Como os aliados mais fracos, mais uma vez o setor parece pronto para
crescer rapidamente. Aqui estão às tendências para observar como os prestadores
se dirigem até essa prosperidade tão prometida.
O mercado criará a logística de terceira parte de tudo o que você
precisa por meio das parcerias.
As cadeias de abastecimento global exigem ampla experiência em muitas
áreas, tanto que nenhuma empresa poderia jamais oferecer todas as soluções. Mas
os clientes gostam da idéia de usar um único provedor. Isso significa uma
interface com computador, um ponto de contato, um contrato, uma conta, etc.
Portanto, os operadores logísticos formarão parcerias com outros operadores
logísticos, com empresas de tecnologia e com outros fornecedores para servirem
toda cadeia de abastecimento de um cliente. Um operador logístico, o
“integrador líder” da cadeia de abastecimento, supervisionará os outros
fornecedores e agirá como o único ponto de contato.
1. Os operadores logísticos se tornarão mais lucrativos
Os terceiros melhoram sua lucratividade por meio de controles mais
rígidos do custo interno e melhor uso da tecnologia. Ao mesmo tempo, os
clientes estão mostrando uma disposição para pagar mais quando os operadores
logísticos agregam mais valor a suas operações da cadeia de abastecimento.
Os terceiros agregarão este valor com soluções sofisticadas e integradas da cadeia de abastecimento. Estas soluções virão das parcerias (conforme mencionado) e oportunidades globais.
Algumas empresas mantêm a lucratividade tornando-se mais seletivas na
escolha de novos negócios. O cliente está num período de redução de custo total
e está encarando seriamente a terceirização. É irônico que algumas empresas
desejam ver as contas de seus fornecedores para ter certeza que são lucrativos,
mas depois tentam negociar contratos que não são lucrativos.
2. Novos clientes criam redes maiores e mais eficientes para os
operadores logísticos
Estas redes incluem as áreas de transporte, armazenagem e informação.
Por exemplo, muitos operadores logísticos podem executar seu software de
otimização da carga com o frete de múltiplos clientes. Portanto, a carga do
cliente A e a carga do cliente B podem ser consolidadas em um único veículo e
economizar dinheiro para ambas as empresas. Quanto mais clientes uma operadora
logística encontra com necessidades geográficas similares, maior a
oportunidade.
3. Os embarcadores dependerão de operadores logísticos para utilizar
tecnologia da informação
No campo da tecnologia da informação (TI) e comunicação, os sistemas
podem se tornar desatualizados no momento em que são implementados. Em vez de
TI internas, muitos gerentes dependerão de operadores logísticos para fornecer
parte, ou todo, o sistema logístico.
Os terceiros devem manter a flexibilidade para fornecer soluções
customizadas a seus clientes, e deve-se julgar um operador logístico não apenas
por quão bem ele usa seus sistemas, mas também por quão rapidamente pode
implementar um sistema nas operações de um cliente.
Os clientes também observarão os operadores logísticos para avaliar os
sistemas. Quão bom é o último otimizador se este não ajuda o cliente a executar
um trabalho melhor? A tecnologia deve oferecer melhor visibilidade do
inventário para que o trabalho seja melhor executado. Ele deverá melhorar os
ciclos de caixa a caixa e erradicar obstáculos que existem nas organizações dos
clientes.
4. Os operadores logísticos estão procurando bons profissionais de
logística
Não é fácil encontrar pessoas que sejam capazes de analisar e depois otimizar
as redes logísticas e cadeias de abastecimento. Uma vez encontrados pelas
empresas, se comprometem com projetos que duram vários meses. Como os
operadores logísticos trabalham com mais de um projeto por vez, eles exigem
mais destes talentosos indivíduos.
Existem soluções, como por exemplo, pessoal militar aposentado. Os
logísticos passam 25 anos fazendo nada além de administração da cadeia de
abastecimento. Eles também trazem experiência comercial e tecnologia
relacionada.
