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10 de abril de 2012

O PORTO DE ROTTERDAM CHEGA AO BRASIL E, COM BILHÕES EM INVESTIMENTOS, CRIARÁ NOVAS VAGAS DE EMPREGO

Porto de Rotterdam - Holanda 3º maior porto do mundo
 em tonelagem movimentada.
O Porto de Rotterdam é o terceiro  maior porto do mundo  em tonelagem movimentada e o principal do velho continente (Europa), está situado nos Países Baixos (Holanda). É o maior porto do mundo em extensão e atende todos os modais de transporte.

O porto de Rotterdam é o mais importante da Europa. Existe desde o século 14 (mais especificamente, desde 1328), quando ainda era um pequeno porto para pesca situado no rio Rotte. Todavia, desenvolveu-se extraordinariamente a partir do século XIX, quando foi aberta uma conexão com o Mar do Norte, chamada de Nieuwe Waterweg, estabelecendo um importante canal de comunicação com a pujante e potente indústria alemã.

Todos os anos, cerca de 300 milhões de toneladas de mercadorias são por ali transportadas.  A área portuária e industrial cobre cerca de 10.500 hectares. Em torno de 30.000 navios/ano (82,2/dia) deixam o porto e 130.000 (356/dia) têm lá seu ponto de destino.

Rotterdam faz parte de 500 linhas de tráfego de navios, que se conectam com cerca de outros mil portos. O porto também é o principal ponto para transporte de óleo, produtos químicos, contêineres, aço, carbono, comida e metais da Europa.

O calado do porto permite que os navios carreguem até 350 mil toneladas . Os maiores contêineres pesam em torno de sete mil toneladas e as vezes até mais. Em função desse intenso comércio de mercadorias, que vem e vão de muitas partes do mundo para esse centro de referência da Europa, é ali que se localizam as principais representações de importantes companhias de navegação.

Existe um grande ponto para importação de frutas cítricas na Europa e vários pontos de distribuição de mercadorias asiáticas. Mas a maior área de concentração está reservada à indústria, principalmente a química e petroquímica.

Algumas multinacionais têm ali importantes complexos industriais, produzindo mercadorias para toda Europa e, em alguns casos, para o mundo inteiro. Os produtos de óleos e seus derivados, junto com os químicos, representam quase a metade das mercadorias transportadas pelo porto. Nada menos que cinco refinarias e várias indústrias químicas situam-se na área do porto; também a indústria do aço da Alemanha utiliza o porto para escoar quase toda sua imensa produção.

Essas empresas utilizam e operam terminais próprios. O porto também é bastante utilizado para o comércio de produtos agrícolas, como grãos e rações para animais, fertilizantes. e alimentos para a população, como carne, peixes, grãos, frutas, vegetais e sucos.
É importante salientar também que neste porto existe uma draga própria que trabalha 24 horas por dia, 365 dias por ano.

COMPARATIVO ENTRE O PORTO DE ROTTERDAM E O DE SANTOS

Porto de Rotterdam – Holanda o maior da Europa:
Movimento: 378 milhões de toneladas por ano
Estivadores: 5.441
Produtividade: 69.500 toneladas de mercadoria por estivador

Porto de Santos – SP o maior do Brasil:
Movimento: 76 milhões de toneladas por ano
Estivadores: 4.605
Produtividade: 16.500 toneladas de mercadoria por estivador

PROJETO PARA O BRASIL

Da Holanda para o mundo. Com mais de 600 anos de existência, o Porto de Rotterdam está com planos ambiciosos de fincar sua bandeira em outros continentes. A empresa deu o primeiro passo de internacionalização em 2009, quando estabeleceu uma joint venture (50%/50%) com o governo de Omã, com investimento de € 1 bilhão no porto de Sohar.

Com um projeto de atuação mais ousado, as atenções se voltam agora para o Brasil, onde a companhia holandesa se instalou no ano passado, de olho no desenvolvimento do chamado Porto Central, no Espírito Santo.

O Porto de Rotterdam e o grupo Terminal Presidente Kennedy (TPK) assinaram ontem, em Vitória, um protocolo de intenções com o governo do Espírito Santo e o município de Presidente Kennedy para criar um porto privado. A ideia é a companhia holandesa gerenciar o porto, que terá como foco o setor de óleo e gás, sendo uma base para o pré-sal. O complexo ultrapassa os 6 mil hectares, mas apenas um total de 1.500 hectares serão utilizados.

A joint venture com a TPK projeta investimentos de R$ 4 bilhões no Porto Central. As empresas, contudo, ainda não definiram a participação de cada uma na parceria e nem indicaram quais são as fontes desses recursos. Um total de pelo menos 2 mil empregos deverão ser criados entre a construção e a operação do empreendimento, que deverá estar pronto no último trimestre de 2015.

O representante do Porto de Rotterdam no Brasil e líder do projeto, Peter Lugthart, destaca que o objetivo da empresa está sempre voltado ao longo prazo.
"O Brasil é a bola da vez, mas também olhamos para outros lugares. Nosso objetivo é criar um networking mundial para termos uma rede de portos com a mesma qualidade do de Roterdã", afirma.

Também no Brasil, a empresa holandesa está de olho desde 2009 no Porto de Suape. "O tamanho do complexo é interessante para Rotterdam", diz Lugthart.

De longe o maior da Europa, o Porto de Rotterdam tem em seus planos a atuação em países como China, Vietnã, Índia, Malásia, Senegal, África do Sul, Qatar, Rússia, Itália e Turquia.
Em 2011, a companhia teve lucro líquido de € 186 milhões, alta de 10% em relação a 2010. A maior parte do porto (75%) pertence ao município de Roterdã e 25% ao governo da Holanda. "Somos uma empresa pública gerenciada como uma companhia privada", aponta Lugthart.

Seus investimentos atingiram o recorde de € 494 milhões no ano passado, principalmente por conta de sua expansão, e a expectativa é que o volume se mantenha em € 500 milhões, em 2012.

Fonte: Valor Econômico/ Revista Veja/ Portopédia

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