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17 de março de 2014

PROBLEMAS MAIS COMUNS DE COMUNICAÇÃO

É comum no ambiente corporativo a falta de comunicação entre as diversas áreas da empresa. Os motivos? Os mais variados possíveis! Mas todos, sem exceção, têm origem psicológica, técnica ou física. Estudar, fazer cursos específicos e principalmente estar disposto a mudar é a melhor maneira de se comunicar mais e melhor.


No mundo moderno, há necessidade das pessoas se comunicarem a todo o momento, seja em família – Mulher e filhos, no trabalho – Colegas e funcionários, na escola – Alunos e professores, entre outros. A coisa se complica um pouco mais se você for um líder, pois as diretrizes do trabalho têm que ser dadas de forma clara e objetiva, o feedback nesta situação é fundamental para ter certeza do entendimento.

Convido os leitores a conhecerem o artigo abaixo, publicado no site do Instituto Passadori, especializado em educação corporativa, desta forma é possível entender um pouco mais sobre o tema que tem incomodando executivos de empresas brasileiras e multinacionais ao redor do mundo.

Boa leitura

Prof. Geraldo Cesar Meneghello

Apesar de tanto esforço em admitir e reter profissionais cada vez mais bem preparados, na prática observamos muitas dificuldades nas mais diversas atividades, que envolvem diretamente a comunicação verbal, como: vendas perdidas, negociações mal sucedidas, treinamentos ineficientes, discursos sonolentos e mal elaborados, causando desperdício de tempo em discussões desnecessárias, boicotes, brigas e desentendimentos.

Antes de falar sobre esses problemas, destaco uma premissa básica no processo da comunicação que é a seguinte: a comunicação não é o que falamos, mas o que é percebido e decodificado pelas outras pessoas.

Somos observadores o tempo todo, por isso julgamos, avaliamos, rotulamos tudo o que acontece. Fazemos comparações com a nossa escala de valores e com o que nos é conhecido.  Das diversas ocorrências tiramos nossas conclusões, gostamos ou detestamos, algumas pessoas nos são agradáveis, outras desagradáveis e assim por diante.

Por essa razão, se desejamos de fato, nos comunicar, precisamos exercitar a arte da empatia, que é a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, entendermos o seu estado de espírito, seu momento psicológico, seu nível cultural, suas crenças, seus apelos emocionais.

Apresentarei de maneira resumida, os problemas mais comuns vinculados à comunicação, para que você reflita sobre eles e faça uma boa autoanálise.

Para facilitar seu trabalho, os problemas foram subdivididos em três blocos distintos: psicológicos, físicos e técnicos.

1 - Psicológicos:

Medo – Medo de tudo, de ser mal sucedido, de errar, de não ser compreendido, de falhar, de não conseguir dar o recado, de denegrir a própria imagem, de dar a dor de barriga que você teve há 10 anos, enfim, muitos medos. O mais curioso se analisarmos bem, é que não vamos encontrar muitas razões para esses medos, pois na maioria não são reais. O principal medo, no entanto, que pode ser uma síntese de todos esses, é o “medo de falar em público”.

Excesso de preocupação – Algumas pessoas são preocupadas demais. Existe um lado positivo na preocupação relacionado, ao planejamento, à preparação, à organização do que se vai realizar. Só que existe uma voz interior e se não soubermos controlá-la, provavelmente nos perderemos. Essa voz pode perguntar: e se eu falhar? E se perguntarem algo que eu não sei? E se entrar o diretor enquanto eu estiver falando?

O interessante é que as respostas a essas perguntas tendem a ser negativas, gerando um pessimismo e neutralizando as forças de energia positiva e de entusiasmo. Com isso as resistências da pessoa são minadas, gerando uma grande possibilidade de fracasso.

Baixa autoestima - Há um pensamento muito famoso, atribuído por Henri Ford, que diz: “Se você acha que pode ou se acha que não pode, em ambos os casos você está certo”. Em outras palavras, se você acredita no sucesso do seu esforço ou se acredita no insucesso, de qualquer forma sua visão está correta.

Podemos optar em sermos otimistas ou em sermos pessimistas e a escolha dessa atitude diante da vida ou das situações, pode ser treinada e desenvolvida.

