala
inadequada e distrai a atenção dos ouvintes.
Ausência de gestos – Algumas pessoas colocam as mãos
atrás ou na frente do corpo ou ainda na cintura (tipo açucareiro), cruzam os
braços ou enfiam as mãos nos bolsos e não fazem gestos. Uma gesticulação
adequada reforça o conteúdo da fala.
Postura inadequada – Pensando na posição dos pés, podemos
fazer uma analogia com o relógio. Existe a posição “quinze para o meio dia”, “Meio
dia e quinze” e “dez para as duas”. São inadequadas, desviam a atenção dos
ouvintes e geram certa deselegância.
Olhar perdido – Há aqueles que olham para cima ou
para baixo ou apenas para algumas pessoas. O ideal é que se olhe nos olhos das
pessoas, envolvendo-as plenamente.
Aparência deselegante – Um toque de classe, de
sensibilidade, de bom senso e de bom gosto nunca é demais. Só que algumas
pessoas exageram no contrário, ou seja, são relaxadas mesmo, desde uma roupa
suja ou um sapato sem graxa e mal cuidado até desleixo em detalhes de asseio e
aparência corporal.
3 - Técnicos:
Desorganização de ideias – Toda apresentação deve ter
uma estrutura, ou seja, um objetivo, um começo, um meio e um fim. Há pessoas
que começam pelo meio, terminam pelo começo e desenvolvem aquilo que deveriam
deixar para o final. É necessário aprender e desenvolver apresentações
estruturadas e organizadas.
Vícios de linguagem – Excesso de “nés”, “tás”, “certos”,
“percebes”, “aaaa..”
“eee...”. A audiência fica contando quantos desses
vícios ocorreram e deixam de prestar atenção no conteúdo da fala.
Dificuldade de vocabulário – É até comum a pessoa
querer dizer alguma coisa, ela tem a idéia na cabeça, mas não consegue
encontrar rapidamente a palavra para externar esse pensamento.
Inadequação no uso de Recursos Audiovisuais –
Transparências ou lâminas excessivamente carregadas, muitas informações de uma
só vez, cores e contrastes de mau gosto, ilegibilidade, falta de clareza ou
adequação em relação ao conteúdo.
Em síntese, essas são as dificuldades mais comuns que
temos observado em sala de treinamento. Além dessas, inúmeros outros pequenos
problemas, desde prolixidade, excessiva objetividade, postura arrogante ou
prepotente ou, ao contrário, humilde demais.
O que julgo importante ao fazer uma análise sobre os
problemas de comunicação, é que a parte mais difícil é justamente a descoberta
desses problemas, pois a solução é relativamente simples, dependendo apenas de
destreza experimental e orientação adequada.
Descubra, portanto, quais são as suas dificuldades de
comunicação, invista na sua solução e esteja certo de que sua vida será bem
melhor.
Fonte: Instituto Passadori – Educação Corporativa
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