As empresas logísticas mais antigas podem treinar os funcionários em
várias disciplinas conforme avançam na empresa.
Considere o impacto da cadeia de abastecimento sobre a propriedade do
estoque e giro de capital, e você entenderá por que as empresas estão dispostas
a compartilhar ganhos com seus provedores de logística. Você também perceberá
porque os clientes desejam que seus fornecedores assumam riscos.
A realidade é que, quando um operador logístico assume uma cadeia de
abastecimento ele é responsável pelas vendas de seus clientes e fluxo de
negócios. O que acontece se um terceiro falha? Se não alcançar mínimos
resultados projetados, perde lucratividade, não os custos, num dado projeto.
Certos projetos funcionam melhor com uma abordagem do tipo participação
nos ganhos ou riscos. Quase sempre existirá uma combinação de participação nos
ganhos ou riscos quando assumimos uma rede logística existente, pois nosso
desempenho será medido em relação àquele da rede anterior. Mas se o cliente
cria uma nova rede ou processo comercial, então não existem meios de pensar
comparativamente. A participação nos ganhos requer bons “benchmarks”.
5. O Relacionamento cliente vs. operador logístico mais tempo
Quanto mais longo o relacionamento, melhor um terceiro pode entender e
melhorar as operações de um cliente. Um relacionamento mais longo nem sempre
produzirá custos proporcionalmente mais baixos. Se você executar um trabalho
efetivo, chegará o momento de diminuir os retornos. Assim, é preciso chegar a
uma idéia de impacto, talvez na confiabilidade de serviço, ou talvez em mais
algum lugar na empresa do cliente.
Pequenos contratos freqüentemente levam a relacionamentos logísticos
mais amplos voltados ao prestador. Muitos relacionamentos de terceira parte
começam quando os clientes terceirizam uma pequena parte da cadeia de
abastecimento. Por exemplo, contratados para implementar controles de custo de
transporte. Quando isso é realizado, leva a perguntas de estoque: podemos
reduzir os custos de estoques expedindo diretamente? Qual é o custo de frete
aéreo vs custos de manutenção do estoque? É função do operador logístico
descobrir essas oportunidades.
Conforme estas oportunidades são exploradas, os papéis mudam e o cliente
espera o operador logístico para colocar na mesa sua visão da excelência
logística.
Isso se chama “logística voltada ao prestador”, a qual levará a novos
níveis de desempenho e controle de custo. As empresas que reduziram a gerência
intermediária realmente não possuem os recursos internos para conduzir a
logística para o próximo nível.
6. Os operadores logísticos não se tornarão consultores (mas poderão
cobrar taxas de serviço)
Antes de um terceiro ter um contrato, ele gasta meses analisando as
operações logísticas do possível cliente. O operador logístico fará
recomendações e fornecerá relatórios detalhados para o cliente. Em resumo: o
operador logístico assume o papel de consultor, menos as despesas.
Observadores dizem que como os operadores logísticos procuram meios de melhorar sua lucratividade, a análise gratuita poderia acabar.
Perda de controle ainda é um assunto para as empresas que avaliam o
potencial de uso dos operadores logísticos, mas não para os clientes de
operadores logísticos. Corporações e indivíduos que não tentaram a rota da
terceira parte freqüentemente citam o receio de perder o controle sobre suas
operações logísticas. Contudo, os clientes de operadores logísticos raramente
expressam essa reclamação.
Os clientes que passam por esse exercício lhe dirão que adquiriram
controle. Eles têm uma melhor condução sobre seus sistemas e indicadores do que
tinham no passado. Freqüentemente, as empresas possuem indicadores que diferem
de unidade para unidade ou de linha de produto para linha de produto. Os
terceiros são capazes de padronizar isso por toda cadeia de abastecimento. E isso
permite que as empresas tomem decisões melhores.
Por Reinaldo Moura fundador e diretor do Grupo IMAM, composto
pelo Instituto IMAM, IMAM Consultoria e IMAM Feiras e Comércio
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