A natureza, em sua complexidade e, ao mesmo tempo simplicidade, nos dá uma grande lição quando nos mostra que colhemos aquilo que plantamos, ou seja, um pessimista irá falar mal de si mesmo, denegrindo a própria imagem, evidenciando a sua impotência e a sua incapacidade. Por outro lado, uma pessoa de bem com a vida e consigo mesma, entusiasta e otimista, irá irradiar uma energia positiva e atrairá para si aquilo que plantou, isto é, estímulos positivos, energia boa, pessoas que funcionam nessa mesma faixa de frequência.

2 - Físicos:

Voz fraca – Volume baixo, em que a voz é quase inaudível.

Linearidade – A fala mantém um tom monocórdio, gerando sonolência e desatenção das pessoas.

Dicção ruim – Dificuldade de pronúncia, na qual os sons não são claros e a compreensão fica prejudicada.

Velocidade excessiva – A pessoa atropela as palavras, além de dificultar o entendimento das ideias.

Velocidade lenta – Talvez pior ainda do que a velocidade acelerada. Ficamos impacientes, querendo ajudar a pessoa que está falando, também gerando desinteresse.

Ausência de teatralização – A pessoa que fala nada expressa além do conteúdo e sabemos, que tão ou mais importante, do que o conteúdo é a forma de falar. Um bom exemplo disso é a pessoa falando algo alegre com uma voz triste ou melancólica.

Nasalação – Os sons são excessivamente anasalados, tornando feia a fala.

Ausência de pausas – As pausas servem para facilitar a compreensão do ouvinte, dar beleza estética e também, para que o apresentador possa melhor concatenar as suas ideias. A ausência de pausas torna a fala inadequada e distrai a atenção dos ouvintes.

Ausência de gestos – Algumas pessoas colocam as mãos atrás ou na frente do corpo ou ainda na cintura (tipo açucareiro), cruzam os braços ou enfiam as mãos nos bolsos e não fazem gestos. Uma gesticulação adequada reforça o conteúdo da fala.

Postura inadequada – Pensando na posição dos pés, podemos fazer uma analogia com o relógio. Existe a posição “quinze para o meio dia”, “Meio dia e quinze” e “dez para as duas”. São inadequadas, desviam a atenção dos ouvintes e geram certa deselegância.

Olhar perdido – Há aqueles que olham para cima ou para baixo ou apenas para algumas pessoas. O ideal é que se olhe nos olhos das pessoas, envolvendo-as plenamente.

Aparência deselegante – Um toque de classe, de sensibilidade, de bom senso e de bom gosto nunca é demais. Só que algumas pessoas exageram no contrário, ou seja, são relaxadas mesmo, desde uma roupa suja ou um sapato sem graxa e mal cuidado até desleixo em detalhes de asseio e aparência corporal.

3 - Técnicos:

Desorganização de ideias – Toda apresentação deve ter uma estrutura, ou seja, um objetivo, um começo, um meio e um fim. Há pessoas que começam pelo meio, terminam pelo começo e desenvolvem aquilo que deveriam deixar para o final. É necessário aprender e desenvolver apresentações estruturadas e organizadas.

Vícios de linguagem – Excesso de “nés”, “tás”, “certos”, “percebes”, “aaaa..”
“eee...”. A audiência fica contando quantos desses vícios ocorreram e deixam de prestar atenção no conteúdo da fala.

Dificuldade de vocabulário – É até comum a pessoa querer dizer alguma coisa, ela tem a idéia na cabeça, mas não consegue encontrar rapidamente a palavra para externar esse pensamento.

Inadequação no uso de Recursos Audiovisuais – Transparências ou lâminas excessivamente carregadas, muitas informações de uma só vez, cores e contrastes de mau gosto, ilegibilidade, falta de clareza ou adequação em relação ao conteúdo.

Em síntese, essas são as dificuldades mais comuns que temos observado em sala de treinamento. Além dessas, inúmeros outros pequenos problemas, desde prolixidade, excessiva objetividade, postura arrogante ou prepotente ou, ao contrário, humilde demais.

O que julgo importante ao fazer uma análise sobre os problemas de comunicação, é que a parte mais difícil é justamente a descoberta desses problemas, pois a solução é relativamente simples, dependendo apenas de destreza experimental e orientação adequada.

Descubra, portanto, quais são as suas dificuldades de comunicação, invista na sua solução e esteja certo de que sua vida será bem melhor.


Fonte: Instituto Passadori – Educação Corporativa

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